terça-feira, 11 de agosto de 2015

DILMA EM BAIXA É MOTIVO DE CRIATIVIDADE NA INTERNET

MISSÃO IMPOSSÍVEL

CASTELO DO SAUDOSO CANTOR SERTANEJO JOSÉ RICO VAI VIRAR HOTEL TEMÁTICO

castelo de ze rico
A família do cantor José Rico, da dupla com Milionário e que morreu em março deste ano aos 68 anos, já sabe o que fazer com o “castelo” de aproximadamente 100 quartos deixado pelo músico. O local, que está em construção e fica às margens da Rodovia Anhanguera (SP-330), em Limeira (SP), deverá reunir um museu para contar a história dos cantores e um hotel temático. A informação foi confirmada na segunda-feira (10) pela assessoria de imprensa dos sertanejos
G1

COM A PALAVRA, DELFIM NETTO


Conversa Afiada reproduz trechos da coluna de Delfim Netto, no Valor:


É tempo de todos colocarmos de lado o pensamento mágico e colaborarmos para o bom funcionamento das sólidas instituições que construímos. É preciso respeitar um mínimo da lógica econômica que tem sido usada nos últimos cem anos em todas as sociedades relativamente civilizadas: produz uma módica liberdade de iniciativa individual, uma progressiva igualdade de oportunidades e alguma eficiência produtiva, que é a possibilidade de fruição das outras duas

É preciso incorporar o fato que quem foi eleito legitimamente (e Dilma o foi!) só pode ser privado da missão que recebeu da maioria nas urnas com a mais rigorosa observância do rito constitucional, e uma vez provado materialmente que cometeu, ou se beneficiou, de eventual desvio de função. A “vontade” expressa nas amostragens da opinião pública, por mais exatas e fiéis que sejam; a “gritaria raivosa” no hospício a céu aberto da Câmara dos Deputados; as “passeatas cívicas” dominicais e os “panelaços mal-educados” das zonas abastadas podem pretender revelar o “espírito da sociedade” com relação ao governo. São, entretanto, absolutamente inservíveis como prova para aquela finalidade.

(…)

premido pelas circunstâncias, teve a coragem de optar pela política econômica que combatera ferozmente durante a campanha eleitoral de 2014. Em condições normais de pressão e temperatura isso teria sido um pecado “venial”, mas, dados aos fatos supervenientes, transformou-se num pecado “capital’

O brasileiro não tem mais tempo para continuar paralisado ou meter-se em novas experiências políticas e econômicas. Ele sabe que está ameaçado de perder o seu emprego, e, assim, de destruir sua família. Sente o risco de ser empurrado para uma correção de rumo fora do controle do governo com a perda do grau de investimento pelo país.

É tempo, pois, de a presidente Dilma reafirmar o seu caráter e recuperar o seu protagonismo. De apresentar à sua “base” um conjunto de projetos fundamentais nos campos orçamentário, tributário, trabalhista, previdenciário, e de cooptar o Congresso para enfrentar os graves obstáculos que consomem a energia do nosso crescimento inclusivo e e sustentável. Em benefício do próprio Legislativo, aliás, que terá a oportunidade de recuperar, também, algum respeito da sociedade.

(…)

O ideal para o futuro do Brasil é que Dilma recupere o prestígio e o respeito que recebeu da maioria absoluta dos votos válidos no processo eleitoral. Qualquer outra solução fora da rigorosa disciplina constitucional será um atraso institucional e será ineficiente. Os mesmos problemas (como por exemplo, o desequilíbrio fiscal “estrutural”, que explodiu no seu colo, mas não foi apenas obra sua) vão continuar. Não serão resolvidos enquanto a sociedade não entender que precisa mobilizar-se para pressionar o Executivo e o Legislativo, independentes mas cooperativos e harmônicos, para que cada um cumpra o seu papel nas mudanças institucionais que o Brasil precisa, mas às quais se opõem as minorias organizadas próximas do poder incumbente eventual. Elas adquiriram “direitos palpáveis” à custa dos abstratos “direitos difusos” da ingênua maioria.

PR PODE DEIXAR O GOVERNO

Partido da República (PR) convocou dirigentes de todos os estados para encontro, hoje (11), em Brasília. Na pauta, o provável afastamento do Governo Dilma, onde ocupa o Ministério dos Transportes. Se a revoada for confirmada será, na prática, o terceiro partido a minguar os votos governistas no Congresso. Na semana passada, PDT e PTB caíram fora, mas, paradoxalmente, não entregaram os cargos.

DILMA EM QUEDA LIVRE

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AÉCIO CADA VEZ MAIS ISOLADO


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Três movimentos praticamente simultâneos liquidaram o esboço de golpe que vinha sendo liderado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), derrotado na última eleição presidencial; o primeiro ato foi a declaração de João Roberto Marinho, um dos sócios da Globo, de que o sucessor da presidente Dilma Rousseff será quem vencer a disputa presidencial de 2018; em seguida, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que 'a questão do impeachment não está colocada'; ontem à noite, no terceiro ato, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Congresso Nacional, sinalizou que o Brasil tem condições de retomar a governabilidade, ao lançar a Agenda Brasil, que prevê reformas fiscais de longo prazo; com seu estilo incendiário, que é a negação do espírito de Tancredo Neves, Aécio sairá da crise atual menor do que entrou e dificilmente conseguirá ser o candidato tucano em 2018.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), que no fim de semana concedeu uma entrevista prevendo que será chamado em breve a salvar o País (leia aqui), foi abandonado à beira da estrada.
Nos últimos dias, três movimentos simultâneos praticamente liquidaram a possibilidade do golpe contra a democracia, que vinha sendo tramado e liderado por aliados de Aécio.
O primeiro ato se deu no encontro entre João Roberto Marinho, um dos sócios da Globo, e senadores petistas, quando ele afirmou que o sucessor de Dilma será aquele que conseguir se eleger em 2018 (leia aqui). Mais do que respeitar o calendário eleitoral e abandonar o golpe, a Globo também rifou Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, que seria peça-chave na orquestração golpista (leia aqui).
O segundo ato partiu daquele que, no PSDB, reúne hoje as melhores condições para se colocar como candidato natural do partido: o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Ontem, ao participar de uma homenagem ao ex-governador pernambucano Eduardo Campos, ele afirmou que 'a questão do impeachment não está colocada' (leia aqui).
Não é exatamente o que pensam tenentes aecistas, como o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) e o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), mas o fato é que a opinião de Alckmin tem muito mais peso.
Por último, o terceiro ato ocorreu na noite de ontem, quando, em sintonia com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), lançou a chamada "Agenda Brasil", um pacote de reformas de longo prazo, que sinalizam a retomada da governabilidade e da responsabilidade fiscal.
Os três movimentos, simultâneos, podem ser resumidos numa frase: Dilma fica, terá condições de governar e Geraldo Alckmin será o candidato do PSDB em 2018.

PREFEITOS PEDEM FIM DO IMPASSE


Em meio ao recrudescimento da crise política e econômica que acomete o país, a FNP (Frente Nacional dos Prefeitos) vai divulgar nesta segunda-feira (10) uma carta para posicionar a entidade às vésperas das manifestações contra o governo, marcadas para o próximo domingo (16).
Segundo o documento, é necessário que governo e parlamentares superem impasses políticos antes que eles “comprometam o futuro do nosso país”.
Os prefeitos reconhecem o agravamento da situação política e econômica do Brasil e pedem uma “estratégia de crescimento que recupere a estabilidade e promova o desenvolvimento sustentável”. “Nesse contexto, é indispensável remover as eventuais dificuldades existentes no encaminhamento das discussões legislativas, além de estabelecermos uma mesa permanente de discussões técnicas com o Executivo Federal”, diz o texto.

AGENDA SUPERPARTIDÁRIA

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O presidente do Senado, Renan Calheiros, discutiu nesta segunda-feira (10) com os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, a elaboração de uma agenda suprapartidária de interesse nacional. A ideia é que o Congresso Nacional contribua com o governo na busca de soluções que apontem para a retomada do crescimento e o aumento da segurança jurídica.
– Foi uma conversa na procura de uma agenda harmônica, que aponte em direção ao futuro. É uma colaboração do Congresso Nacional, com base na isenção e independência do Congresso. Quanto mais independente, mais o Congresso vai poder colaborar com uma saída para o país – disse Renan, na saída do encontro na residência oficial.

STJ: RETORNO DE 60% DOS SERVIDORES DO INSS

O Superior Tribunal de Justiça decidiu na noite desta segunda-feira que, até sexta-feira, pelo menos 60% dos servidores do INSS vão ter de comparecer ao trabalho. O pedido foi feito na semana passada, pelo governo federal. A decisão, em caráter liminar, determina que, se esse percentual não for respeitado, a Fenasps, federação que representa os servidores da Previdência Social, será multada no valor de 100 mil reais por dia. A previsão é de que a decisão do STJ seja publicada na quinta-feira e, só então, entre em vigor.
Logo após a decisão judicial, o Comando de Greve se reuniu para planejar o que fazer. Procurada pela reportagem, a Fenasps não se pronunciou. Nesta terça-feira, a greve do INSS completa 35 dias. A paralisação afeta serviços como perícia médica e concessão de benefícios.