domingo, 29 de agosto de 2010

PRESIDENTE DO IBOPE AFIRMA: DILMA É A PRESIDENTE DO BRASIL

O presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro jogou a toalha: “O Brasil já tem uma presidente. É Dilma Rousseff”, afirmou ele em entrevista a Isto É, fazendo um mea culpa da desastrada declaração que deu à Veja, um ano trás, quando disse que Lula não faria seu sucessor.
É claro que Montenegro colocou muito mais torcida do que ciência estatística naquela previsão, o que reconheceu agora, com um pedido de desculpas. “Foi uma declaração extemporânea, descuidada e muito mais fundamentada num pensamento político do que com base em pesquisas…Peço desculpas. Na vida, às vezes, você se engana.”
Montenegro não podia ir contra as evidências, mas bem que tentou segurar um pouco as pontas, junto ao Datafolha, quando Sensus e Vox já apontavam um crescimento contínuo de Dilma. Enquanto o Datafolha recorreu à propaganda eleitoral na TV na tentativa de explicar a reviravolta que foi obrigado a fazer para apontar a dianteira de Dilma, o presidente do Ibope admitiu que a “virada” de Dilma aconteceu antes. “A tevê ajudou na consolidação. Mas a virada de Dilma Rousseff na corrida para presidente da República se deu antes da tevê. Pelo menos antes do horário eleitoral gratuito.”
Quando Montenegro disse à Veja que Lula não faria o sucessor, assegurou que o presidente não transferiria seu prestígio para um “poste”. Passado um ano, reviu sua posição nas duas análises e reconheceu o preparo de Dilma. “Ela tem mostrado capacidade de gestão, equilíbrio, tranquilidade e firmeza…bom desempenho na televisão, inclusive nos debates e entrevistas. Lula acertou ao dizer que ela era um animal político. Está mostrando muito mais capacidade que os adversários e mostra que tem preparo para ser presidente.”
Em relação à Lula, Montenegro é só elogios e não esconde como fica impressionado pelo presidente. Para o presidente do Ibope, Lula vai deixar a presidência acima do patamar de Getúlio e JK, e classificou o momento político do Brasil como o “império do bem”.
“…cerca de 80% a 90% das pessoas pelo menos subiram um degrau. Quem não comia passou a comer uma refeição por dia, quem comia uma refeição passou a fazer duas, quem nunca teve crédito passou a ter crédito, quem andava a pé passou a andar de bicicleta ou moto, quem tinha carro comprou um mais novo e quem nunca viajou de avião passou a viajar. Os industriais também estão felizes, vendendo o que nunca venderam. Os banqueiros idem.”
Agora que Dilma está voando fica fácil fazer a autocrítica antes de que seja tarde. Mas pelo tamanho dos elogios, acho que Montengero decidiu seguir o Raul Seixas e se tornar uma metamorfose ambualnte, abandonando aquela velha opinião formada sobre tudo.

sábado, 28 de agosto de 2010

IBOPE: ANASTASIA ULTRAPASSA HÉLIO COSTA

Na virada mais expressiva da rodada de ontem da pesquisa Ibope/Estado/TV Globo nas disputas estaduais, o candidato do PSDB à sucessão em Minas Gerais, Antonio Anastasia, subiu 8 pontos e chegou a 35% das intenções de voto, contra 33% atribuídos a Helio Costa (PMDB) - que tinha 38% na pesquisa anterior, feita entre 18 e 20 de agosto.
Vanessa Portugal (PSTU) e Zé Fernando Aparecido (PV) têm 1% cada e os demais não pontuaram. Brancos e nulos somaram 6% e os indecisos chegam a 24% A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. A situação de empate técnico entre Costa e Anastasia se repete na pesquisa sobre segundo turno: o tucano teria 37% das preferências, contra 36% de Costa. Na conta dos votos válidos, segundo o Ibope, o tucano está hoje a um ponto mais um voto de vencer no primeiro turno: tem 49% das intenções, contra 46% do rival do PMDB. A rejeição do peemedebista é de 9%, contra 8% do tucano.
A pesquisa para o Senado indica Aécio Neves (PSDB) com 68% das preferências, seguido de Itamar Franco com 44% e 21% dados a Fernando Pimentel (PT). A pesquisa ouviu 1.806 eleitores, está registrada no TRE/MG sob protocolo 65090/2010 e no TSE sob protocolo nº 26113/2010. 
Will Nunes comenta: Como pode existir uma diferença tão grande entre dois dos maiores institutos de pesquisa do país. Já que o DATAFOLHA mostra Hélio 14 pontos na frente e o IBOPE anuncia virada de Anastasia. Quem tá mentindo? A justiça eleitoral tem que exigir explicações das metodologias utilizadas por esses institutos. Alguém está enganando a população, ou não ?

ONDA LULA ATINGE OS ESTADOS

A onda favorável à candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, está ajudando a impulsionar também candidaturas aliadas aos governos estaduais. As mais recentes pesquisas Ibope e Datafolha demonstram que, entre os 26 estados mais o Distrito Federal, os governistas mantêm a frente em 14, contra sete da oposição.
Se a eleição fosse hoje, os governadores de pelo menos 12 estados seriam eleitos em primeiro turno. Desses 12, oito são governistas e quatro, da oposição. Em sete estados, como Mato Grosso, Piauí e Amapá, por exemplo, a disputa está acirrada e há empate técnico entre os concorrentes. E um dado curioso e único entre todos os estados: a pouco mais de um mês das eleições, os eleitores indecisos do Mato Grosso (32%) superam a pontuação individual dos dois principais candidatos.
Em dois estados, não há levantamento recente disponível pelos dois institutos: Pará e Roraima.
Nesta sexta-feira à noite, o Ibope divulgou a primeira pesquisa da campanha deste ano em Sergipe. O governador Marcelo Déda (PT) aparece com 48% das intenções, contra 32% de João Alves (DEM).
No Maranhão, segundo pesquisa Ibope também divulgada nesta sexta-feira à noite, a governadora Roseana Sarney (PMDB) caminha para a reeleição. Ela tem 47% das intenções; Jackson Lago (PDT), 25%; e Flávio Dino (PCdoB), 13%. Se a eleição fosse hoje, além de eleger Dilma sua sucessora, o presidente Lula veria aliados vitoriosos na Bahia, em Pernambuco, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio, no Acre, no Amazonas, no Tocantins, no Ceará, na Paraíba, em Alagoas, no Espírito Santo, em Sergipe e no Maranhão.Mas o PSDB conta ainda com virada em Minas. Já a oposição elegeria os governadores de Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, São Paulo, Distrito Federal, Rondônia e Paraná.

IBOPE: AGNELO EMPATA COM RORIZ

Empate em Brasília, segundo o Ibope.Agnelo Queiroz (PT), 36%. Joaquim Roriz (PSC), 36%.
Rejeição de Agnelo: 17%. De Roriz: 37%.

IBOPE: MERCADANTE CRESCE EM SÃO PAULO

Mercadante passou de 14% das intenções de voto para 23%. Geraldo Alckmin está com 47%, segundo a mais recente pesquisa do Ibope a ser publicada, amanhã, no jornal O Estado de S. Paulo.

DISPUTA PARA O SENADO EM BRASILIA-DF

O início do horário eleitoral gratuito não alterou em quase nada a disputa por uma das vagas ao Senado pelo Distrito Federal. O senador Cristovam Buarque (PDT) lidera com folga, enquanto o deputado federal Rodrigo Rollemberg (PSB) e Maria de Lourdes Abadia (PSDB) continuam empatados tecnicamente em segundo lugar. Segundo pesquisa Datafolha feita nos dias 23 e 24, Buarque oscilou positivamente para 45% das intenções de voto (tinha 44%), Rollemberg manteve os mesmos 30% e Abadia oscilou negativamente para 27% (tinha 29%).

DISPUTA PARA O SENADO NO PARANÁ

O ex-governador paranaense Roberto Requião (PMDB) continua na liderança na disputa para o Senado pelo Paraná, mas sua vantagem em relação à segunda colocada caiu de 18 para 11 pontos após o início do horário eleitoral. Segundo pesquisa Datafolha feita nos dias 23 e 24, Requião oscilou negativamente um ponto e tem 48% das intenções de voto. Gleisi Hoffman (PT) continua sua rota ascendente e agora aparece com 37% (eram 28% em julho e 31% na pesquisa de 9 a 12 de agosto).

DISPUTA PARA O SENADO NO RIO DE JANEIRO

A vantagem do senador Marcelo Crivella (PRB) na disputa por uma das vagas ao Senado pelo Rio de Janeiro caiu ainda mais após o início do horário eleitoral. Segundo pesquisa Datafolha feita nos dias 23 e 24, Crivella, que tinha 42% das intenções de voto em julho, passou para 40% e, agora, aparece com 37%. Crivella está cinco pontos à frente do ex-prefeito Cesar Maia (DEM), em segundo lugar com 32% (tinha 33%). Em terceiro lugar aparece Lindberg Farias (PT), com 24% (tinha 22%).

DISPUTA PARA O SENADO NO RIO GRANDE DO SUL

A jornalista Ana Amélia (PP) subiu 11 pontos desde o início do horário eleitoral e já lidera a disputa por uma das vagas ao Senado pelo Rio Grande do Sul. Segundo pesquisa Datafolha feita nos dias 23 e 24, ela passou de 33% para 44%. Foi o maior crescimento medido pelo instituto em oito colégios eleitorais pesquisados. Ana Amélia está tecnicamente empatada com o ex-governador Germano Rigotto (PMDB), que oscilou um ponto, passando de 43% para 42% das intenções de voto. Em terceiro aparece Paulo Paim (PT), com 38% (tinha 35%). A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.

DISPUTA PARA O SENADO NA BAHIA

Na primeira pesquisa Datafolha após o início do horário eleitoral, César Borges (PR) mantém a liderança, mas sua vantagem diminuiu sete pontos na disputa por uma vaga ao Senado pela Bahia. Segundo pesquisa feita nos dias 23 e 24, Borges, que tinha 36% no levantamento anterior, aparece agora com 31% das intenções de voto. A deputada federal Lídice da Mata (PSB), que tinha 20%, continua em segundo lugar, agora com 22%, mas empatada tecnicamente com Walter Pinheiro (PT), que tem 21% (tinha 17%).

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

PT RINDO À TOA

Quatro anos após o episódio do mensalão, que atingiu lideranças importantes do partido, como José Dirceu, o PT recupera apoio popular e é apontado pelo Ibope como o partido de maior preferência dos brasileiros. Segundo a pesquisa, 26% dos eleitores preferem ou têm simpatia pelo PT. No segundo lugar estão o PMDB e o PSDB, ambos com 6% da preferência dos brasileiros.Na pesquisa Ibope, divulgada sexta-feira passada, foi incluída uma pergunta sobre preferência partidária e 49% responderam que não têm preferência por qualquer partido e 4% não souberam responder.
Também pontuaram o PV com a preferência de 2% dos consultados. O DEM, o PTB, o PC do B, o PSB e o PDT foram mencionados por 1% dos eleitores, cada um.O PT tem o melhor desempenho na região Centro-Oeste com a preferência de 30% dos eleitores, onde está Brasília e a sede do governo federal onde os petistas estão no comando; e o pior desempenho é no Sul, onde o partido tem a preferência de 18% dos eleitores, bem abaixo de sua média nacional. O PT também é mais forte das capitais e cidades com população acima de cem mil habitantes. O PSDB é mais forte no Sudeste e nas cidades com mais de cem mil habitantes.

VESTIR A CAMISA

Quem tiver desejando ser candidato em 2012, deve vestir a camisa agora. A comunidade precisa conhecer quem deseja ocupar espaço politico nas próximas eleições muncipais.

PT E DEMOCRATAS NO MESMO BARCO?

Ministro da Previdência Social do governo Fernando Henrique Cardoso, na cota do PFL-DEM, Roberto Brant não se candidatou à reeleição. Mas continua opinando e participando das reuniões da cúpula nacional do partido Democratas. Para ele, no caso de derrota do aliado José Serra, na disputa presidencial, o DEM vai cair na velha regra do “ou vai, ou racha”. – Não vamos nos fundir com o PSDB, porque ficaríamos absolutamente apagados. Só restam duas opções para o DEM: ou se torna um partido forte de oposição, para atuar com a firmeza que o PSDB não tem, ou se junta ao governo. No último caso, o partido viraria uma espécie de PTB ou PR. Mas não duvido nada que metade dos deputados, se convidados, vá para a base governista.

FALTAM 38 DIAS PARA AS ELEIÇÕES

Faltam 38 dias para o povo escolher o novo presidente,governadores,senadores,deputados federais e estaduais.

OS MÉDICOS DE VAZANTE?

E a classe médica de Vazante, que têm convivio direto com a comunidade apoiará quem nestas eleições?

FLÁVIO E O RADICALISMO

Não sei se vc concorda comigo will,mas fica cada vez mais claro que a ideologia de partido de esquerda com pensamentos radicais se reserva apenas a nomes como Plínio arruda do PSOL e Zé Maria do PSTU.Candidatos sem expressão política com poucas chances de triunfo nas urnas.Basta lembrarmos da confissão de Lula durante inalguração de prédios da Universidade de São João del Rei.Agradecendo a Deus por não ter sido eleito em 89 O presidente enfatizou:"EU era novo e muito radical, poderia ter feito bobagens".A declaração de Lula evidencia que radical mesmo foi a mudança do PT,provando que a disputa com o PSDB, concentra se muito mais na luta por poder do que por conceitos.

PENSE NUM CABRA POPULAR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é aprovado por 79% da população, segundo a pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (26). O índice é um novo recorde de popularidade para a gestão petista, que obteve 78% de aprovação no último levantamento.
Segundo a pesquisa, 79% dos entrevistados avaliam o governo Lula como “bom/ótimo” e 17% consideram "regular". Para outros 4% o governo é "ruim/péssimo". A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Lula é o primeiro presidente avaliado pela pesquisa a atingir um nível de aprovação tão alto. Apesar do aumento da popularidade, a nota atribuída ao petista pelos entrevistados permaneceu a mesma da pesquisa anterior, 8,1.
O desempenho de Lula é melhor entre os eleitores da candidata petista, Dilma Rousseff, que dão nota 8,9 ao presidente, na região Nordeste, onde a nota é 8,6 e entre pessoas com renda familiar de até dois salários mínimos, que avaliam o governo com 8,5 pontos.
A pesquisa Datafolha realizada nos dias 23 e 24, com 10.948 entrevistas em todo o país, em 385 municípios e está registrada no TSE sob o número 25.473/2010.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é aprovado por 79% da população, segundo a pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (26). O índice é um novo recorde de popularidade para a gestão petista, que obteve 78% de aprovação no último levantamento.
Segundo a pesquisa, 79% dos ent revistados avaliam o governo Lula como “bom/ótimo” e 17% consideram "regular". Para outros 4% o governo é "ruim/péssimo". A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Lula é o primeiro presidente avaliado pela pesquisa a atingir um nível de aprovação tão alto. Apesar do aumento da popularidade, a nota atribuída ao petista pelos entrevistados permaneceu a mesma da pesquisa anterior, 8,1.
O desempenho de Lula é melhor entre os eleitores da candidata petista, Dilma Rousseff, que dão nota 8,9 ao presidente, na região Nordeste, onde a nota é 8,6 e entre pessoas com renda familiar de até dois salários mínimos, que avaliam o governo com 8,5 pontos.
A pesquisa Datafolha realizada nos dias 23 e 24, com 10.948 entrevistas em todo o país, em 385 municípios e está registrada no TSE sob o número 25.473/2010.

DILMA CRESCE EM MINAS

Os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) têm desempenhos opostos entre os eleitores mineiros ouvidos pelo Datafolha. Segundo a pesquisa divulgada nesta quinta-feira, enquanto a petista cresceu sete pontos percentuais, passando de 41% para 48%, o tucano teve queda na intenção de votos, perdendo 5 pontos no estado. Serra tinha 34% na pesquisa feita no início do mês e agora tem a preferência de 29%. Já a candidata Marina Silva (PV) ganhou dois pontos no intervalo das entrevistas ao passar de 8% para 10%.

OPOSIÇÃO NA ÁREA

Coordenado pelo o advogado Marciano Borges, o grupo de oposição a atual administração municipal de Vazante, se prepara para entrar em campo defendendo as candidaturas do deputado estadual Deiró Marra (PR) e Silas Brasileiro (PMDB).

terça-feira, 24 de agosto de 2010

PESQUISA SENSUS: HÉLIO GANHA NO PRIMEIRO TURNO

De acordo com o levantamento, Hélio Costa, candidato da coligação “Todos Juntos por Minas”, tem 44,1% da intenção dos votos enquanto Antônio Anastasia, que concorre à reeleição, tem 25,5%. Uma vantagem 18,6 pontos percentuais.A pesquisa mostra ainda que 1,1% votam em Vanessa Portugal e os demais candidatos, somados, têm 2,2% da preferência. Votos em branco, nulo e eleitores indecisos totalizam 27,1%.Na simulação de segundo turno, 50,3% dos eleitores dão a vitória a Hélio Costa e Anastasia fica com 29,5%. O número de indecisos e de votos brancos e nulos chega a 20,1%.1.500 eleitores responderam à pesquisa feita entre os dias 15 e 17 de agosto, em 53 cidades de Minas. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 63.004/2010

RENOVAÇÃO NO CONGRESSO NACIONAL

Nas eleições de outubro, cerca de 200 dos 420 deputados que concorrem à reeleição não devem garantir a vaga na Câmara dos Deputados em 2011. Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) prevê que o índice de renovação da Câmara deve continuar alto, em torno dos 40%, mas tende a ser inferior à média de 50% registrada nas últimas cinco eleições."As vantagens da eleição daqueles que já estão no cargo, o alto custo da campanha e a má imagem do Parlamento contribuem para que a renovação seja menor em 2010 do que a média histórica, mas ainda é um índice muito elevado em relação ao dos outros parlamentos", avalia o assessor político do Diap Antonio Augusto de Queiroz.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

JORNALISTA RICARDO KOTSCHO

A se confirmarem as previsões de todos os principais institutos de pesquisa apontando a vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno das eleições presidenciais, não serão apenas o candidato José Serra e sua aliança demotucana de oposição os grandes derrotados. Perdem também, mais uma vez, os barões da grande mídia brasileira.
Foram-se os tempos em que eles faziam ou derrubavam presidentes e se julgavam os verdadeiros donos do poder, os formadores de opinião, os únicos proprietários da verdade. Durante os últimos oito anos, desde a primeira eleição de Lula, não fizeram outra coisa a não ser mostrar em suas capas e manchetes um país desgovernado, sempre à beira do abismo.
Em cada estatística divulgada, procuravam destacar sempre o lado negativo, sem se dar conta de que a vida dos brasileiros estava melhorando em todas as áreas, e os cidadãos eleitores percebiam isso.
Fechados em seus gabinetes e certezas, longe do país real, imaginavam que desta forma ajudariam a eleger o candidato da oposição em 2010. Fizeram a sua parte, é verdade, anunciando uma crise do fim do mundo atrás da outra, batendo no governo dia sim e no outro também, mas não deu certo de novo.
Em reunião da Associação Nacional dos Jornais, a presidente da entidade, Judith Brito, chegou a dizer com todas as letras que, na falta de uma oposição partidária, era preciso a imprensa assumir este papel, como de fato fez. Os líderes demotucanos acharam que isto seria suficiente para derrotar Lula e a sua candidata. Acreditarem que o apoio da mídia poderia fazer a diferença, decidir o jogo a seu favor. Que bobagem!
Até a última semana, antes da divulgação das novas pesquisas, o noticiário ainda alimentava o discurso da oposição numa operação casada contra o governo e a sua candidata. Como a vaca da campanha tucana caminhou inexoravelmente para o brejo, num lance desesperado para tentar virar o jogo, José Serra procurou associar sua imagem à de Lula no programa de televisão. Aí foi a vez dos seus aliados na mídia darem um basta e jogarem a toalha: assim também não…
Quem sabe agora tenham a humildade e o bom senso de reconhecer que acabou a época dos formadores de opinião abrigados na grande imprensa, que perde circulação e audiência a cada dia. Novos meios e novos agentes multiplicaram-se pelo país, democratizando a informação e a opinião.
Ninguém mais precisa dizer o que devemos pensar, como devemos votar, o que é melhor para nós. A liberdade de imprensa e de expressão não tem mais meia dúzia de donos. É um direito conquistado por todos nós.

IBOPE: HÉLIO NA FRENTE

O ex-ministro Helio Costa, candidato do PMDB ao governo de Minas, lidera a corrida eleitoral no estado com 38% das intenções de voto, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira.
Em relação ao levantamento anterior , Costa caiu um ponto. Já o governador Antonio Anastasia, do PSDB, que aparecia com 21%, subiu seis pontos e agora tem 27%. Este é o primeiro levantamento realizado no estado depois do início do horário eleitoral obrigatório no rádio e na televisão.
Ainda de acordo com a pesquisa, financiada pelo próprio Ibope e divulgada pela TV Globo, Vanessa Portugal, do PSTU, caiu de 2% para 1%. O professor Luiz Carlos, do PSOL, e Zé Fernando Aparecido, do PV, mantiveram 1% dos votos cada um. Edilson Nascimento, do PTdoB, Fabinho, do PCB, e Pepê, do PCO, não atingiram 1% das intenções de voto.
Os votos brancos ou nulos eram 8% e agora representam 7%. Segundo o instituto, 25% dos eleitores continuam sem saber em quem votar.
A sondagem foi feita entre os dias 18 e 20 de agosto com 2.002 eleitores entrevistados no estado. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número 62810/2010.

domingo, 22 de agosto de 2010

NOMES OCULTOS

O material de campanha dos candidatos da oposição a atual administração municipal de Vazante, ainda não ganhou as ruas. A propaganda praticamente não existe em nenhum lugar. Assim, vai fica dificil a população conhecer os nomes. Depois o tempo passa, e não adiantará reclamar.

CAMPANHA ORGANIZADA

Até agora a única campanha bem estruturada em Vazante é a do deputado federal Antônio Andrade. Basta caminhar pela a cidade para perceber muros adesivados,carros de som, santinhos, cartazes, etc...Talves isso explique o crescimento eleitoral do parlamentar em cada eleição.

DESEMBARQUE

Dizem que o ex-prefeito Dr. José Benedito desembarga no próximo mês em Vazante para pedir votos para seus candidatos. O médico trabalha atualmente em João Pinheiro-MG.

INDECISOS

Têm Vereadores indecisos em Vazante.Esperando o quadro se desenhar melhor para tomar uma decisão.

ANTÔNIO ANDRADE E DELVITO ALVES

O deputado estadual Delvito Alves otimista com a dobradinha com o deputado federal Antônio Andrade em Vazante,

OPOSIÇÃO OTIMISTA

A oposição acredita que fará seus candidatos majoritários em Vazante.O grupo acha que sai da eleição, fortalecido para a disputa municipal de 2012.

HÉLIO COSTA EM VAZANTE

A visita do candidato ao governo de Minas, em Vazante mostrou a força do deputado federal presidente do PMDB estadual, Antônio Andrade. Durante a fala o senador candidato Hélio Costa, elogiou o filho da terra , como parlamentar atuante, além de dizer que o mesmo tem todas as condições de se tornar um ministro de estado. O evento reuniu um grande número de prefeitos, ex-prefeitos, presidente de Câmaras, Vereadores e lideranças de diversas cidades do estado.

OPOSIÇÃO COM SILAS

Depois que o deputado federal Silas Brasileiro teve sua candidatura liberada pelo o STF o grupo de oposição a atual administração municipal de Vazante ratificou apoio a sua candidatura.Segundo o advogado Dr. Marciano Borges o grupo caminhará unido com os ex-prefeitos Dr. José Benedito e Alcides Diniz.

DOIS COMITÊS

Até agora apenas dois candidatos abriram Comitê em Vazante.O deputado federal Antônio Andrade e o candidato a deputado estadual Tadeuzinho.

GRANDE TIM MAIA

A oposição passou quase oito anos chamando o presidente Lula de analfabeto, ignorante, bêbado, mentiroso e até ladrão. O Lula que aparece no jingle do candidato Serra, porém, é outro. Tá lá:
Quando Lula da Silva sairÉ o Zé que eu quero lá
Pro Brasil seguir em frenteSai o Silva e entra o Zé
Como notou Tim Maia, o Brasil é mesmo um país estranho: aqui além de prostituta ter orgasmo, cafetão sentir ciúmes e traficante ser viciado, agora candidato da oposição elogia o governo.
Sei não.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

NOTAS POLITICAS

A expectativa é grande do grupo da situação para a concentração popular que ocorrerá nesta quinta-feira(17) com o prefeito Orlando Fialho, vice Gabriel Rosa, o deputado federal Antônio Andrade e do candidato a governador Hélio Costa. O evento está marcado para acontecer a partir das 18 horas no cruzamento das avenidas Paracatu com Gustavo. A expectativa é que reúna várias lideranças politicas de diversas regiões do estado.
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Corre nos bastidores que o grupo da oposição fará críticas a atual administração de Vazante na próxima edição do "Jornal Agora".
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O grupo da oposição a atual administração municipal de Vazante,sobre a coordenação do advogado Dr. Marciano Borges e dos ex-prefeitos José Benedito,Alcides Diniz e dos Vereadores Artur Machado,Luiz do Pedro e Cabo Augusto , ainda não anunciou o nome que apoiará para deputado federal. A indecisão ocorreu logo depois que Silas Brasileiro (candidato do grupo) teve seu nome impugnado.
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Apenas o deputado federal Antônio Andrade abriu Comitê em Vazante.
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Tá circulando em Vazante um carro de som fazendo propaganda do filho do prefeito de Montes Claros, Tadeu Leite. O jovem candidato a deputado estadual pelo PMDB conhecido como Tadeuzinho, também tá de olho nos votos de Vazante.
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Os deputados estadual Chico Uejo (PSB) e Almir Paraca (PT), estarão em Vazante na próxima quinta-feira (17), durante inauguração do Comitê do deputado Antônio Andrade, que contará com a presença do candidato ao governo de Minas, Hélio Costa.
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Com a vinda de Hélio Costa em Vazante, a expecativa é se o grupo da oposição também trará Antônio Anastasia a cidade.
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Quem colherá mais frutos pensando em 2012, nestas eleições. A situação com Orlando Fialho,Gabriel Rosa, o ex-prefeito Jacques Soares Guimarães, deputado Antônio Andrade, ou a oposição com Dr. Marciano Borges, José Benedito e Alcides Diniz.O resultado, só saberemos em outubro.
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Aos poucos os vazantinos vão se envolvendo com o processo eleitoral. O problema é a falta de material dos candidatos que ainda não ganhou as ruas.
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GRUPO DA SITUAÇÃO EM VAZANTE UNIDO EM PRÓ DE ANTÔNIO ANDRADE E DELVITO ALVES

Durante encontro no Restaurante da Gruta Lapa Nova, sobre a coordenação do prefeito Orlando Fialho. O vice Gabriel Rosa, o presidente da Câmara Olimpio Corrêa e os Vereadores Eli Custódio, Dasdores,Belchio Beca,José Ramos e o ex-prefeito de Vazante Jacques Soares Guimarães anunciaram apoio aos deputados Antônio Andrade (federal) e Delvito Alves (estadual).

sábado, 14 de agosto de 2010

ANTÔNIO ANDRADE E HÉLIO COSTA EM VAZANTE

A primeira grande movimentação politica nestas eleições em Vazante, acontece na próxima quinta-feira (19), no cruzamento das Avenidas Paracatu com Gustavo Rosa. O evento da Coligação Todos Juntos Por Minas, reunirá o deputado federal Antônio Andrade , o candidato ao governo de Minas, Hélio Costa , o prefeito Orlando, vice Gabriel Rosa, além de prefeitos e lideranças politicas de várias regiões do estado.

AÉCIO QUER LEVAR ELEIÇÃO PARA O SEGUNDO TURNO

Mudanças à vista na estratégia de campanha de Antônio Anastásia, em Minas, certamente por decisão de Aécio Neves. O objetivo, agora, é levar o candidato ao segundo turno, sem pretensões de emplacá-lo no primeiro. Alguma coisa parecida com o ocorrido na campanha para a prefeitura de Belo Horizonte, em 2006, quando Márcio Lacerda virou o jogo na segunda votação, depois de sofrível performance na primeira. Com os pés no chão, o PSDB prepara-se para empreender todos os esforços visando manter o governador atual no páreo, dia 3 de outubro. Depois, até o final do mês, Minas viverá o maior dos confrontos eleitorais dos últimos anos. Coisa parecida como quando Hélio Costa, por coincidência, ganhou na votação inicial mas perdeu para Eduardo Azeredo, na outra.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

PESQUISAS DIVERGEM EM MG

Duas pesquisas eleitorais divulgadas nesta sexta-feira apontam números diferentes na corrida pelo Palácio da Liberdade. Nos dois levantamentos o senador Hélio Costa (PMDB), candidato da coligação “Todos Juntos por Minas”, aparece na liderança, enquanto o governador Antonio Anastasia (PSDB), candidato à reeleição pela chapa “Somos Minas Gerais”, é o segundo colocado.Na pesquisa Vox Populi/Band/iG, a diferença entre Hélio Costa e Anastasia caiu dez pontos percentuais em relação ao levantamento de 28/07. O peemedebista caiu de 42% para 36% das intenções de voto, enquanto Anastasia cresceu de 18% para 26%. Brancos e nulos somam 6% e o percentual de indecisos é de 27%.

A outra pesquisa mostrou um parâmetro diferente. Hélio Costa manteve a diferença de 26 pontos sobre Anastasia no levantamento Datafolha/TV Globo. O senador lidera as intenções de voto com 43% contra 17% do governador. Brancos e nulos somam 8% e os indecisos respondem por 24%.Em um eventual segundo turno, segundo o Datafolha, Hélio Costa venceria com 54% dos votos, contra 22% de Anastasia. Não foi divulgado previsão de segundo turno na pesquisa do Vox Populi

DILMA NA FRENTE

Pesquisa Datafolha de intenções de voto para a sucessão presidencial mostrou, pela primeira vez, a candidata do PT, Dilma Rousseff, à frente de seu principal adversário, José Serra (PSDB). Divulgado na noite desta sexta-feira, o levantamento encomendado pela Folha de S. Paulo e pela Rede Globo mostra a petista com oito pontos porcentuais à frente do tucano. Dilma tem 41% das intenções de voto e Serra, 33%. O resultado deixa a petista a três pontos porcentuais de uma vitória em primeiro turno, considerando os votos válidos. Na edição anterior do Datafolha, divulgada no dia 24 de julho, o tucano tinha 37% e a petista, 36% - estavam empatados tecnicamente.

PESQUISA DATAFOLHA-GLOBO: GOVERNO DE BRASILIA-DF

Joaquim Roriz (PSC) lidera a disputa pelo governo do Distrito Federal com 41% das intenções de voto, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada hoje.Apesar da dianteira, a diferença para o segundo colocado, Agnelo Queiroz (PT), que era de 13 pontos percentuais na rodada anterior, caiu para oito --o petista tem 33%.Toninho do PSOL tem 2%. Dois candidatos marcam 1%: Rodrigo Dantas (PSTU) e Ricardo Machado (PCO). Outros 15% não sabem ainda em quem votar, e 8% disseram que pretendem votar em branco ou nulo.A pesquisa foi feita de 9 a 12 de agosto, com 701 eleitores. Está registrada no TSE sob o número 22752/2010. Os contratantes são a Folha e a Rede Globo.A margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

PESQUISA DATAFOLHA-GLOBO: HÉLIO COSTA CONTINUA NA FRENTE EM MG

O ex-ministro Hélio Costa (PMDB) mantém a liderança da corrida pelo governo de Minas Gerais, com 26 pontos de vantagem sobre o atual titular do cargo, Antonio Anastasia (PSDB), aponta pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira.
De acordo com o instituto, Costa tem 43% das intenções de voto. O tucano marca 17%. Em relação à última rodada (20 a 23 de julho), ambos oscilaram um ponto percentual para baixo.

Segundo a pesquisa, o número de indecisos em Minas segue alto: 24%. Outros 8% disseram que pretendem votar em branco ou nulo. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Fabinho (PCB) e Vanessa Portugal (PSTU) têm 2% cada. Com 1%, aparecem Professor Luiz Carlos (PSOL), Pepê (PCO), Zé Fernando Aparecido (PV) e Edilson Nascimento (PT do B).
A pesquisa foi feita de 9 a 12 de agosto, com 1.264 eleitores de 51 cidades mineiras. Está registrada no TSE sob o número 22754/2010. Os contratantes são a Folha e a Rede Globo.

PESQUISA DATAFOLHA-GLOBO: HÉLIO COSTA AUMENTA A VANTAGEM

O ex-ministro Hélio Costa (PMDB) mantém a liderança da corrida pelo governo de Minas Gerais, com 26 pontos de vantagem sobre o atual titular do cargo, Antonio Anastasia (PSDB), aponta pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira.
De acordo com o instituto, Costa tem 43% das intenções de voto. O tucano marca 17%. Em relação à última rodada (20 a 23 de julho), ambos oscilaram um ponto percentual para baixo.
Segundo a pesquisa, o número de indecisos em Minas segue alto: 24%. Outros 8% disseram que pretendem votar em branco ou nulo. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Fabinho (PCB) e Vanessa Portugal (PSTU) têm 2% cada. Com 1%, aparecem Professor Luiz Carlos (PSOL), Pepê (PCO), Zé Fernando Aparecido (PV) e Edilson Nascimento (PT do B).
A pesquisa foi feita de 9 a 12 de agosto, com 1.264 eleitores de 51 cidades mineiras. Está registrada no TSE sob o número 22754/2010. Os contratantes são a Folha e a Rede Globo.

domingo, 8 de agosto de 2010

DIA DOS PAIS: OBRIGADO PAI!!

MUITO OBRIGADO, PAI!!
Por ter me entendido enquanto eu crescia e por ter aceitado minhas tão rápidas mudanças.Deve ter sido difícil manter-se em calma comigo,mas você sempre tentou e quase sempre conseguiu. Por ter me ouvido e ter me dado claras e breves respostas às dúvidas e perguntas que eu levava a você.Por ter reforçado minha confiança para continuar revelando meus pensamentos e sentimentos.Por ter me aplaudido quando fui verdadeiro,por ter me compreendido quando eu disse mentiras,por ter me provado que elas maculam nosso caráter.Por ter me falado sobre os seus erros e sobre as coisas que você aprendeu com eles.Isso fez com que eu aceitasse meus próprios erros, que também aprendesse e que me perdoasse.
Por prestar-me atenção e gastar tão grande parte do seu tempo comigo.Isso levou-me a acreditar que sou importantee que tenho muito valor.Por agir sempre do modo que desejou que eu agisse.Foi assim que você me deu um modelo positivo para seguir.Por confiar em mim e me respeitar mesmo quando eu era menor do que você.Por ter considerado meus sentimentos e necessidades,e ter me mostrado muitas vezes que elas eram semelhantes às suas.
Pelos elogios e pelos incentivos.Foi sempre por isso que eu me senti bom e quis continuar sendo digno da sua fé em mim.Por ajudar-me a explorar meus talentos e potenciais.Por ter me ensinado que para ser feliz eu tinha que ser eu mesmo e não como você ou igual a outros que você admirava.Por ser você mesmo e por não desistir da felicidade.Com isso eu aprendi a buscar uma vida feliz,bem sucedida e satisfatória.
Obrigado, Pai por sempre ter me ouvido.
Ouça-me mais uma vez agora :EU AMO VOCÊ!

LULA NA ISTOÉ: UMA ENTREVISTA HISTÓRICA

Will Nunes comenta: A entrevista é grande, mas é histórica, vale apena conferir:

antes de iniciar a conversa com ISTOÉ, o presidente Lula mostrou que estava disposto a dar uma entrevista reveladora. “Vamos combinar o seguinte: podem fazer qualquer pergunta, por mais inconveniente que pareça”, disse ele ao ocupar a cabeceira da comprida mesa de reuniões no seu gabinete improvisado no Centro Cultural Banco do Brasil. “Vamos adotar o seguinte: é probido proibir”, afirmou.
E assim foi. Animado, coloquial e bem-humorado, Lula falou por quase duas horas com a equipe de ISTOÉ, sem recusar nenhum tema proposto. Em dois momentos mostrou um especial estado de espírito. Primeiro um largo sorriso quando recebeu de um assessor, durante a entrevista, os dados da última pesquisa Sensus/Ibope que dava 10% de vantagem à sua candidata Dilma Rousseff sobre o oposicionista José Serra. Pouco depois, o presidente ficaria com o olhos marejados quando falava dos principais legados que julga deixar para o País: “Hoje os pobres sabem que podem chegar lá.”
ISTOÉ – O sr. deixa o Planalto como o presidente mais popular da história do País. Como pensa em administrar esse patrimônio depois de sair do governo?Luiz Inácio Lula da Silva – O meu medo é tomar uma atitude precipitada sobre o que eu vou fazer. Montar alguma coisa e depois de seis meses descobrir que não era aquilo. Então, eu acho que alguém que deixa o mandato, como vou deixar, numa situação graças a Deus muito confortável, tem que dar um tempo de maturação. Preciso de um tempo, quem sabe quatro, cinco, seis meses. Tem que deixar a Dilma construir um governo que seja a cara dela, do jeito dela, e eu ficarei no meu canto, curtindo o fato de ser um ex-presidente da República.
ISTOÉ – Isso é possível, presidente?Lula – O Felipe González (ex-primeiro-ministro da Espanha) contou-me uma história que eu faço questão de repetir. Ex-presidente é que nem aquele vaso chinês que você ganha de presente. Você não sabe onde colocar o ex-presidente. Ele passa a ser incômodo se não se tocar que é um ex-presidente. Essa é a parte mais séria da história. Quero dar um tempo maior. O que eu pretendo fazer? O acúmulo de acertos nas políticas sociais que nós tivemos no Brasil precisa ser socializado. Eu quero socializar essas políticas com os países da América do Sul, do Caribe, com os países africanos. Eu já tenho muitos convites de países africanos para ir lá e mostrar a ideia e o que nós fizemos. Mas é para ir lá com tempo, para ir a campo.
ISTOÉ – O sr. fará as caravanas internacionais, então?Lula – Eu não sei se serão as caravanas como as que eu fazia aqui no Brasil. Mas pretendo construir uma equipe de companheiros que acumularam oito anos de experiência no governo e 30 anos de experiência enquanto oposição, para que a gente tente colocar em prática, junto aos governantes dos países mais pobres, as condições de eles terem uma política de desenvolvimento social.
ISTOÉ – É preciso ter um cargo para isso, como o de presidente do Banco Mundial?Lula – Não. É só a vontade política.
ISTOÉ – Mas vários governantes falam de seu nome para ocupar um organismo internacional multilateral. O que o sr. acha disso?Lula – Tenho companheiros que falam, olha Lula você vai para a ONU. Eu tenho uma ideia diferente. Acho que a ONU é uma instituição que tem que ser dirigida por um burocrata, que tenha a consciência de que ela é subordinada aos presidentes dos países. Porque se você coloca alguém lá, que, por coincidência, tenha mais força que alguns presidentes, haverá, no mínimo, uma anomalia. Você fica com uma instituição criada para servir os países com gente mandando mais. Imagine se a moda pega e os ex-presidentes americanos resolvem ser secretário-geral da ONU.
“Quando Dilma veio para a Casa Civil percebi que eu estavadiante de um animal político não trabalhado”
“Devo muito do sucesso do meu governo ao Palocci. Talvez pela qualidadede médico, de não sentir a dor que sente o paciente, ele manejava a economia coma maestria que um economista não teria”
ISTOÉ – Mas o sr. recusaria um convite nessa direção?Lula – Eu recusaria. Recusaria essa coisa de Banco Mundial. Eu tenho consciência do seguinte: tenho 64 anos e quando deixar a Presidência vou ter 65 anos, logo ainda tenho uma contribuição política para dar ao País. Eu sonho com a construção de uma frente ampla no Brasil. Juntar as forças políticas aqui, construir um programa comum, fazer a reforma partidária, que acho que é uma condição sine qua non para a gente poder mudar em definitivo o Brasil. Temos que fazer a reforma partidária. Isso não é coisa de presidente da República. Isso é coisa dos partidos políticos. E eu, de fora, pretendo ajudar o meu partido a organizar os outros partidos em torno da ideia da reforma política.
ISTOÉ – O projeto de um instituto para irradiar essas ideias também está em curso?Lula – Também está em conta. Mas agora estou com a minha cabeça voltada para o seguinte: tenho mais cinco meses de governo. Tem muita coisa para acontecer, e sabe do que eu tenho medo? Eu sou muito amante do futebol e o que eu jamais faria como técnico é marcar um gol, correr para a retranca e ficar esperando o adversário vir para cima de mim. Então, tenho muito trabalho pela frente. Quero trabalhar até o dia 31 de dezembro. Tenho agenda até o dia 29 de dezembro, tenho agenda no dia 28 de dezembro, eu quero ter agenda até o último dia de trabalho. No dia que eu entregar a faixa para quem for eleito presidente da República, aí sim…
ISTOÉ – Presidente, pelas pesquisas atuais, há uma grande chance de o sr. entregar a faixa para a ex-ministra Dilma Rousseff. A que o sr. atribui o êxito de Dilma? Foi graças ao empenho do sr.? É o perfil dela?Lula – Acho que há um conjunto de valores. Primeiro, é preciso ter muita humildade para pedir para o povo votar na Dilma. Um voto é um direito livre e soberano de cada cidadão, mas, como eu passei por aqui oito anos e sei como funciona isso, sinto-me na obrigação de dizer ao povo quem eu entendo que poderia dar continuidade àquilo que nós estamos fazendo. Esta é a primeira coisa com que nós temos que ter todo o cuidado. A segunda coisa é a seguinte: um governo que tem 76% de bom e ótimo nos últimos cinco meses de mandato, um presidente da República que tem 86% de bom e ótimo e se colocar regular vai a 98%, 97% em alguns Estados, é um governo com forte possibilidade de fazer a sucessão. Tem uma aliança política muito forte. Tem muitos candidatos a governador apoiando a ministra Dilma. Ela está muito bem preparada, não tem hoje no Brasil ninguém mais preparado do que a Dilma, do ponto de vista de ter o Brasil na cabeça.
ISTOÉ – Mas o sr. construiu sua candidata do zero, não é, presidente?Lula – É por isso que nós preparamos o PAC 2. Porque eu poderia deixar para ela preparar em janeiro. Mas o que eu quis na verdade foi, primeiro, definir as obras prioritárias para o Brasil com os governadores e os prefeitos, colocar dinheiro tanto no orçamento quanto na LDO. Então quem começar a governar não vai ter que encher a bola. A bola vai estar cheia e o cara vai começar jogando. Eu acho que a Dilma está extremamente preparada e madura politicamente. Acho que a vantagem da Dilma é que ela não tinha pretensão. Acho que jamais passou pela cabeça da Dilma que ela seria escolhida candidata a presidente da República
ISTOÉ – E na cabeça do sr. qual foi o primeiro momento?Lula – O primeiro momento que me veio na cabeça foi quando eu, na Favela da Rocinha, no Rio, disse que ela era a mãe do PAC. Ali, na verdade, eu estava começando a preparar.
ISTOÉ – O sr. chegou já chegou lá com a ideia de fazer essa declaração?Lula – Foi na hora, em função do clima, que eu falei. E foi importante naquele momento.
ISTOÉ – Muita gente pensava que sua candidata seria a Marina Silva, que, pelo histórico, era considerada o Lula de saias. Por que a Marina Silva não foi a sua escolha?Lula – Quando a gente vai escolher alguém para ser presidente da República, essa pessoa tem que ter um acúmulo de qualidades, e não apenas um pouco de qualidades. A Marina é minha companheira de 30 anos. Vocês jamais ouvirão da minha boca uma palavra ou uma vírgula que possa falar mal da Marina. Um ano antes de deixar o governo, a Marina pediu demissão. Eu não aceitei a demissão dela por conta da Dilma Rousseff. A Dilma e o Gilberto Carvalho me pediram para convencê-la a ficar. Ela ficou mais um ano, até que quis sair. Até hoje não me explicou por que saiu do PT e eu não fui tomar satisfação do motivo por que ela saiu.
“De vez em quando adoto uma máxima do Chico Buarque:tem que ouvir o ministério do que vai dar merda”
“O parlamentarismo não dará certo, como não darácerto uma cooperativa se você criá-la de cima para baixo”
“É muito melhor para o candidato se ele tiver um presidentedo qual não tenha vergonha de dizer que é apoiado porele, como o Al Gore fez com o Bill Clinton”
ISTOÉ – Antes da Dilma, o sr. chegou a pensar em outros nomes? No seu primeiro mandato havia Palocci, José Dirceu…Lula – Obviamente, se não tivesse acontecido com o PT o que aconteceu em 2005, o quadro político poderia ser outro. Mas a Dilma, então, veio para a Casa Civil. E eu já contei que a Dilma foi escolhida ministra de Minas e Energia por conta de uma reunião que eu estava fazendo em São Paulo, preparando 2002. Quando ela chegou, depois de uma hora de reunião, eu falei: é a minha ministra. Tanto é que o Zé Dirceu já tinha feito acordo com o PMDB para ter o Ministério de Minas e Energia e eu disse: “Desfaça tudo porque eu já tenho a ministra.” E ela foi de uma competência exuberante na construção do marco regulatório do modelo de energia elétrica do Brasil. Quando ela veio para a Casa Civil começamos a trabalhar juntos, a nos reunir cotidianamente, a discutir as reuniões. Aí eu percebi que estava diante de um animal político não trabalhado. De um animal político que foi educado a vida inteira para ser técnica. E eu comecei a falar: bom, agora nós temos que descobrir o lado político de Dilma.
ISTOÉ – E como o sr. fez?Lula – Fui colocando a Dilma em várias reuniões das quais, teoricamente, ela não precisaria participar. Comecei a levá-la para viajar comigo para que começasse a ver o mundo de uma concepção mais política. Eu acho que hoje ela é uma figura extraordinariamente preparada. Lógico que na política você está sempre se preparando. Às vezes, as pessoas ficam comparando a Dilma comigo. Mas não é possível, porque eu venho de um mundo diferente. Comecei diferente. E tenho um acúmulo diferente.
ISTOÉ – Mas a geração é a mesma…Lula – É a mesma, mas traçamos caminhos diferentes. Eu acho que o que é importante é que ela é hoje uma mulher sem ressentimentos, sem mágoa. Eu conto sempre o dia em que eu desci com Dilma de helicóptero no Quartel do 2º Exército em São Paulo. Quando o helicóptero parou, ela ficou olhando, olhando e disse: “Foi aqui que eu fui trazida quando fui presa.” E depois me disse: “Engraçado, não estou ressentida.” Descemos lá, fomos tomar café, cumprimentamos todo mundo. Eu achei isso um gesto de superação, o que é importante para alguém governar esse país. Quando chega ao cargo de presidente da República, ninguém tem o direito de ter mágoa, rancor, ressentimento, de dizer eu não gosto de fulano. Não tem esse direito.
ISTOÉ – Um dos ministros mais importantes para o sr. foi o Palocci, que agora está na campanha de Dilma. Como o sr. vê o papel dele num eventual futuro governo Dilma?Lula – Esse é um problema do futuro governo. Mas eu vou dizer o que penso do Palocci. Acho que no Brasil nós temos, se é que temos, raríssimas pessoas com a inteligência política do Palocci. Digo sempre que eu credito uma parte do sucesso do meu governo aos primeiros dois anos, quando nós tivemos que comer carvão em vez de filé mignon. Quando tivemos que trocar todo o capital político que eu tinha por uma política fiscal dura. Assim, a gente pôde chegar aonde chegou. Possivelmente, se não fosse o Palocci, nós não teríamos feito isso. Talvez pela qualidade de médico, de não sentir a dor que sente o paciente, ele manejava a economia com uma maestria que possivelmente um economista não manejasse. Eu devo muito do sucesso do meu governo ao Palocci. Ele é um animal político que certamente dará contribuições enormes a esse país. Ele é muito jovem e acho que ainda tem muita contribuição para dar.
ISTOÉ – A Dilma não era uma escolha clara do PT, mas o sr. fez valer sua vontade. O sr. acha que ficou maior do que o PT?Lula – É humanamente impossível fazer qualquer teste de DNA no PT e não me encontrar lá dentro. Da mesma forma é muito difícil fazer um DNA em mim e não encontrar o PT aqui dentro. O fato de eu ter sido presidente me transformou numa figura infinitamente mais projetada do que o PT. Mas isso não significa que eu seja maior do que o PT. É um partido muito organizado no Brasil inteiro, que tem muita força. Agora, acho que nós temos condições de construir uma coisa mais forte. Eu tenho dito a alguns companheiros que não é uma tarefa fácil, mas eu gostaria de criar, dentro de um processo de reforma política, uma frente ampla de partidos que pudesse construir um programa para o Brasil, mais forte do que um partido. Pode ter gente de todos os partidos, pode ter a maioria dos partidos.
ISTOÉ – Isto seria o fim do PT?Lula – Não. É uma espécie de seleção brasileira. O Corinthians não deixa de ser Corinthians porque o Mano Menezes convocou o Jucilei. E nenhum time deixa de ser porque teve craques convocados. É uma coisa maior para construir um arco de alianças maior.
ISTOÉ – Esse grupo poderia ter o PSDB?Lula – Eu acho que acabou o tempo da ilusão em que a gente poderia trabalhar junto com o PSDB. Eu acreditei nisso. E muita gente do PT acreditou nisso.
ISTOÉ – O sr. acha que o PSDB foi para a direita?Lula – Acho que eles escolheram outro projeto. Vocês estão lembrados que, logo que o Fernando Henrique Cardoso assumiu a Presidência, ele juntou gente que na época se comportava como de esquerda, como o PPS. Aquelas pessoas achavam que iriam ter uma participação no governo. Qual foi o problema? Foi a reeleição, que conduziu para uma relação promíscua com o Congresso Nacional e a coisa desandou um pouco. Essas coisas são muito fáceis de falar, mas é muito difícil fazer, porque para construir uma frente ampla é preciso construir uma direção partidária, que as pessoas respeitem, que vejam nela uma liderança. De qualquer forma, como vou ter tempo, essa questão política vai voltar com muita força na minha cabeça. Acho que nós temos que fazer um reforma para moralizar a política no Brasil, fortalecer os partidos políticos, para moralizar a fidelidade partidária, para parar com esse negócio de judicializar a política como ela está judicializada. Isso se faz com o debate político. E eu quero estar vivo no debate político.
“Tem rico que vem aqui, te pede um bilhão de reais e sai falando mal devocê. O pobre te pede dez reais e fica agradecido pelo resto da vida”
“O que leva um homem a ter preconceito contra um ser humano que ocarregou na barriga nove meses? Que o limpou enquanto ele não sabia se limpar?Vamos ser francos: o nosso caráter é o da nossa mãe”
ISTOÉ – Como sua imagem, que nem os adversários atacam nesta campanha, pode ser usada sem ofuscar a candidata? Qual é a dosagem certa?Lula – Fico feliz em saber que ninguém quer fazer campanha falando mal de mim. É uma coisa boa, é agradável. Mas eu tenho um lado, um partido e um candidato. E isso eu faço questão de deixar público durante o processo eleitoral. Uma coisa a gente tem que compreender: eu cito muito futebol porque futebol é a coisa mais fácil do povo entender. Não existe a possibilidade de o Lula ofuscar a grandeza da candidata, porque vai chegando o momento em que o clima na sociedade, na imprensa, no debate, é da candidata, não é do presidente. A sociedade vai percebendo isso. É muito melhor para a candidata se ela tiver um presidente que ela não tenha que ter vergonha de dizer que é apoiada por ele, como o Al Gore fez com o Bill Clinton.
ISTOÉ – O PT não terá mais influência num governo de Dilma do que teve no seu?Lula – Quem fala isso não conhece a Dilma. Ela é uma mulher de personalidade muito forte. O PT está na direção da campanha da Dilma, como estava na direção da minha.
ISTOÉ – Mesmo o relacionamento do sr. com o PT foi mudando…Lula – A minha relação com o PT era diferente porque eu fui o criador do PT. Fui 13 anos presidente do PT. A minha relação com o partido sempre foi diferente da relação da Dilma, que é uma filiada. A direção do PT hoje está totalmente afinada com a candidata e a candidata totalmente afinada com a direção.
ISTOÉ – E aquele episódio do programa de governo diferente, apresentado pelo PT?Lula – Vocês não podem errar e confundir uma tese com o programa. Quando se constrói um programa suprapartidário, cada partido constrói uma palavra, uma vírgula. Enquanto não há operação definitiva que diga “está pronto o programa”, não é programa, é pré-programa. E no pré-programa entra qualquer coisa. O programa não é do PT nem pode ser. O programa tem que ser uma síntese do pensamento dos partidos que compõem a base de apoio da ministra Dilma. É com isso que ela vai governar o País. E ela e o partido têm clareza disso.
ISTOÉ – O sr. acha que ela conseguirá ter ascendência política sobre o partido?Lula – Vai ter. Deus queira que ela não tenha muita ascendência, porque não é importante que a candidata passe a ser muito mais forte, porque pode querer desrespeitar o partido. Eu quero que ela passe a ter uma relação com o partido de liderança, de respeito, que não tenham medo dela. Eu quero que os dois se respeitem. Se os dois se respeitarem, eles vão divergir, vão brigar, mas vão construir o melhor.
ISTOÉ – Como o sr. vê a relação com o PMDB, tradicionalmente fisiológico, que exige ministérios e muitos cargos no governo?Lula – Eu não acho que seja assim. Nós temos que levar em conta que o PMDB é um partido forte. E que continuará sendo. É um partido que tem muitos vereadores, muitos prefeitos, muitos deputados, muitos senadores. Sempre, qualquer que seja o governo, de ultraesquerda ou de ultradireita, será preciso trabalhar com o PMDB. Quando nós fizemos a Constituição de 1988, esse foi um equívoco. Nós construímos uma carta parlamentarista. Fizemos um plebiscito e o parlamentarismo tomou uma trolha de 80%. Só para vocês saberem, a direção do PT, da qual eu fazia parte, era parlamentarista. Mas eu ia para o debate e o pessoal falava assim para mim: “Ô Lula! Você é tonto, rapaz! Agora que está chegando a hora de a gente chegar ao poder você quer transferir poder para o Congresso te eleger? Não vão te eleger nunca.” Nós perdemos internamente no PT. A direção tomou uma surra. Acho que mais de 70% ficaram contra a direção.
ISTOÉ – O sr. continua parlamentarista?Lula – Eu acho que tudo está ligado à evolução cultural da sociedade. O parlamentarismo não dará certo, como não dará certo uma cooperativa, se você criá-lo de cima para baixo. Eu, por exemplo, trabalhava com a ideia de que era favorável ao voto distrital. Como eu imaginei organizar o PT por núcleos, em cada rua, em cada vila, pensava numa organização tão forte que não haveria dinheiro no mundo capaz de ganhar uma eleição de você. Eu sonhava isso. Você teria como candidatos as grande personalidades e as lideranças sociais. Mas muita gente no PT não acreditava nisso. Defendiam que tem que se pedir voto para todo mundo. Mas essa história favorece quem? Quem tem dinheiro. Eu conheci deputado que pegava helicóptero e viajava para o interior para passar a tarde carregando gente. Parava em campo de futebol, colocava o sujeito dentro do helicóptero e dava uma volta. Ganhava o voto do tadinho que nunca andou de helicóptero. Mas também esse processo de mudança não pode ser um estupro. Ter a maioria e empurrar na garganta da minoria, não. O problema é que não há muito debate.
TOÉ – O sr. espera que sua ideia de frente ampla mude o modo de fazer política no País?Lula – Eu quero ter esse papel aqui dentro. Também tenho discutido muito em nível internacional. Muita gente já conversou comigo para que eu tivesse um papel na Internacional Socialista. Mas acho que a Internacional Socialista tem a cara da Europa, não tem a cara da América Latina. Eu seria um estranho no ninho. Mas eu quero também contribuir para que a gente discuta um pouco uma organização política aqui na América Latina.
“Hoje agradeço por todos os santos o segundo turnocom o Alckmin, porque eu pude lavar a minha alma”
“Quando você tem um político cretino, ele não quer queseu aliado ganhe, mas, sim, que o adversário ganhe”
“Eu quero estar vivo no debate político”
ISTOÉ – Nos mesmos termos?Lula – Eu não sei ainda. Mudou a cara política da América Latina, mas os partidos continuam os mesmos. As forças são as mesmas. A gente não evoluiu na organização internacional. O que é o partido do Chávez? Ou os partidos políticos na Argentina? Lá tem um monte de partidos políticos, mas todos são peronistas. O Uruguai tem o partido mais organizadinho, com a Frente Ampla. No Paraguai, o presidente foi eleito por fora dos dois maiores partidos. É juntar essa coisa toda e começar a elaborar possivelmente uma nova doutrina da criação de uma instituição política que pense em uniformizar determinados princípios na América Latina. Sem o dogmatismo do manifesto, que não venha com aquele negócio da terceira, quarta internacional, não quero mais saber disso.
ISTOÉ – Há um temor no meio empresarial de um futuro governo da Dilma ser mais estatizante que o seu.Lula – Não há essa hipótese. Eu conheço bem a Dilma e sei o que ela pensa. Obviamente que nós não queremos ser estatizantes, mas também não vamos carregar a pecha que nos imputaram nos anos 80, quando se dizia que o Estado não valia nada e que o mercado era o Deus todo-poderoso. Essa crise americana mostrou que o mercado é frágil, é corrupto e que quem tinha o Estado mais forte salvou-se primeiro. No caso do Brasil, se não tivéssemos o Banco do Brasil, como é que a gente iria comprar a carteira de financiamento de carro usado do Votorantim? Eu cheguei para o Banco do Brasil e para o companheiro Guido Mantega (ministro da Fazenda) e disse: “Companheiros, nós não podemos deixar quebrar as finanças de carro usado, porque se não vender carro usado não tem compra de carro novo.” Eu perguntei para o Dida (presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine): “Como o Banco do Brasil está? Pode financiar carro usado?” “Ah! Nós não temos expertise, presidente.” Eu perguntei, o que a gente faz então? “A gente tem que formar.” Que formar, o quê! Não temos tempo de formar, a crise está aqui, batendo à porta. Vamos comprar de quem tem. O Votorantim tem, quer vender? Então compramos 50% da expertise do Votorantim. Acabou o problema. O Serra queria vender a Caixa Econômica Estadual. Começaram a falar para mim: “Você não pode comprar, porque o Serra é candidato, é adversário, o Serra vai juntar muito dinheiro para a campanha.” Eu disse: vocês são doidos! Acham que, por causa da campanha do Serra, vou deixar de comprar um banco que permitirá que o Banco do Brasil volte a ser o maior do País? Quem vai fiscalizar o dinheiro do Serra é a Justiça Eleitoral, não serei eu. Nós vamos comprar. E compramos.
“Acabou o tempo da ilusão de que a gente poderia trabalhar junto com o PSDB”
“O fato de eu ter sido presidente me transformou numa figura infinitamentemais projetada do que o PT. Mas isso não significa que eu seja maior que o PT”
“Quem chega ao cargo de presidente não tem o direitode ter mágoa, rancor, de dizer que não gosta de fulano”
ISTOÉ – O sr. considera que estes foram dois grandes momentos no enfrentamento da crise?Lula – Quando a gente chega aqui é menos teoria e mais prática. Quando a gente está na oposição, está discutindo. Você fica numa mesa de bar conversando e diz: eu penso isso, eu penso aquilo. Quando senta naquela cadeira de presidente, você não acha, você não pensa, você não acredita. Você faz ou não faz. E tem que tomar decisão na hora. Não tem que se preocupar com a repercussão. Eu, de vez em quando, adoto uma máxima do Chico Buarque: tem que ouvir o ministério do que vai dar merda. Aprendi antes de tomar a decisão a chamar outras pessoas para perguntar: isso aqui vai dar merda ou não? Governar é uma coisa engraçada. Uma vez o Gilberto Gil propôs a criação da Ancinave. Era uma proposta. De repente a gente estava tomando porrada de todos os lados. Eu reuni numa mesa todos os ministros envolvidos naquilo: Justiça, Fazenda, Indústria e Comércio, Cultura, Secom e mais uns três ou quatro. Disse que nós estávamos apanhando muito na imprensa e que eu precisava saber se todos nós estávamos de acordo com a proposta na mesa. Foi fantástico. Nenhum ministro concordava com a proposta. Porque era uma proposta para debate e surgiu como se fosse uma proposta acabada do governo. Então eu falei: “Alguém tem que comunicar à imprensa que está retirada a proposta. Se ninguém defende a proposta, por que vai continuar?” No governo ou você toma a decisão rapidamente ou é engolido rapidamente.
ISTOÉ – O Brasil, apesar dos preconceitos machistas, está pronto para ser presidido por uma mulher?Lula – O preconceito é uma coisa cultural muito forte no mundo e no Brasil. Mas a ascensão das mulheres nos últimos 20 anos é uma coisa extraordinária. Fui num debate com empresários no Paraná na sexta-feira passada e eu dizia a eles: o que leva um homem a ter preconceito contra um ser humano que o carregou na barriga nove meses? Que o limpou enquanto ele não sabia se limpar? Que o ensinou a comer quando ele não sabia comer? Que formou o seu caráter e que continuou cuidando dele até ele se casar? E só parou quando a sogra começou a se invocar? Qual é a razão que a gente tem para não acreditar num ser que fez a gente? Vamos ser francos: o nosso caráter é o da nossa mãe. A gente pode adorar o pai da gente, mas na hora, que a gente caiu quem estava do nosso lado era nossa mãe. Na hora que a gente tinha dor de barriga quem estava conosco era nossa mãe. Na hora que a gente acordava de noite chorando quem estava do nosso lado era nossa mãe. Quem levantava para trocar nossa fralda de noite era nossa mãe. Quem colocava mamadeira na nossa boca de manhã era nossa mãe. Quem dava o peito para a gente machucar era nossa mãe. Por que nós temos preconceito contra essa figura tão nobre? Eu tenho dito para a Dilma que ela tem que dizer: “Eu não vou governar o Brasil. Eu vou cuidar do povo brasileiro.” Porque a palavra correta é cuidar. E cuidar da parte mais pobre. Tem rico que vem aqui, te pede um bilhão de reais e sai falando mal de você. O pobre te pede dez reais e fica agradecido pelo resto da vida. Então, nós temos que cuidar do povo. Esse país não pode continuar com o povo esquecido. Eu acho que nós vamos vencer o preconceito.

ISTOÉ – Acha que foram superados preconceitos que havia contra o sr.?Lula – Eu fui vítima de muito preconceito. Nas primeiras eleições que perdi, eu perdi porque o pobre não confiava em mim. E eu não tinha mágoa do pobre por isso. Mas ele me via e dizia: se esse cara é igual a mim, por que eu vou votar nele? Era isso que levava o pobre a desconfiar de mim. Eu precisei perder três eleições, amadureci muito, e a sociedade foi amadurecendo até compreender que poderia votar em mim. Hoje, eu acho que o grande legado que vai ficar da minha passagem pela Presidência são os pobres desse país estarem acreditando que eles podem chegar lá. É isso que eu quero fazer com a mulher. A mulher não é apenas a maioria numérica. Em muitas funções, a mulher é igual ou mais competente do que os homens. Todos vocês são casados e suas mulheres são mais corajosas do que vocês. E a minha também. As nossas mulheres têm coragem de fazer brigas que nós não fazemos. Às vezes, o vizinho enche o saco e nós dizemos que vamos conversar. E a mulher diz: “Não tem essa não.” Ela abre a porta e vai lá. Eu acho isso uma coisa estupenda. A coragem da Marisa para tomar decisão é infinitamente maior do que a minha. Com ela, eu tenho que contemporizar. Não, não vamos brigar agora. E ela diz que tem que resolver já, não tem meio-termo. E eu acho que toda mulher é assim.
ISTOÉ – Como o sr. vê José Serra como adversário de Dilma?Lula – Para mim, essa é uma eleição engraçada. Três candidatos de oposição foram do meu partido: Marina Silva, do PV, José Maria, do PSTU e Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL. E o Serra é uma pessoa com quem eu tenho uma relação de respeito muito antiga. Quando vejo eles debatendo, não tenho nenhum inimigo. Tenho alguns adversários disputando com a minha candidata. E eu acho que o Serra deu azar. Deu azar de disputar comigo quando eu não podia perder. Digo do fundo da alma, eu nunca tive a menor preocupação de que não ganharia aquela eleição de 2002. Eu estava convencido de que era a minha vez, que tinha chegado a hora. Eu tinha participado da candidatura do (Franco) Montoro e sabia como era isto. Em 1982, não adiantava nada, aquela era a hora do Montoro ser governador. Podia falar o que quisesse. Que ele tinha 20, 80 aposentadorias. Era a hora dele. E foi. Em 2002, eu sabia que era a minha hora. Eu lembro que quando não ganhei no primeiro turno, cheguei no gabinete à noite e havia uns 100 delegados da América Latina, todo mundo lá triste. Estavam lá o Zé Dirceu e o Duda Mendonça na frente da telinha medindo voto, dizendo que ia dar por meio ponto. E eu disse: “Gente, deixa para lá. Tanto faz primeiro ou segundo turno.Vai apenas demorar um pouco mais. E vai ter uma diferença bem maior depois.” E foi uma coisa extraordinária porque o segundo turno permite que você tenha um embate direto. Eu hoje agradeço por todos os santos o segundo turno com o Alckmin, porque eu pude lavar a minha alma. Eu pude aumentar a minha votação em 12 milhões de votos. E ele perdeu três milhões de votos, uma coisa inédita.
ISTOÉ – E qual é exatamente o azar do Serra, presidente?Lula – Ele foi candidato num ano em que eu não tinha como perder as eleições. E ele agora é candidato num ano em que a Dilma tem todas as condições de ganhar as eleições porque o governo está muito bem e porque as coisas vão melhorar.
ISTOÉ – O sr. acredita em decisão já no primeiro turno?Lula – Eu acredito no processo eleitoral. Para mim, não importa que seja no primeiro ou no segundo turno. Nós temos é que ganhar as eleições. Temos que trabalhar para ganhar as eleições. E eu acho que é uma eleição que pode terminar no primeiro turno. Mas se for para o segundo turno não existe nenhum problema, nenhum trauma. Nós vamos fazer uma bela campanha.
ISTOÉ – Fala-se muito que há uma grande possibilidade de, em 2014, o presidente eleito agora ter o sr. pela frente. Como está desenhada essa possibilidade?Lula – Vamos colocar a política no seu devido lugar. Quando você tem um político cretino, ele não quer que o seu aliado ganhe, mas, sim, o adversário para ele voltar quatro anos depois. No meu caso, eu lancei a Dilma candidata porque eu quero que ela ganhe. E porque eu quero que ela faça um governo melhor do que o meu. E que ela tenha direito a ser candidata à reeleição. É um direito legítimo dela. Não tem essa de que a Dilma vai ser candidata para o Lula voltar em 2014. Não existe essa hipótese. Se a Dilma for eleita ela vai fazer um governo extraordinário e vai ser candidata à reeleição. Se o candidato for um adversário, a história muda de figura. Mas, aí, eu preciso estar bem, porque eu já vou estar com 69 anos. E com 69 anos você parece novo, mas não é tão novo, não. Eu, às vezes, acho que na política deveria ser que nem na Igreja Católica, onde o bispo se aposenta com 75 anos.
ISTOÉ – A mais ousada ação do seu governo na política externa nos últimos tempos foi a intermediação da questão atômica com o Irã. O que faltou para o êxito da negociação?Lula – É o tipo da coisa que somente o tempo vai se encarregar de mostrar o que aconteceu. Eu não tinha nenhuma relação de amizade com o (Mahmoud) Ahmadinejad. Conheci o Ahmadinejad numa reunião da ONU antes da minha ida a Pittsburgh para discutir o G-20. Tive uma conversa com ele. Discutimos duas horas e a primeira coisa que comecei a discutir era a respeito do Holocausto. Se era verdade ou não que ele não acreditava no Holocausto. E ele disse: “Não foi bem isso que eu quis dizer.” Se não foi bem isso que você quis dizer, então, diga. Porque em política todas as vezes que a gente começa a se explicar muito é porque a gente cometeu um erro. Ele disse: “É porque morreram 67 milhões de seres humanos na Segunda Guerra e parece que só morreram os judeus. Os judeus se fazem de vítimas.” Eu falei que se era isso que ele, Ahmadinejad, queria dizer então dissesse. Morreram 67 milhões de pessoas na Segunda Guerra, mas os judeus não morreram em guerra. Eles foram assassinados a sangue-frio, crianças, mulheres, em câmaras de gás, é diferente. Senti que tinha uma possibilidade de conversa. Ele pessoalmente é muito mais afável do que na televisão.
ISTOÉ – Como o sr. encaminhou a questão?Lula – Eu cheguei na ONU, cheguei em Pittsburgh, tinham dado uma entrevista o Sarkozy (presidente da França, Nicolas Sarkozy), Gordon Brown (então primeiro-ministro britânico) e Barack Obama (presidente dos EUA) criticando Ahmadinejad. Fui no Obama e falei: “Companheiro, você já conversou com o Ahmadinejad alguma vez? Não. Você se dignou a pegar o telefone, ligar para ele e dizer: eu quero conversar com você? Não”. A mesma conversa eu tive com o Sarkozy, com o Gordon Brown e com a Angela Merkel (chanceler alemã). Ora, vocês nunca conversaram com o Ahmadinejad e estão dizendo que ele não quer sentar à mesa para negociar essa questão da paz. Então eu quero dizer para vocês o seguinte: eu acredito que ele quer sentar e eu estou convidando ele para ir ao Brasil, estou convidando o primeiro-ministro de Israel, estou convidando o Shimon Peres, estou convidando o presidente da Síria para ir ao Brasil. Separadamente, cada um na sua data. Ahmadinejad veio aqui. Nós conversamos mais de duas horas. Eu disse que, se fosse possível a gente avançar, eu mandaria o Celso Amorim ir muitas vezes lá. Como a Turquia também estava tentando, então o Celso Amorim e o ministro das Relações Exteriores da Turquia começaram a conversar com o primeiro-ministro do Irã, preparando a nossa ida lá. Em Copenhague, quase que eu consigo marcar um jantar entre Sarkozy e Ahmadinejad. Mas, como a rainha da Dinamarca não convidou o Ahmadinejad para o jantar, não deu. Chegou o dia de eu ir ao Irã e eu falei para o Celso que era preciso dizer para o Ahmadinejad que eu não poderia fazer uma viagem inútil.
“Não haverá solução no Oriente Médio enquanto os americanosacharem que eles são os responsáveis pela construção da paz”
“Obama achou que eu e a Turquia estávamos sonhandoacreditando no Ahmadinejad, que ele iria enganar agente. Eu disse o seguinte: ‘Nasci político, meu filho’”
ISTOÉ – O sr. também havia recebido um pedido de Sarkozy para encaminhar ao Ahmadinejad.Lula – Sarkozy tinha falado conosco da moça que estava presa, se poderia ter um gesto de liberar. Eu conversei com Ahmadinejad e ele se comprometeu a liberar, tanto é que eu cheguei à meia-noite lá e às cinco horas da manhã ele liberou. Duas semanas antes de eu viajar, recebo uma carta do Obama. E a carta do Obama tinha um viés. Primeiro tratando de uma forma carinhosa, se desculpando da grosseria dele quando nós fomos discutir o assunto nuclear lá. Ele achou que eu e a Turquia estávamos sonhando, acreditando no Ahmadinejad, que ele iria enganar a gente, não iria cumprir nada. Eu disse o seguinte: “Eu nasci político, meu filho. Toda a minha vida, desde 1969, foi negociar. Perdi muita coisa, ganhei muita coisa, mas negociar é a arte maior de fazer política. Então eu vou lá porque eu acredito.” Tanto é que quando eu cheguei na Rússia, na viagem para o Irã, Dmitri Medvedev (presidente russo) me disse: “Obama me ligou dizendo que ele acha que você vai ser enganado pelo Ahmadinejad.” Um jornalista perguntou: “Escuta aqui, de zero a seis, qual é o grau de otimismo que você tem para fazer a negociação?” O Medvedev falou 30%. Eu disse: Porra! Que otimismo pessimista! Eu falei 99,9%. Cheguei ao Qatar, o Obama tinha ligado para o emir dizendo que vão enganar o Lula. Cheguei ao Irã, conversamos, conversamos, conversamos. Fui conversar com o líder supremo, Khamenei. Duas horas de conversa. Depois fui conversar com o Ali Larijani (presidente do Parlamento) e com todos falei da importância, que eles não poderiam arriscar o bloqueio.
ISTOÉ – Por que, presidente?Lula – Porque o bloqueio começa sem dor, mas daqui a pouco começa a faltar remédio, começa a faltar comida. E quem paga o preço são as crianças. Contei que Cuba viveu 50 anos, que a Líbia viveu 13 anos com bloqueio. Eu conversei tudo o que poderia conversar com eles. O Celso Amorim teve um papel extraordinário com os ministros. Chegou no outro dia às 9h da noite e nós fomos jantar. O Celso não estava no jantar e estava o ministro deles. Azedou, pensei. Esse aqui (o ministro Franklin Martins) estava muito pessimista. Na hora que eu saí do hotel, ele falou: “não vai dar nada”. E eu: “Calma, rapaz, tem que ter fé. A fé que move montanhas.” Eu cheguei lá, estava o ministro deles, mas não estava o Celso. Pensei que tinha azedado mesmo. Então disse para o Ahmadinejad: amanhã eu vou embora, sabe que para eu vir aqui eu larguei a minha mulher e os meus filhos, tenho tarefa pra caramba no Brasil. Vim aqui porque eu quero para você o que eu quero para mim. Eu quero que o Irã desenvolva o enriquecimento de urânio para fins pacíficos, para produzir coisas para a indústria farmacêutica, para produzir coisas para a energia nuclear e no meu país isso está na Constituição. E eu não quero que, por equívoco, o mundo rico, que tem bomba nuclear, te impeça de fazer isso. Então, na verdade eu vim aqui para dar as minhas costas para repartir as chibatadas que você está tomando e não gostaria de ir embora sem assinar esse acordo. Se eu for embora sem assinar esse acordo, eu vou ter que começar a fazer discurso dizendo que você não quer negociar mesmo.
ISTOÉ – Depois disso ele resolveu assinar?Lula – Ele disse: Vamos conversar amanhã de manhã? O ministro dele estava comigo e ia encontrar o Celso ainda. O ministro dele disse assim para mim: “Presidente, falta só um ponto, eu vou encontrar com o Celso agora.” Quando foi meia-noite, eu cheguei ao hotel e o Celso me liga: “Presidente, fechamos.” Nós fomos para acertar o acordo. Tinha físico para dar palpite, como vocês nem imaginam. Os caras não queriam assumir compromisso com data. Eu disse que sem data nós não concordávamos. Eu falei: “Ahmadinejad, vocês sabem o que falam de você. Lá fora na Europa, nos Estados Unidos, falam que você não cumpre palavra, você sabe disso. Por isso é importante colocar a data dizendo que tal dia você vai mandar tal coisa”. Ele topou. Qual foi a minha surpresa, companheiros? É que o pessoal que estava há não sei quantos anos tentando conversar com o Ahmadinejad e nunca conversou, porque nunca tentou, ficou com ciúmes. Por isso a reação. Na minha opinião, essa é a única explicação para a ciumeira do Conselho de Segurança da ONU. Nós ainda mandamos para o grupo de Viena, com Rússia, Estados Unidos e França, a carta no domingo, e ainda assim eles tentaram barrar. Eu acho que a história vai mostrar o equívoco dos companheiros que resolveram trocar as conversas pelas sanções, porque demonstraram apenas ciúmes. Em minha opinião, uma atitude pequena. O problema é o seguinte: se a ONU continuar fraca do jeito que está, vai prevalecer o unilateralismo, a posição unilateral dos americanos vai continuar prevalecendo. Quando nós propusemos fortalecer a ONU, não queríamos só a entrada do Brasil. Mas a entrada do Brasil, da Índia, da Alemanha, de dois ou três países africanos.
ISTOÉ – Mas uma luta histórica do Brasil é pelo assento definitivo no Conselho de Segurança da ONU.Lula – É para que tenha mais representatividade. Imagine o continente africano com 53 países que não tem ninguém. E quantos têm os europeus? E agora tem mais a Alemanha, convidada especial. O Conselho de Segurança da ONU não pode ser um clube de amigos, não pode ser tratado assim. Aquilo tem que ser uma instituição multilateral para resolver problema de conflitos. Em minha opinião, no Oriente Médio não haverá solução enquanto os americanos acharem que são eles os responsáveis pela construção da paz. Se a ONU fosse forte, resolveria o problema do Oriente Médio. Iria lá, demarcaria a terra dos palestinos, demarcaria a terra de Israel e faria cumprir, como fez em 1948, quando criou o Estado de Israel. Como ela é fraca, fica só lá, um dia vai um e ganha o Prêmio Nobel, outro dia vai outro e ganha o Prêmio Nobel, não faz nada, outro dia vai outro e outro prêmio. Então, eu acho que é uma estupidez política não reformar o Conselho de Segurança da ONU

GLOBO QUER LEVAR ELEIÇÃO PARA O SEGUNDO TURNO

Plínio Arruda, acreditem, vai virar estrela global.
Segundo se comenta nos bastidores, a direção da Globo quer o candidato do PSOL diariamente em seus noticiários, principalmente no Jornal Nacional.Para evitar a vitória de Dilma no primeiro turno.

SAIBA QUEM É, O HOMEM QUE DEU UM GOLPE MILIONÁRIO EM MG

Um mês antes de sumir com R$ 50 milhões, o dono do fundo de investimentos Firv, Thales Emanuelle Maioline, de 34 anos, já desfrutava da doce vida de futuro golpista bem-sucedido. Neto de italianos, o capo da família Maioline já demonstrava talento para torrar o dinheiro de seus quase 2 mil investidores de 14 cidades do interior mineiro. Fotos obtidas com exclusividade pelo Estado de Minas revelam as mordomias do empresário pilotando lancha no balneário de Camboriú, em Santa Catarina, brindando com o pai, Iano, a bordo de cruzeiro marítimo em Punta Del Este (Uruguai), e seguindo em direção a Buenos Aires, Argentina.
Dizem que, quanto mais alto se vai, maior a queda. Maioline já chegou aonde queria. Natural de Araçuaí, pequeno município do Vale de Jequitinhonha, a 678 quilômetros de Belo Horizonte, o investidor tem apenas o segundo grau. Em 1994, tirou o diploma do curso técnico de mineração na escola de agrimensura Hagrogemito. Era um aluno tido como comportado e inteligente, sem maiores laivos de genialidade. Talvez tenha herdado a lábia do pai, Iano Maiolino, que chegou a ser eleito vereador pelo PT e ex-presidente da Câmara de Vereadores em Araçuaí. Da mãe, a professora aposentada Rita, que se separou do marido depois que os filhos se tornaram adultos, puxou o ar de intelectualidade, o modo de falar corretamente.
“A marca de Thales eram as festas grandiosas, regadas a champanhe e uísque, com bufê de fora contratado. Era tudo para impressionar”, afirma o ex-investidor de Itabira A., de 28 anos. Segundo ele, o modelo se repetia por 14 cidades afora no interior mineiro, como Itabirito, Nova Lima, Raposos, Ipatinga e Governador Valadares, além de BH. O negócio se autodenomina clube de vencedores e, ironicamente, revelou-se clube de perdedores. Ele também teria participações em empresas como uma academia de ginástica, redes de restaurante e até direitos de exibição de competições de luta livre, uma das paixões de Maioline.
Will Nunes comenta: Em Vazante começou a ratificar os boatos do golpe também na cidade, pessoas que colocaram todas as economias nesta furada:venderam casa,lotes, carros para investir nessa roubada. Enquanto isso, o cabeça continua desfrutando da boa vida, com o dinheiro alheio.No final, todo mundo já sabe o que vai acontecer. Basta lembrar outros golpes como o Boi Gordo, Avestruz, etc...Esse não foi o primeiro e nem vai ser o último golpe, abram os olhos para fatos semelhantes que surgirão no futuro com novos nomes e promessas mirabolantes

E ÁGUA DE VAZANTE?

Diferente de algumas pessoas que apostam no pior melhor, eu semprei acreditei no lado positivo dos fatos. Faço, referência a mudança da água de Vazante, motivo de críticas e pessimismo daqueles que torcem para tudo não dar certo.Tenho, informação que obra deve sair ainda este ano. Como sou otimista por natureza, acredito piamente nesta possibilidade, já que o projeto é uma obra que atenderá a nossa comunidade, levando água com qualidade e oferecendo melhores condições de vida para a população. Para os pessimistas nada, aos otimistas tudo. É assim, que funciona a vida. Por isso, existe quem realiza sonhos, e aqueles que só sonham.

ANÔNIMO

Anônimo disse...
Will vamos lá voce quietou rapazAnônimo disse...

ALERTA NA CAMPANHA DE ANASTASIA EM MINAS

Os mineiros do PSDB fizeram chegar à cúpula nacional do partido sua preocupação com o desempenho nas pesquisas do candidato mineiro ao governo Antonio Anastasia, afilhado político do tucano Aécio Neves.Dono do maior arco de aliança local, esperava-se que ele iniciaria o mês de agosto com 30% das intenções de voto, mas pesquisa recente do Ibope mostrou performance abaixo do ideal: 21%. A coligação adversária, na figura do senador Hélio Costa (PMDB), está em primeiro lugar na sondagem, com 39%.Costa tem do PT o apoio e o vice Patrus Ananias, um nome forte no Estado. Uma das razões para a manutenção do peemedebista num alto patamar é a união das duas legendas por sua eleição.












sábado, 7 de agosto de 2010

OPOSIÇÃO VAI DE JOSÉ HUMBERTO

Depois da impugnação do dep. Federal Silas Brasileiro, o grupo da oposição a atual administração municipal de Vazante deve apoiar para dep. federal o ex-prefeito de Patos de Minas ,José Humberto.

COM A PALAVRA MARCOS COIMBRA

por Marcos Coimbra, na Carta Capital
6 de agosto de 2010 às 10:29h
Uma das coisas engraçadas destas eleições é observar a mudança nos cálculos da oposição sobre o “poder de transferência” de Lula. Já faz mais de um ano que eles são feitos e refeitos, sempre corrigindo para cima a estimativa anterior. Agora, às vésperas do começo da última etapa, com as campanhas chegando à televisão, eles voltaram a mudar, outra vez em sentido ascendente.
Ainda em 2009, não havia quem, nos partidos de oposição, achasse que a aposta de Lula ao indicar Dilma Rousseff daria certo. Além do que entendiam ser suas dificuldades próprias – inexperiência eleitoral, falta de carisma, pouca visibilidade de seu papel no governo (para ficar apenas com as mais citadas) – haveria um limite à transferência de votos de Lula para ela.
Ninguém jamais discutiu que Dilma Rousseff precisaria desses votos. Uma candidata nova, que nunca disputara um cargo importante, sem qualquer notoriedade fora da área técnica do governo, só por milagre alcançaria votação sequer perceptível em uma eleição nacional. Veja-se, para ilustrar, o que aconteceu com Aécio Neves na pré-campanha. Apesar de ser o governador reeleito (e bem avaliado) do segundo maior colégio eleitoral do País, mal alcançava 20% quando teve de desistir, exatamente por lhe faltar maior volume de intenções de voto.
Mesmo sendo Dilma a candidata do PT, de longe o partido com o maior número de filiados e simpatizantes, suas perspectivas continuavam baixas. O PT, sozinho, seria insuficiente para elegê-la.
Ou seja, para se tornar competitiva diante de José Serra e poder derrotá-lo, Dilma precisava de Lula. Ela sabia disso, ele também, assim como a torcida do Flamengo (e a de todos os seus adversários).
Mas quantos seriam os votos que ele conseguiria repassar? Apesar de sua popularidade e simpatia, não haveria um limite a essa transferência?
Durante o ano passado, quem torcia por Serra, seja no meio político, seja na sociedade civil, escolheu a taxa de 20% como o teto onde a transferência de Lula poderia ir. Até a alcançar, Dilma cresceria sem problemas. Em lá chegando, empacaria. Lula a poria no patamar de 20%, mas, para ultrapassá-lo, a bola estaria com ela. Sozinha, sem bagagem política, seria presa fácil do candidato do PSDB.
Essa proporção não foi inventada, pois se baseava nas respostas de entrevistados nas pesquisas a perguntas sobre sua propensão a votar em “quem quer que fosse o candidato indicado por Lula”. Embora variasse um pouco, conforme o momento e a pesquisa era mesmo isso que diziam as pessoas.
O equívoco foi, no entanto, confundir piso com teto. Os 20% não eram o máximo, mas o mínimo que Lula, sem fazer mais nada, daria a ela.
Ela os superou ainda em outubro de 2009, jogando fora os prognósticos peremptórios que ouvíamos até de especialistas conhecidos. Fixaram, então, uma nova barreira em 30%, e garantiram que, deles, ela não passaria. Coisa que fez em março e continuou subindo. A essa altura, indo cada vez mais além do segmento do eleitorado que votaria de olhos fechados em quem Lula indicasse.
Na última semana de julho, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reviu as contas e fixou um novo limite. Para ele, depois de “Lula ter transferido para sua candidata 35% a 40% dos votos”, alcançou “um teto”. Agora, finalmente, segundo o ex-presidente, Dilma Rousseff pararia de crescer.
Quem garante isso? De onde vem a convicção, considerando que ela, nos 40% atuais, já está a um passo de ganhar no primeiro turno?
Quem acha que ela não cresce mais deve imaginar que a presença diária de Lula na televisão, depois do dia 17 próximo, não terá qualquer efeito. Que os 85% que o aprovam, os 75% que acham ótimo ou bom seu governo, os muitos que gostam dele e o admiram ficarão indiferentes à sua presença. Que se decepcionarão todos aqueles que só esperam conhecer um pouco a candidata que ele apoia.
Quem acha que ela não passa de 40% esquece que Lula a pôs nesse patamar quase que somente falando nela, sem olhar nos olhos do eleitor e pedir seu voto, salvo a meia dúzia de vezes em que usou o tempo de propaganda de seu partido.
Quem acha que ela não passa de 40% pode se preparar. Vai, provavelmente, ter uma surpresa.
Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi. Também é colunista do Correio Braziliense.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

CADÊ, O PROGRAMA MICROFONE ABERTO?

Flavio disse...
Então Wiil, cadê o programa Microfone Aberto, que não abre mais?Na verdade um microfone que fechou não só pra vc mas para milhares de ouvintes, que tinham suas vozes proclamadas nas manhãs da montanheza.Aonde está o querido vovô que fazia a gente sorrir?E o nosso j.Delega com seu "porrete que não bate mais", teve sua voz calada pela a insensibilidade de uma emissora que que deveria consultar os ouvintes para uma eventual mudança na programação, e fazer jus ao slogan, "A nossa Rádio".
Will Nunes comenta: Caro, Flávio fico feliz pela as suas observações e esclareço que no momento estamos envolvido na elaboração da nova programação da Rádio Montanheza, que adquiriu um novo e moderno transmissor de 5 mil watt"s. Nessa nova fase vamos também discutir com a direção da emissora como ficará o meu trabalho na Rádio. Uma coisa é certa, para fazer programa na emissora, pra mim, tem que ser no mesmo estilo do Microfone Aberto: Na minha opinião rádio foi feito para divulgar fatos, entreter e discutir idéias e promover a cidadania. Não me vejo, fazendo rádio sem discutir temas de interesse da comunidade, sem calor humano, sem paixão, sem a força da palavra. Estamos dialogando com a direção, e assim que eu definir a minha situação, vou fazer questão de comunicar a você, e aos milhares de ouvintes que me dão a honra do carinho da audiência.

RAPIDINHAS

Com a impugnação do dep. federal Silas Brasileiro, corre nos bastidores que a oposição a atual administração municipal de Vazante deve apoiar o ex-governador Newton Cardoso.
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O dep. Chico Uejo está trabalhando nos bastidores em Vazante. Corre a boca pequena que ele terá apoio de um ex-vereador do PMDB.
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Tudo indica que o prefeito de Guarda-Mor, Gilmar Ferreira , apoiará para federal Antônio Andrade (PMDB) e estadual Almir Paraca (PT).
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Deputados estão de olho nos votos dos Vereadores de Vazante.Pode ter nomes novos disputando votos na cidade.
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Alguém viu, algum santinho de candidato por aí!! Eu, não.
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Com quem a maioria dos peemedebistas de Vazante acompanharão nessas eleições? Antônio Andrade ou Dr. José Benedito.
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Alguém vai abrir comitê em Vazante?
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O ex-prefeito Hélio Guimarães, apoiará para deputado estadual Romeu Queiroz
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Do jeito, que vai, a campanha em Vazante, o povo vai ter dificuldade em votar até para governador. Não existe material de campanha na cidade.
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A falta de mobilização e de entusiasmo pode fazer muita gente não querer votar. Abram o olho para o número de abstenções.
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Será que os vazantinos vão receber a visita dos candidatos ao governo de Minas?
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Depois que a justiça eleitoral proibiu os comicios, as eleições perderam o calor humano.Os politicos viraram artistas, a gente só vê, na Tv, produzidos e bem vestidos.Dá, vontade até de pedir autógrafo.
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