André Brant/Hoje em Dia
Pimentel vai iniciar a pré-campanha no interior
Fernando Pimentel aguarda uma decisão do PMDB em Minas, para definir a formação da chapa ao governo
Antes mesmo de deixar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel já prepara os primeiros passos da pré-campanha ao governo de Minas, que serão uma série de caravanas pelo interior do Estado. Pimentel pretende ouvir a população para traçar um plano de governo.
 
“Vamos lançar este projeto na próxima sexta”, diz. Na ocasião, o ex-presidente e líder do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, virá a Belo Horizonte. A expectativa é a de que, durante a vinda de Lula, a candidatura do ministro seja oficializada.
 
Na última sexta-feira (7), Pimentel evitou falar como candidato e se limitou a dizer que quando deixar o cargo assumirá o planejamento estratégico da campanha do PT em Minas Gerais. Embora o político já tenha confirmado que será candidato ao governo do Estado, ele assume postura de típico mineiro para comentar o assunto. 
 
“Começo um trabalho para o partido na semana que vem. Isso não significa que vou me candidatar. Essa questão, ao seu tempo será resolvida pelo partido. Mas me coloquei à disposição”, diz, reticente. A afirmação foi feita durante lançamento do Programa de Ações para a Promoção do Carvão Vegetal, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
 
Dança das cadeiras 
 
Pimentel afirma que ainda não sabe quem o sucederá no MDIC. A presidente Dilma Rousseff enfrenta dificuldades para encontrar alguém do meio empresarial que assuma o desafio. Ter um empresário na pasta seria ideal para estreitar laços com o setor. 
 
O filho do ex-vice-presidente José Alencar, o empresário Josué Gomes da Silva (PMDB), já recusou o convite. O atual ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Afif Domingos, também descartou. 
 
Sobre o impasse com o PMDB, que tem sido deixado de lado na reforma ministerial, Pimentel não deu sinais de que as relações estejam estremecidas. “O PMDB é um grande partido aliado a nós na esfera nacional e é nosso aliado em Minas, faz parte do bloco de oposição da Assembleia Legislativa. A conversa com eles é excelente”, afirma.
 
No entanto, ele admite haver uma indefinição sobre a formação de aliança nas eleições para o governo de Minas. “Eles não definiram ainda qual vai ser a estratégia eleitoral para este ano em Minas. Talvez seja uma candidatura própria do PMDB, o que seria extremamente legítimo, mas talvez seja uma aliança com o PT”, comenta.
 
Assumindo novamente a postura de “come quieto”, o ministro empurrou para as esferas superiores a resposta à questão. “Essa conversa é processada no nível das direções partidárias. Portanto, sobre isso eu prefiro que falem com o presidente do meu partido, Odair Cunha”, conclui