domingo, 5 de maio de 2013

ANÔNIMO AFIRMA QUE A CANDIDATURA DE ALCIDES É UMA REALIDADE

Alcides Diniz está na estrada construindo sua candidatura. Fonte ligada a ele dá como certa essa candidatura a Deputado Estadual. Três partidos querem que ele seja candidato no noroeste e alto paranaíba. Ao mesmo tempo em que costura o apoio de lideranças em Vazante, ele já avança em Lagamar, Guarda-Mór e Paracatú. Dizem que vai jogar pesado em Unaí também.

A mesma fonte disse que nem de longe sonha em apoiar candidato a Federal em Vazante, entendendo que tanto ele quanto Antônio Andrade perderão muito se radicalizarem entre si. A candidatura dele é prá valer. Ele está buscando aproximação com Anastasia e Aecio Neves para garantir sua eleição na região. Vamos ver o que virá pela frente.

WILL NUNES: JOVENS NA POLÍTICA

Enquanto uma ala ligada a Dr. José Benedito começa colocar o nome do secretário de esportes Adilson Bastos na boca do povo. Cadê os nomes jovens da oposição? Eu já disse vou repetir está surgindo em Vazante uma maneira nova de fazer política, só não ver quem não quer.

Ou a oposição percebe isso rápido e passa a agir ou terá uma nova decepção. O cenário mudou, acabou a fase do pensamento único das lideranças... Ou alguém dúvida que o momento exige mais dálogo com as bases?

Na próxima eleição pode surgir um novo fenômeno que é a tendênca do surgimento de um fato novo. Em outra oportundade eu explico. Aguardem!!

VAZANTE-MG: NADA DE NOVO

Enquanto o grupo da situação se movimenta a oposição continua como se tudo fosse as mil maravilhas. Nada de novo....

VAZANTE-MG: EX-PREFEITO - CANDIDATURA É PRA VALER...

A candidatura do ex-prefeito Alcides Diniz ganha musculatura com as articulações nos bastidores  crescendo sua sustentação  política para disputar no próximo ano uma vaga na Assembleia Legislativa.

PRIMEIRA NEGRA BRASILEIRA BEATIFICADA

Filha de escrava, Nhá Chica, Francisca de Paula de Jesus (1810-1895), será beatificada neste sábado (4) em Baependi (MG). A mineira de São João del Rei é a primeira negra beata brasileira. Ela era leiga - não pertenceu a ordens religiosas. À rádio Vaticano, o cardeal italiano Angelo Amato, prefeito da Congregação das Causas dos Santos e representante do papa Francisco na cerimônia, destacou valores de Nhá Chica, como a vida simples dedicada à caridade. "Nhá Chica viveu plenamente esses valores, deixando-os como herança para todos os brasileiros, mas também para toda a Igreja", declarou. Analfabeta, a "santinha de Baependi" e "mãe dos pobres", como foi chamada, nunca se casou. Aos dez anos, perdeu a mãe, também solteira, e cresceu com o irmão, dois anos mais velho. O irmão, Teotônio Pereira do Amaral, ficou rico. Nhá Chica, a herdeira dele, distribuiu tudo o que recebeu, como esmola, e ergueu uma pequena igreja

DILMA E A DÍVIDA DAS PREFEITURAS

A presidenta Dilma Rousseff (PT) sancionará nos próximos dias o projeto de conversão aprovado pelo Congresso Nacional que alterou a medida provisória 589 e melhorou as condições da renegociação das dívidas dos municípios com o governo federal.

O anúncio foi feito pelo ministro da Previdência Social, Garibaldi Filho (PMDB), durante encontro com novos prefeitos e prefeitas do Rio Grande do Norte, realizado 0ntem em Natal.

O texto permitirá um parcelamento englobando todas as dívidas consolidadas até fevereiro de 2013, com prestações equivalentes a 1% da receita corrente líquida ou em 240 parcelas, o que for menor. Também isenta totalmente as multas e reduz os juros em 50%.

HOMEM SÓ PENSA NAQUILO...

A informação está na revista ALFA: O homem pensa quase duas vezes mais em sexo que as mulheres. Segundo uma pesquisa realidade pela Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, nós nos imaginamos com alguém na cama, no escritório, no carro ou numa ilha deserta.
Os pesquisadores recrutaram 160 mulheres e 120 homens e pediram que eles anotassem quantas vezes eles pensavam relacionados ao sexo, comida ou sono durante um dia. O campeão entre os homens foi, claro, o sexo, com 19 anotações – as mulheres pensavam em sexo, em média, dez vezes no período de 24 horas.
Segundo o levantamento, nada vem mais à cabeça de um homem que o sexo. Os colaboradores anotaram, em média, 18 citações à comida e 11 relacionadas com o sono

REFLETIR

“Para cada cem homens que sabem lidar com adversidade, há um que sabe lidar com prosperidade.”
Thomas Carlyle

PATOS DE MINAS-MG: SECRETÁRIO PEDE EXONERAÇÃO

Daniel Freitas Resende não é mais o assessor especial de desenvolvimento econômico da Prefeitura de Patos de Minas. O pedido de exoneração foi entregue na manhã desta sexta-feira (03). O empresário e advogado disse que deixa o cargo para disputar as eleições da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerais – FEDERAMINAS para a gestão 2014 a 2016, que ocorrerá no segundo semestre deste ano.
Daniel Resende é empresário, advogado e preenche o requisito estatutário para disputar a presidência da FEDERAMINAS, que é ter presidido uma Associação Comercial no Estado de Minas Gerais por pelo menos um mandato. Daniel foi presidente da Associação Comercial e Industrial de Patos de Minas – ACIPATOS - na gestão 2009 a 2011.
De acordo com Daniel Resende, o pedido de exoneração no cargo de Assessor Especial de Desenvolvimento Econômico se fez necessário dado ao tempo que terá de dedicar para, inicialmente, compor sua chapa que será formada por 55 Presidentes de Associações Comerciais. Além disso, após o registro da chapa, ele terá que percorrer 420 cidades mineiras que possuem Associações Comercias apresentando suas propostas de governo e consequentemente pedindo votos para a sua chapa.

IBIÁ-MG: FICA OU NÃO FICA....

Eleitores de duas cidades mineiras convivem com a instabilidade política, desde janeiro, com duas trocas no comando das prefeituras em pouco mais de quatro meses: Ibiá, no Alto Paranaíba, e Rochedo de Minas, no Triângulo. Em ambas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu liminares que anularam decisões do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) que haviam afastado os prefeitos empossados em janeiro devido a denúncias de irregularidades, substituindo-os pelos presidentes dos legislativos municipais e determinado a realização de novas eleições. Não há data para o julgamento pelo TSE do mérito dos recursos.

Em Ibiá, o vai e vem começou ainda no fim do ano passado, quando o candidato a prefeito mais votado na eleição, Paulo José da Silva (PSDB), o Paulo Jiboia, foi impedido de tomar posse devido à rejeição das contas de seu governo em mandato anterior. Assumiu o segundo colocado, Hélio Paiva da Silveira (PP). No entanto, Silveira ficou apenas oito dias no cargo, cassado pelo TRE-MG, que acatou a denúncia de compra de votos na campanha. Em 9 de janeiro, tomou posse o presidente da Câmara Municipal, Iraci Dimas (PTdoB), que deveria permanecer no cargo interinamente até a realização de nova eleição.

Na quinta-feira, o ministro do TSE Dias Toffolli concedeu liminar ao segundo colocado, Silveira, suspendendo a decisão do TRE-MG. Na ação cautelar, encaminhada ao TSE, Hélio Silveira alegou que é “ilícita a prova consistente em gravação ambiental anônima realizada sem autorização judicial e sem o prévio conhecimento dos interlocutores, na suposta captação ilícita de sufrágio – oferecimento de dinheiro a eleitores em troca de voto”. Toffolli considerou que, “em razão dos princípios e garantias constitucionais em jogo, tal investigação e as gravações obtidas somente poderiam ser realizadas a partir de autorização judicial devidamente fundamentada”. Por outro lado, o candidato mais votado e que não tomou posse, Paulo Jiboia, continua com processo pendente no Tribunal Superior Eleitoral, ainda sem trânsito em julgado

QUINTÃO PODE SER CANDIDATO AO GOVERNO DE MINAS

Após perder para o PMDB o empresário Júnior da Friboi (GO), que seria um dos principais financiadores de sua candidatura a presidente, governador Eduardo Campos (PE) partiu para o ataque e tenta costurar palanque com peemedebistas nos principais Estados. No Rio, convidou secretário José Mariano Beltrame (Segurança) e, em Minas, Leonardo Quintão (MG), para se filiar ao PSB e disputar o governo em 2014. 

ENTREVISA COM LULA:

 Luiz Inácio Lula da Silva é hoje o inimigo número 1 de grandes grupos de mídia nacionais, especialmente Abril e Globo, mas há, nisso, um paradoxo. Foi no governo do presidente operário que essas empresas conseguiram sair do buraco e resolver suas dívidas cambiais – heranças malditas do governo FHC.
Lula, no entanto, nunca recebeu sinais de gratidão por ter, inclusive, se engajado pessoalmente no resgate dos grupos de mídia. Essa relação tensa, entre o político e os meios de comunicação, é um dos temas da longa entrevista que ele concedeu ao sociólogo Emir Sader e que ser á lançada no livro "Governos Pós-Liberais no Brasil: Lula e Dilma", no dia 13 de maio.
Confira, abaixo, alguns dos principais trechos da entrevista de Lula:
Qual o balanço que o senhor faz dos anos de governo do PT e aliados?
Esses anos, se não foram os melhores, fazem parte do melhor período que este País viveu em muitos e muitos anos. Se formos analisar as carências que ainda existem, as necessidades vitais de um povo na maioria das vezes esquecido pelos governantes, vamos perceber que ainda falta muito a fazer para garantir a esse povo a total conquista da cidadania. Mas, se analisarmos o que foi feito, vamos perceber que outros países não conseguiram, em trinta anos, fazer o que nos conseguimos fazer em dez anos. Quebramos tabus e conceitos preestabelecidos por alguns economistas, por alguns sociólogos, por alguns historiadores. Algumas verdades foram por água abaixo. Primeiro, provamos que era plenamente possível crescer distribuindo renda, que não era preciso esperar crescer para distribuir. Segundo, provamos que era possível aumentar salário sem inflação. Nos últimos 10 anos, os trabalhadores organizados tiveram aumento real: [...] o salário mínimo aumentou quase 74% e a inflação esteve controlada. Terceiro, durante essa década aumentamos o nosso comercio exterior e o nosso mercado interno sem que isso resultasse em conflito. Diziam antes que não era possível crescer concomitantemente mercado externo e mercado interno. Esses foram alguns tabus que nós quebramos. E, ao mesmo tempo, fizemos uma coisa que eu considero extremamente importante: provamos que pouco dinheiro na mão de muitos é distribuição de renda e que muito dinheiro na mão de poucos é concentração de renda.
(...)
Quando começou o governo, o senhor devia ter uma ideia do que ele seria. O que mudou daquela ideia inicial, o que se realizou e o que não se realizou, e por quê?
Tínhamos um programa e parecia que ele não estava andando. Eu lembro que o ministro Luiz Furlan, cada vez que tinha audiência, dizia: "Já estamos no governo há tantos dias, faltam só tantos dias para acabar e nós precisamos definir o que nós queremos que tenha acontecido no final do mandato. Qual é a fotografia que nós queremos". E eu falava: "Furlan, a fotografia está sendo tirada". Não é possível ficar com pressa de obter resultados. Nós temos que provar, no final de um mandato, se nós fomos capazes de fazer aquilo que nos propusemos a fazer. Se a gente for trabalhar em função das manchetes dos jornais, a gente parece que faz tudo e termina não fazendo nada.
Então é o seguinte: eu plantei um pé de jabuticaba. Se esse pé nascer saudável, vai ter sempre alguém dizendo: "Mas, Lula, não está dando jabuticaba, está demorando". Se for cortar o pé e plantar outra coisa, eu nunca vou ter jabuticaba. Então, eu tenho que acreditar que, se eu adubar corretamente, aquele pé vai dar jabuticaba de qualidade. E eu citava esses exemplos no governo... Soja tem que esperar 120 dias, o feijão tem que esperar 90 dias. Não adianta ficar repisando, "faz uma semana que eu plantei e não nasceu". Tem que ter paciência. Eu acho que eu fui o presidente que mais pronunciei a palavra "paciência", "paciência"... Senão você fica louco.
Tem gente na política que levanta de manhã, lê o jornal e quer dar resposta ao jornal. E daí não faz outra coisa. Eu não fui eleito para ficar o tempo todo dando resposta a jornal. Eu fui eleito para governar um país. E isso me deu tranquilidade suficiente para ver que o programa de governo ia ser cumprido.
(...)
Quando o senhor perdeu a paciência?
Obviamente que nós tivemos problemas no começo. Você acha que é simples um metalúrgico sentar naquela cadeira na qual sentaram tantas outras personalidades, que via pela televisão, que achava que era mais importante do que eu... E o mesmo em relação a dormir no quarto em que dormiu tanta gente importante ou que, pelo menos a voz da opinião publica, são importantes. E eu ficava pensando: "Será que é verdade que eu estou aqui?".
No começo tinha muita ansiedade. "Sera que nós vamos dar conta de fazer isso? Será que vai ser possível?", eu me perguntava. Eu acho que nós fizemos. Com erro e com muita tensão, mas fizemos.
(...)
Tivemos tropeços, é lógico. Muitos tropeços. O ano de 2005 foi muito complicado. Quando saiu a denúncia, foi uma situação muito delicada. Se não tivéssemos cuidado, não iríamos discutir mais nada do futuro, só aquilo que a imprensa queria que a gente discutisse. Um dia, eu cheguei em casa e disse: "Marisa, a partir de hoje, se a gente quiser governar este país, a gente não vai ver televisão, a gente não vai ver revista, a gente não vai ler jornal". Eu passei a ter meia hora de conversa por dia com a assessoria de imprensa, para ver qual era o noticiário [...], mas eu não aceitava levantar de manhã, ligar a televisão e já ficar contaminado. Então eu acho que isso foi um dado muito importante.
Eu tinha uma equipe e criamos uma sala de situação, da qual participavam Dilma, Ciro [Gomes], Gilberto [Carvalho] e Márcio [Thomaz Bastos]. E era muito engraçado: eu chegava ao Palácio e eles estavam todos nervosos. E eu estava tranquilo e falava: "Vocês estão vendo? Vocês leem jornal... Vocês estão nervosos por quê?".
(...)
Vocês nasceram radicais...
O PT era muito rígido, e foi essa rigidez que lhe permitiu chegar aonde chegou. Só que, quando um partido cresce muito, entra gente de todas as espécies. Ou seja, quando você define que vai criar um partido democrático e de massa, pode entrar no partido um cordeiro e pode entrar uma onça, mas o partido chega ao poder.
Então, a nossa chegada ao poder foi vista por eles não como uma alternância de poder benéfica à democracia, não como uma coisa normal: houve uma disputa, ganhou quem ganhou, leva quem ganhou, governa quem ganhou e fim de papo. Não é isso? Eles não viram assim. Quer dizer, eu era um indesejado que cheguei lá. Sabe aquele cara que é convidado para uma festa, e o anfitrião nem tinha convidado direito. Fala assim: "Se você quiser, passa lá". E você passa e o cara fala: "Esse cara acreditou?". Então, nós passamos na festa, e o que é mais grave, acertamos.
E depois, tentaram usar o episódio do mensalão para acabar com o PT e, obviamente, acabar com o meu governo. Na época, tinha gente que dizia: "O PT morreu, o PT acabou". Passaram-se seis anos e quem acabou foram eles. O DEM nem sei se existe mais. O PSDB está tentando ressuscitar o jovem Fernando Henrique Cardoso porque não criou lideranças, não promoveu lideranças. Isso deve aumentar a bronca que eles têm da gente - que, aliás, não é recíproca.
O senhor não tem raiva da oposição?
Eu não tenho raiva deles e não guardo mágoas. O que eu guardo é o seguinte: eles nunca ganharam tanto dinheiro na vida como ganharam no meu governo. Nem as emissoras de televisão, que estavam quase todas quebradas; os jornais, quase todos quebrados quando assumi o governo. As empresas e os bancos também nunca ganharam tanto, mas os trabalhadores também ganharam. Agora, obviamente que eu tenho clareza que o trabalhador só pode ganhar se a empresa for bem. Eu não conheço, na história da humanidade, um momento em que a empresa vai mal e que os trabalhadores conseguem conquistar alguma coisa a não ser o desemprego.
(...)
O Brasil mudou nesses dez anos. E o senhor, também mudou?
Uma das coisas boas da velhice é você tirar proveito do que a vida te ensina, em vez de ficar lamentando que está velho. A vida me ensinou muito. Criar um partido nas condições que nos criamos foi muito difícil. Agora que o partido é grande, tudo fica fácil, mas eu viajava esse país para fazer assembleia com três pessoas, com quatro pessoas, com cinco pessoas. Saia daqui de São Paulo para o Acre pra fazer reunião com dez pessoas, para convencer o Chico Mendes a entrar no PT, para convencer o João Maia - aquele que recebeu dinheiro para votar na eleição do Fernando Henrique Cardoso e era advogado da Contag - para entrar no PT. Era muito difícil fazer caravana, viajar ao Nordeste, pegar ônibus, ficar uma semana andando, fazendo comício ao meio-dia, com um sol desgraçado, explicando o que era o PT para que as pessoas quisessem se filiar.
Por quê?
A eleição está ficando uma coisa muito complicada pro Brasil. No mundo inteiro. No Brasil, se o PT não reagir a isso, poucos partidos estarão dispostos a reagir. Então o PT precisa reagir e tentar colocar em discussão a reforma política. Eu tentei, quando presidente, falar de uma Constituinte exclusiva, que é o caminho: eleger pessoas que só vão fazer a reforma política, que vão lá [para o Congresso], mudam o jogo e depois vão embora. E daí se convocam eleições para o Congresso. O que não dá é pra continuar assim.
Às vezes tenho a impressão que partido político é um negócio, quando, na verdade, deveria ser um item extremamente importante para a sociedade. A sociedade tem que acreditar no partido, tem que participar dos partidos.
O PT não mudou necessariamente para melhor?
O PT mudou porque aprendeu a convivência democrática da diversidade; mas, em muitos momentos, o PT cometeu os mesmos desvios que criticava como coisas totalmente equivocadas nos outros partidos políticos. E esse é o jogo eleitoral que está colocado: se o político não tiver dinheiro, não pode ser candidato, não tem como se eleger. Se não tiver dinheiro para pagar a televisão, ele não faz uma campanha.
Enquanto você é pequeno, ninguém questiona isso. Você começa a ser questionado quando vira alternativa de poder. Então, o PT precisa saber disso. O PT, quanto mais forte ele for, mais sério ele tem que ser. Eu não quero ter nenhum preconceito contra ninguém, mas eu acho que o PT precisa voltar a acreditar em valores que a gente acreditava e que foram banalizados por conta da disputa eleitoral. É o tipo de legado que a gente tem que deixar para nossos filhos, nossos netos. E provar que é possível fazer política com seriedade. Você pode fazer o jogo político, pode fazer aliança política, pode fazer coalizão política, mas não precisa estabelecer uma relação promíscua para fazer política. O PT precisa voltar urgentemente a ter isso como uma tarefa dele e como exercício pratico da democracia. Não tem de voltar a ser sectário como era no começo.
Eu lembro que companheiros meus perderam seu emprego numa metalúrgica, montaram um bar, mas quiseram entrar no sindicato e não puderam. "Você não pode entrar porque é patrão", diziam. O coitado do cara tinha só um bar! A coitada da minha sogra, a mãe do marido da Marisa, a mãe do primeiro marido da Marisa (eu sou o único cara que tive três sogras na vida e uma que não era minha sogra; era sogra da minha mulher, por conta do ex-marido dela, que eu adotei como sogra), a coitada tinha um fusquinha 1966 que era herança do marido. E ela ganhava acho que 600 - naquele tempo era como se fosse um salário mínimo de hoje - de aposentadoria, mas gostava de andar bem-vestida. Ela chegava a reunião do PT e o pessoal falava: "Já veio a burguesa do Lula".
Tinha um candidato a vereador que queria dinheiro para a campanha e eu falei: "Olha, eu não vou pedir dinheiro para a campanha. Se você quiser, eu te apresento algumas pessoas". Dai ele disse: "Não, mas eu não quero conversar com empresário". Falei: "Então você quer que um favelado de dinheiro para a tua campanha?". Eu já fiz campanha de cofrinho. Eu já fiz campanha de macacão em palanque. Na campanha de 1982, a gente ia ao palanque, antes que eu falasse, fazia propaganda das camisas, dosbótons, de tudo que a gente vendia. E a gente vendia na hora e arrecadava o dinheiro para pagar as despesas daquele comício.

fonte:247

FERNANDO RODRIGUES: AÉCIO PROVARÁ DO PRÓPRIO VENENO

Com dificuldades para montar palanques fortes nos Estados, o senador Aécio neves (PSDB-MG) está prestes a experimentar um pouco do veneno que ele próprio administrou em colegas em disputas presidenciais passadas.
Em 2006, era comum ouvir que em Minas Gerais muitos eleitores eram estimulados a adotar o voto "Lulécio": em Lula para presidente e em Aécio para governador. Em 2010, foi a vez do "Dilmasia" ""em Dilma Rousseff para presidente e em Antonio Anastasia (do PSDB e apoiado por Aécio) para governador.
Nessas duas eleições, os tucanos candidatos a presidente, Geraldo Alckmin e José Serra, respectivamente, sofreram nas mãos de Aécio e dos eleitores mineiros.
Esse tipo de mistura heterodoxa de partidos e ideologias não é nova nem necessariamente uma traição produzida apenas por maldade. É também uma questão de sobrevivência política.
Aos candidatos a governos estaduais interessa primeiro o sucesso local. Depois, se possível, vão ajudar os postulantes federais de suas legendas.
O quadro se agrava num cenário em que há uma fragmentação partidária ""e uma administração federal sem pudor na hora de aumentar o número de ministérios para ampliar o condomínio governista. Dilma Rousseff tem no momento 39 pastas, um recorde na história do Brasil.
Há um componente extra. O PT já perdeu toda a cerimônia quando se trata de apoiar adversários do passado. De Paulo Maluf a José Sarney, todos são vistos como potenciais aliados do projeto reeleitoral de Dilma.
Com o PT aberto a alianças antes consideradas impensáveis pelos petistas de raiz, fica muito reduzida a margem de manobra para a oposição.
Basta comparar com as eleições de 1994 e 1998, quando Fernando Henrique Cardoso se elegeu presidente. Partidos como o PTB, o PMDB ou o PP estavam 100% fora do radar para se tornarem aliados do PT. Hoje, a história é bem diferente.
O que sobra para tucanos e outros opositores são siglas menores e desidratadas. O DEM, por exemplo, pode até apoiar Aécio, mas cobrará caro nos Estados e entregará de volta uma mercadoria bem menos atraente do que antes.
Em 1998, ao sustentar a reeleição de FHC, o DEM (ainda PFL) fez uma bancada de 105 deputados. Hoje tem só 28 cadeiras na Câmara e pode ser a maior sigla (fora o PSDB) a apoiar Aécio. Se é assim no plano federal, não é surpresa que o tucano esteja sofrendo para construir uma teia de aliados robustos e fiéis nos Estados.