segunda-feira, 27 de outubro de 2014

VITÓRIA DE DILMA: BRASIL SEM DIVISÃO

A primeira leitura do UOL após o resultado por Estado da eleição presidencial deste ano mostra um país dividido: Nordeste, parte do Norte, Minas Gerais e Rio de Janeiro, vermelhos; e os demais Estados azuis, mostrando quem – Dilma Rousseff (PT) ou Aécio Neves (PSDB)– venceu em cada unidade da federação. Essa polarização, porém, não é tão radical. Afinal, os dois candidatos conseguiram votos em todos os Estados. Cada um deles conseguiu mais votos em determinadas regiões, mas isso não exclui a votação que o concorrente obteve na mesma área.
Tome-se o exemplo de Minas Gerais, onde a petista venceu, e que no mapa simples aparece em vermelho. A votação por lá, porém, foi a mais apertada entre todos os Estados. Dilma obteve 52,41%, e Aécio, 47,59%. A presidente foi reeleita neste domingo (26) com 51,64% dos votos válidos.
Um novo mapa, que ganhou as redes sociais nesta segunda-feira, mostra essas diferenças. Com variações de cor entre o vermelho e o azul, é possível observar melhor a proporção de votos em cada Estado. Assim, descobre-se que o Rio Grande do Sul não é tão tucano – Dilma teve 46,47% dos votos válidos dos gaúchos–, nem o Pará é tão petista, já que 42,59% dos eleitores de lá optaram por Aécio. Confira, no mapa, a variação dos votos:


        

POR RODRIGO VIANNA: MICOS DA ELEIÇÃO


Aecio cumprimentopor Rodrigo Vianna
Passada a eleição, é  hora de selecionar os grandes “micos” dessa campanha eleitoral que mobilizou ódio e preconceito – por fim, derrotados na urna.
Faço aqui uma breve lista, mas gostaria que os internautas ajudassem a completá-la.
1) Marina Silva
Ganhou, disparado, o grande troféu de mico eleitoral. Sorriu sobre o caixão de Eduardo Campos em agosto. Depois, terceirizou sua campanha ao Itaú, enquanto se apresentava como “terceira via”… No fim, desmontada pelos fatos, soltou os cabelos numa cerimônia constrangedora de adesão a Aécio Neves.
Marina destruiu dois partidos (PSB e Rede), e avacalhou sua própria história.
Derreteu quando fugiu do debate com Dilma no primeiro turno. Raivosa, apoiou Aécio no segundo turno.
Ao lado do tucano, perdeu a eleição e a pose.
2) Sensus e Istoé
Quando todas as pesquisas, na reta final, já davam Dilma em primeiro lugar, o instituto Sensus produziu estranhíssimos levantamentos que indicavam Aécio até 15 pontos na frente. É, nitidamente, caso para investigação policial. A revista “Istoé” arrastou-se na lama publicando as pesquisas aecistas.
Mas pior foi ver o Estatístico que dirige o instituto afirmar: “rasgo o meu diploma se a pesquisa estiver errada”. Aguarda-se agora que ele cumpra a promessa de campanha.
3) Lobão e Mainardi
O roqueiro prometeu ir embora do Brasil se Dilma ganhasse.
Mais um que faz promessas só para iludir o povo. Diante da derrota, o ex-roqueiro declarou que voltava atrás – frustrando milhões de brasileiros que já se cotizavam para pagar o bilhete aéreo do rapaz.
Lobão recebeu, na última hora, a companhia do moço que trabalhava na “Veja” e fugiu para Veneza. Diogo Mainardi prometeu que se jogaria pela janela se Dilma vencesse. Até agora, não cumpriu a promessa.
4) “Veja” e a classe média paulista
A revista da marginal lançou-se com fúria infantil na campanha. Às portas da falência, apostou tudo na eleição de Aécio Neves – produzindo uma capa que atendia aos interesses tucanos.
A capa virou panfleto nas mãos da furiosa classe média paulista – que na tare de sábado (25/outubro) distribuía o material em uma desesperada passeata na avenida Paulista.
A mesma classe média espalhou boatos de que o doleiro Youssef (principal “fonte” da revista) teria sido “envenenado pelo PT”. Era mentira.
“Veja” e a classe média conservadora acabaram por se afogar no próprio ódio.
A revista da marginal pagou o mico de publicar um direito de resposta do PT em seu sítio eletrônico – por ordem do TSE.
Já a classe média conservadora pagou o mico de terminar a eleição espalhando mensagens preconceituosas pelas redes sociais – contra o Nordeste.
Detalhe: a derrota de Aécio não se deu no Nordeste. Mas no Rio e em Minas.
5) A viúva de Pernambuco
A família de Eduardo Campos mergulhou na campanha de Marina (e, depois, de Aécio) de forma abrupta. Filhos e viúva foram os primeiros a desrespeitar o luto.
Pagaram o mico duplo: usaram o cadáver na campanha, o que não impediu uma derrota humilhante no segundo turno.
Entre a exploração mórbida da memória de Eduardo e o reconhecimento ao ex-presidente Lula, o povo pernambucano ficou com o segundo.
6) “O povo não é bobo…”
A Globo de Ali Kamel iniciou o segundo turno descarregando o escândalo da Petrobras sobre Dilma. A família Marinho imaginava que ali decidiria a eleição. Mas Dilma resistiu – bravamente.
A capa da “Veja”, na véspera do segundo turno, mostrou uma Globo já mais vacilante.
Na sexta-feira (24/outubro), Ali Kamel fugiu do assunto – temendo que Dilma desmascarasse a Globo no debate  ao vivo que aconteceria naquela noite. E Dilma mandou mesmo recado no debate, quando abriu sua resposta sobre a revista com a frase: “o povo não é bobo…”.
No sábado antes da eleição, a Globo entrou no assunto – de forma covarde. Dilma já não teria como responder. Mas o JN não teve o mesmo ímpeto de outras eleições. Mostrou-se fraco.
Quando Dilma fazia o discurso da vitória no domingo, com transmissão ao vivo, a platéia interrompeu: “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”.
Dilma manteve um meio sorriso no rosto. O áudio vazou no ar, inclusive na Globo.
Mais um mico para a coleção de Ali Kamel (diretor de Jornalismo da emissora) – que se dedica a processar blogueiros, enquanto vê a audiência da TV despencar.
7) “Vamos conversar? Não, obrigado…”
Aécio foi um candidato competitivo. Agressivo demais em alguns momentos.
Mas mostrou coragem, ao defender o legado de FHC, e ao reconhecer a vitória de Dilma de maneira republicana e tranquila.
Mas, do ponto de vista visual, o grande mico da eleição foi a foto que abre esse  texto.
Aécio iniciou a campanha com o mote “vamos conversar”. Os ricos e remediados toparam falar com ele. E votaram nele.
Mas Aécio jamais conseguiu chegar aos pobres. Na visita a uma comunidade em BH, um morador recolheu a mão quando o candidato estendeu a dele para o cumprimento.
Mico registrado para a posteridade.
Mico tão grande quanto perder a eleição em Minas – onde ele esperava uma vitória “consagradora”.

DILMA: A VITÓRIA É DE TODOS



O Brasil é de todos e a vitória de Dilma também!



A vitória de Dilma foi a vitória do povo brasileiro em toda a sua abrangência, diversidade, pluralidade, regionalidades. Ainda que Dilma não tenha vencido em todas as regiões do país, é equivocada a leitura de um país dividido por região ou por renda – leitura essa que prega certo ódio e um sentimento antidemocrático, que busca invalidar a conquista nas urnas.


Dos mais de 54,5 milhões de votos que Dilma recebeu, 54,82% vieram das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste; 45,08% das regiões Norte e Nordeste, onde Dilma ganhou em todos os estados. A vitória expressiva de Dilma nos estados do Nordeste é um resultado esperado para estados que há 500 anos estavam esquecidos pelos governantes e viram a chegada de Lula e Dilma ao poder mudar tal realidade.


Ainda assim, a divisão binária que muitos espalharam pela rede, motivadora de um sentimento xenófobo, deve ser analisada com cuidado. Não há região do Brasil em que exista unanimidade: no país democrático em que vivemos, as opiniões divergem, como não poderia deixar de ser. Não há essa polarização extrema, não há um lado vermelho e outro azul, há diversas matizes, diversos tons que compõem a democracia brasileira (veja abaixo a análise de Thomas Conti).


Nesse cenário, o projeto popular de Dilma venceu e teve ampla vantagem em estados como Maranhão (78,6%), Piauí (78,2%) e Ceará (76,7%). Ao todo, foram 15 estados com o PT à frente. Entre eles, duas vitórias significativas: Rio de Janeiro (54,9%) e Minas Gerais (52,4%), os estados que mais de perto conheceram o adversário, Aécio Neves, e respectivamente o segundo e terceiro estados mais ricos do Brasil.


Os próximos quatro anos serão de um governo para todos. Nestes últimos 12, todos ganharam e quem menos tinha melhorou ainda mais de vida. É dessa forma que a mudança prosseguirá, rumo a um Brasil cada vez maior e mais justo.


ILIMAR FRANCO: O TAMANHO REAL DA OPOSIÇÃO

Muito se tem dito sobre o que a presidente Dilma precisa fazer para alavancar seu segundo mandato. Mas pouco se tem falado sobre o futuro da oposição. Por quase ter chegado lá, sua torcida está eufórica e alguns de seus quadros estão com o peito estufado.
Mas vamos aos fatos. O poder de fogo de um partido não deve ser medido só pela votação de seu candidato. Mas, sobretudo, deve ser dimensionado por sua capacidade de alavancagem. O número de eleitores que ele vai governar e para quem poderá oferecer sua ação política, econômica e administrativa. O desempenho do PSDB nos estados, ao lado dos erros do governo federal, será a principal fonte de luz da oposição.
O PSDB elegeu oito governadores, em 2010, e seu fiel escudeiro, o DEM, dois. A oposição governava 10 estados, incluindo São Paulo e Minas Gerais. Portanto, um contingente maior do que governará daqui por diante. Nestas eleições, o PSDB elegeu cinco governados e perdeu Minas Gerais, o segundo estado em eleitores do país.
Além disso, os tucanos governarão para menos brasileiros. Eles governavam para 67,8 milhões de eleitores. Agora vão governar para 51,2 milhões. Uma perda de 16,6 milhões. O partido manteve sua hegemonia em São Paulo e em estados limítrofes (Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás), além do Pará. O PSDB está se tornando um partido paulista?

Vamos ver a força que a oposição terá no Senado. A oposição elegeu nomes de peso, como José Serra (PSDB-SP), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Ronaldo Caiado (DEM-GO). Na atual legislatura, o núcleo duro da oposição era de 19 senadores, mas em determinados temas ela conseguiu um apoio maior. Mas nunca como a eleita em 2006, quando a oposição acabou com a CPMF. Na próxima legislatura ela ficará do mesmo tamanho, o núcleo duro terá 18 senadores.

A situação não é diferente na Câmara. Nas eleições de 2010, a oposição elegeu 112 deputados, contando os três do PSOL. O PSDB fez 54 e o DEM 43. Nessa eleição, a oposição fez 107, contando 5 do PSOL. Na Legislatura passada, como nessa, o governo sempre terá defecções em sua base, notadamente no PMDB, conforme o assunto em debate. É por isso que os governos têm base ampla. Nem sempre ele pode contar com todos os seus.

Mas no cálculo da base do governo só um malabarismo poderia retirar da base da presidente Dilma os partidos que integraram a coligação que a reelegeu. (**) Há no Congresso mais de uma centena de deputados que se colocam no centro e apoiam qualquer governo. Essas forças devem apoiar a presidente Dilma como apoiariam Aécio Neves se ele fosse eleito.

A oposição poderá colocar em sua cota o PSB. O partido ficou do mesmo tamanho na Câmara (era 35 e será 33). No Senado, o partido cresceu sua bancada de três para sete senadores. Alguns desses apoiam o governo. Além disso, devemos perguntar que tipo de oposição esse partido fará? Será que ele adotará o discurso do PSDB? Há socialistas que defendem essa tese. Ou fará uma oposição moderada?
Os socialistas não tem mais um líder que os unifique. O PSB, como todos os partidos à esquerda no Brasil, são partidos de caudilhos. Miguel Arraes e Eduardo Campos no PSB. Leonel Brizola no PDT. Lula no PT. Os socialistas também terão de decidir se ficarão no campo da esquerda, mantendo o legado de Miguel Arraes, ou vão adotar outro rumo?
No entanto, devemos considerar ainda, a possibilidade desse partido se comprometer ou se associar ao projeto de Marina Silva. Sem o PSB, ela, e sua Rede, iriam para as eleições de 2018 com um tempo residual de TV e uma parcela diminuta do Fundo Partidário (aquelas sobrinhas que são divididos entre todos).
A oposição quase chegou lá e caixa de ressonância nunca lhe faltará para fazer barulho. Mas será que ela deve seguir na trilha do "já ganhou"? Ela chegará ao poder se não tiver um projeto para o Nordeste? Ela terá apoio no Amazonas sem ter uma proposta para a sobrevivência da Zona Franca de Manaus? Os pobres, a classe "C" vão confiar seu voto ao PSDB?

-------------
(**) A aliança para governar entre um partido social-democrata, como o PT, e um partido de centro, como o PMDB, não é uma novidade na história política do país. No período que vai de 1945 a 1960, o Brasil foi governado tendo como base uma aliança entre o PSD, de centro, e o PTB, trabalhista. Foram 15 anos assim até que essa supremacia fosse interrompida por uma campanha que transformou Juscelino Kubitschek (PSD-MG) num corrupto. Isso viabilizou a eleição de um político de um pequeno partido (PTN), Jânio Quadros, que tinha como símbolo uma vassoura. Como se pode ver, 54 anos depois, não há nada de novo sob o sol tropical do nosso país.

JORNALISTA ORION TEIXEIRA (JORNALHOJEEMDIA)




Onde menos esperava, a presidente Dilma Rousseff (PT) conquistou sua reeleição em Minas Gerais, seu estado de origem, mas a principal base política, além de natal, de seu rival e desafiante Aécio Neves (PSDB). A vantagem obtida pela petista em Minas foi de 550, 6 mil votos, semelhante à do primeiro turno, e a frente nacional alcançada por ela sobre o tucano, de 3,4 milhões, é parecida com aquela conta feita pelo PSDB mineiro, no início da campanha, de que o estado daria a Aécio para ganhar a disputa. Esse foi o grande feito da petista e a grande derrota do tucano, que acertou na conta, mas errou feio na estratégia. Minas faltou ao tucano, negando-lhe a liderança que imaginava sob controle e incontestável. A realidade foi outra.
O erro tucano não foi somente o da arrogância, como chegou a criticar o governador eleito, Fernando Pimentel (PT), de se achar “dono de Minas ou dos votos do estado”, mas na escolha do candidato a governador, o tucano Pimenta da Veiga. Faltou a Aécio a coragem necessária para enfrentar a divisão de seu grupo, que tinha três pré-candidatos aliados, e escolher um deles para ser o seu candidato em vez de buscar nome alternativo, afastado de Minas e da política há 12 anos.
Ou seja, não havia nenhuma identidade dele com os 12 anos de governos tucanos. Resultado já conhecido, o candidato ungido perdeu a eleição para governador e sequer chegou ao segundo turno, criando aí as condições para a maior derrota tucana no estado. Em seu discurso de reconhecimento de derrota, Aécio agradeceu ao apóstolo São Paulo por ter “combatido o bom combate”, fazendo, ao mesmo tempo, sutil referência ao estado paulista que o apoiou nos dois turnos ao contrário de seu próprio.
Ao contribuir para a terceira derrota de Aécio, Pimentel deixou a disputa e assumiu postura de governador eleito, reconhecendo que a eleição em Minas foi decisiva para a vitória. “Passada a campanha, é hora de superarmos as diferenças e caminharmos juntos em direção a um grande futuro. Viva Minas! Viva o Brasil”, disse ele, em nota.

Estadista e líder
Dilma Rousseff chegou ao segundo mandato e, ontem mesmo, deixou a condição de candidata para fazer o chamamento para a união nacional pela pacificação e avanços. Além de correto, o gesto não foi apenas uma manifestação de estadista, mas o reconhecimento de que é preciso fazer o que não fez nos primeiros quatros anos. Mais do que o país, ela precisa viabilizar sua governabilidade e recompor-se com as forças produtivas que lhe disseram não. Sua vitória foi inquestionável, mas também um resultado apertado (51,46% a 48,36%).

Dilma assumiu posição de estadista em meio ao racha nacional, e o derrotado Aécio buscou encarnar a de líder das forças de oposição, ainda que reconhecesse a necessidade de união nacional. Em um futuro cenário de Congresso Nacional fragmentado e conservador, o país não experimentará avanços se as duas principais e antagônicas forças políticas, o PT e o PSDB, não estabeleceram um entendimento mínimo. Sem isso, não haverá reforma que aguente. Para manter-se na condição que as urnas lhe conferiram, Aécio precisará se desfazer da tutela do tucanato paulista.

Me esqueçam
Muitos serão chamados a dar explicações que não existem por seus erros de avaliações, amostragem e resultados. E se existirem, elas serão deixadas de lado porque as pesquisas só voltarão à cena política daqui a dois anos, em 2016, nas eleições para prefeito. Até lá, os institutos ficarão esquecidos.

PSDB SAI MENOR DA ELEIÇÃO

O PSDB sai muito menor nas eleições estaduais. Os tucanos governavam para 64,1 milhões de eleitores. Agora vão governar para 35,7 milhões. Uma perda de 28,4 milhões. O PMDB foi o vencedor das eleições estaduais e vai governar para cerca de 20 milhões. O PT fincou os pés no Sudeste e vai governar para 24 milhões de eleitores, 2,8 milhões a mais que em 2010.
O PMDB pulou de cinco governadores (2010) para sete. Ele manteve o Rio de Janeiro e conquistou o Rio Grande do Sul. O Rio de janeiro ocupará um espaço central nos próximos quatro anos por conta da realização das Olimpíadas Rio-2016, que deve catapultar para o cenário nacional o prefeito carioca Eduardo Paes. 
O PT manteve cinco governos. Mas obteve uma conquista relevante, eleger o primeiro governador do Sudeste, o de Minas Gerais. O partido manteve a Bahia, herdou o Ceará, mas perdeu o Rio Grande do Sul.
O PSDB, que tinha oito governos (2010), caiu para cinco. Os tucanos mantiveram o governo de São Paulo. Mas sofreu um sério revés em Minas, terra de seu candidato a presidente, Aécio Neves. Além disso, o seu principal aliado, o DEM, que tinha dois governos ficou sem nenhum.
O PSB perdeu metade dos seus governos, caiu de seis para três. Mas tem a seu favor ter mantido o poder em Pernambuco.
Nas eleições de 2010, o Bloco da oposição (PSDB / DEM) elegeu 10 governadores e o Bloco do governo fez 17 governadores, sendo seis do PSB. Agora, em 2014, o Bloco do governo elegeu 19 governadores, o Bloco de Oposição elegeu oito, sendo cinco do PSDB e três do PSB.
--------------------------------------------------------------------------------
Partidos Gov 2010 2014  Estados
--------------------------------------------------------------------------------
PMDB     5               7         ES, AL, SE, TO, RJ, RS, RO
PT           5                5         MG, BA, PI, CE, AC
PSDB     8                5         SP, PR, GO, MS, PA
PSB        6                3         PE, PB, DF
PSD        X               2         SC, RN
PDT        X               2         MT, AP
PP           X               1        RR
PCdoB   X                1        MA
PROS     X                1       AM