quarta-feira, 12 de junho de 2013

CERVEJA EM GARRAFA DE ALUMINIO

A Brahma está lançando uma edição especial e limitada de garrafas em alumínio para celebrar os grandes eventos esportivos do país.
Inspirada na taça da Copa do Mundo, a nova embalagem, veja só, reforça o slogan da cervejaria “Imagina a festa”.

GOVERNO ANUNCIA LIBERAÇÃO DE UMA LINHA DE FINANCIAMENTO PARA AQUISIÇÃO DE MÓVEIS

O governo anuncia hoje (12) a liberação de uma linha de financiamento para a aquisição de móveis e eletrodomésticos aos beneficiários do Programa Minha Casa, Minha Vida. A presidenta Dilma Rousseff deve participar da cerimônia no Palácio do Planalto. De acordo com a agenda divulgada pelo Ministério da Fazenda, o secretário de Política Econômica, Márcio Holland, representará o ministro Guido Mantega.
No último dia 16, Mantega já tinha confirmado que o governo estudava a criação de mais um benefício para que os beneficiários do Programa Minha Casa, Minha Vida pudessem adquirir eletrodomésticos básicos, como fogão e geladeira. “Nós ainda estamos definindo como vão funcionar as modalidades [crédito]”, disse o ministro na ocasião. Mantega não deu mais detalhes sobre as medidas.

MINISTRO DA AGRICULTURA ANTÔNIO ANDRADE FALA EM SESSÃO SOLENE NA CHINA


O governo chinês aprovou a entrada no país de três variedades de soja brasileira geneticamente modificada, conforme informou nesta segunda, dia 10, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, que está em visita oficial à China. Ele participou neste domingo, em Beijing, do Foro China - America Latina e Caribe de Ministros da Agricultura.

A aprovação das variedades de soja Intacta RR2 PROCV127Liberty Link, que têm a propriedade de supressão de lagartasque causam muitos danos às lavouras de soja no Brasil, foi comunicada a Andrade pelo ministro da Agricultura da China, Han Changfu, durante encontro bilateral.

O ministro brasileiro, que fez o pedido da liberação, agradeceu a decisão das autoridades locais e aproveitou para esclarecer ao seu colega chinês que a agricultura tropical é mais sujeita ao ataque de pragas e ervas daninhas, e por essa razão é mais dependente da contínua introdução de novas tecnologias.

Antônio Andrade lembrou, ainda, que a aprovação torna-se ainda mais significativa em função da propagação da lagarta Helicoverpa armigera em vários Estados do Brasil. Conforme o ministro, as novas sementes aprovadas pelo governo chinês já tinham seu uso autorizado no Brasil e em outros mercados, mas os produtores de soja e as empresas detentoras da tecnologia estavam aguardando a aprovação chinesa, pelo fato de a China ser o principal mercado comprador da soja brasileira.

Em abril de 2013, o Brasil exportou 7,154 milhões de toneladas de soja em grãos, equivalente a US$ 3,797 bilhões. Deste total, 5,604 milhões de toneladas (US$ 2,966 bilhões) tiveram a China como destino.

– Essa decisão era ansiosamente aguardada pelos sojicultores brasileiros, visto que as empresas têm poucas semanas para embalar e distribuir o produto, a tempo do plantio da nova safra – destacou Andrade.

O ministro propôs ainda a Han Changfu o aumento da cooperação entre a Embrapa e a Academia de Ciências Agrárias da China no campo da biotecnologia e falou sobre as oportunidades de investimento para empresas chinesas nas novas fronteiras agrícolas do Brasil, principalmente em Mato Grosso e na região conhecida como Matopiba.

A região traz novas opções de escoamento da produção no sentido norte, por hidrovias e ferrovias, viabilizadas a partir da recente aprovação da Medida Provisória dos Portos. Esses temas serão novamente abordados por ocasião da visita do vice-ministro da Agricultura da China ao Brasil, nos dias 20, 21 e 22 deste mês.

No encontro de Ministros da Agricultura da China, America Latina e Caribe o ministro Antônio Andrade foi um dos convidados para falar na sessão solene de abertura, que foi presidida pelo vice-primeiro ministro da China, Wang Yang.

Ainda no Foro de Ministros, detalhou as prioridades brasileiras no comércio com a China, em que mencionou "a preocupação com a diversificação da pauta exportadora, a exportação de produtos de maior valor agregado e o equacionamento dos problemas de logística, um tema que interessa tanto aos produtores brasileiros como aos consumidores chineses".

DILMA GANHARIA NO PRIMEIRO TURNO

Se as eleições ocorressem hoje, a presidenta Dilma Rousseff teria 52,8% dos votos e venceria no primeiro turno, mostra pesquisa feita pelo Instituto MDA e divulgada hoje (11) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT).
Na disputa presidencial, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) aparece com 17% dos votos, seguido pela ex-ministra Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, com 12,5% e 3,7%, da preferência da população, respectivamente.
O estudo analisou ainda o grau de conhecimento da população sobre os possíveis candidatos. Do total de entrevistados, 99,5% conhecem ou já ouviram falar em Dilma Rousseff. Na sequência aparecem Marina Silva (75,6%), seguida por Aécio Neves (72,6%) e Eduardo Campos (45%).
Nos cenários comparativos da pesquisa, a atual presidenta ganharia em primeiro turno. No levantamento de voto estimulado – quando os pesquisadores apresentam os candidatos – Dilma ganharia com 54,2% dos votos contra 18% de Aécio Neves.
Em caso de segundo turno, Dilma também ficou à frente dos demais candidatos. Em uma disputa com Aécio Neves, a vitória seria de 58,8% contra 22,5%. Já com a candidata Marina Silva, a atual presidenta alcançou 59,7% da preferência ante 20,4% do oponente. Contra Eduardo Campos, os índices apontaram favoritismo de Dilma com 63,8% das intenções, contra 11,9%.
A pesquisa traz dados sobre a expectativa da população em relação ao governo e a temas conjunturais. Nesta edição do estudo, foram entrevistadas 2 mil pessoas, em 134 municípios de 20 estados, entre os dias 1º e 5 de junho.

VICE-GOVERNADOR DE OLHO NA SUCESSÃO DE ANASTASIA

Embora o PP faça parte da base da presidente Dilma Rousseff (PT) e esteja à frente do Ministério das Cidades, na maioria dos estados onde vai lançar nomes próprios aos governos estaduais em 2014 deverá acompanhar a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República. A informação é do vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP), que também é pré-candidato a governador. “O nosso partido já tem nove pré-candidatos a governador, dos quais sete deverão acompanhar o senador Aécio Neves para presidente”, disse ele, lembrando que em vários estados o PP já está aliado ao PSDB e deverá manter a aliança na eleição de 2014.

No mês que vem, Alberto Pinto Coelho vai iniciar uma série de viagens a diversos estados para consolidar a adesão de pré-candidatos a governador do PP à candidatura de Aécio à Presidência. “Foi formado um conselho de pré-candidatos a governador do nosso partido e fui escolhido como presidente desse conselho. Nessa condição, vou visitar os companheiros que são pré-candidatos em outros estados para que eles possam abraçar o nome do Aécio”, disse o vice-governador. A primeira viagem será ao Amazonas, onde a deputada federal Rebecca Garcia (PP), que é secretária de Governo, será candidata e é disputada também pelo PT, que a deseja no palanque local de Dilma Rousseff. 

CONTAGEM-MG: PREFEITO PODE SER CASSADO

O prefeito de Contagem, Carlin Moura (PCdoB) pode ter o mandato cassado, amanhã, pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). O comunista, eleito em outubro, teve as contas de campanha rejeitadas pela Justiça Eleitoral do município em dezembro.

Ontem, a Corte iniciou o julgou do recurso de Carlin. Três magistrados mantiveram a desaprovação e três a aprovaram a prestação contábil com ressalvas. O presidente do TRE, desembargador Antônio Carlos Cruvinel, que daria o voto de Minerva, pediu vistas do processo. O caso será retomado na sessão de amanhã.
As contas do comunista foram desaprovadas por apresentarem discrepâncias entre os valores divulgados como arrecadados e os extratos apresentados. Segundo a prestação final de contas, a campanha declarou receita de R$ 4.744.164,70, mas os extratos apresentados apontaram uma diferença de R$ 299.999,99. Também não constaram no relatório final os depósitos que foram declarados no demonstrativo de receitas.

OPOSIÇÃO ANIMADA COM A QUEDA DE DILMA

A queda na avaliação da presidente Dilma Rousseff detectada em pesquisas de opinião faz os potenciais candidatos de oposição ao governo considerarem mais certa a hipótese de segundo turno na disputa eleitoral de 2014.
As avaliações dos presidentes nacionais do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e do PSB, governador Eduardo Campos (PE), feitas a interlocutores são de que o risco de aumento de inflação, exibido nos programas de TV dos dois partidos, teve forte influência nos números do Datafolha, publicado no domingo (9), e na CNT/MDA, divulgada na terça-feira (11). Nos dois levantamentos Dilma tem mais de 50% dos votos, mas os potenciais candidatos acreditam que, com a campanha na TV em 2014, esse índice tende a cair.
Campos lembrou a auxiliares que, em 2010, mesmo com o PIB subindo aproximadamente 7%, a popularidade do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas alturas e tendo uma ampla coligação, Dilma teve no primeiro turno 46,91% dos votos, contra 32,61% de José Serra (PSDB) e 19,33% de Marina - na época, no PV.

BOLSA FAMÍLIA NA OPINIÃO DA SOCIÓLOGA WALQUIRIA LEÃO

ENTREVISTA: FOLHA DE SÃO PAULO

Folha - Como explicar o pânico recente no Bolsa Família? Qual o impacto do programa nas regiões onde a sra. pesquisou?
Walquiria Leão Rego - Enorme. Basta ver que um boato fez correr um milhão de pessoas. Isso se espalha pelos radialistas de interior. Elas [as pessoas] são muito frágeis. Certamente entraram em absoluto desespero. Poderia ter gerado coisas até mais violentas. Foi de uma crueldade desmesurada. Foi espalhado o pânico entre pessoas que não têm defesa. Uma coisa foi a medida administrativa da CEF (Caixa Econômica Federal). Outra coisa é o que a policia tem que descobrir: onde começou o boato. Fiquei estupefata. Quem fez isso não tem nem compaixão. Nossa elite é muito cruel. Não estou dizendo que foi a elite, porque seria uma leviandade.

Como assim?
Tem uma crueldade no modo como as pessoas falam dos pobres. Daí aparecem os adolescentes que esfaqueiam mendigos e queimam índios. Há uma crueldade social, uma sociedade com desigualdades tão profundas e tão antigas. Não se olha o outro como um concidadão, mas como se fosse uma espécie de sub-humanidade. Certamente essa crueldade vem da escravidão. Nenhum país tem mais de três séculos de escravidão impunemente.

Qual o impacto do Bolsa Família nas relações familiares?
Ocorreram transformações nelas mesmas. De repente se ganha uma certa dignidade na vida, algo que nunca se teve, que é a regularidade de uma renda. Se ganha uma segurança maior e respeitabilidade. Houve também um impacto econômico e comercial muito grande. Elas são boas pagadoras e aprenderam a gerir o dinheiro após dez anos de experiência. Não acho que resolveu o problema. Mas é o início de uma democratização real, da democratização da democracia brasileira. É inaceitável uma pessoa se considerar um democrata e achar que não tenha nada a ver com um concidadão que esteja ali caído na rua. Essa é uma questão pública da maior importância.

O Bolsa Família deveria entrar na Constituição?
A constitucionalização do Bolsa Família precisava ser feita urgentemente. E a renda tem que ser maior. Esse é um programa barato, 0,5% do PIB. Acho, também, que as pessoas têm direito à renda básica. Tem que ser uma política de Estado, que nenhum governo possa dizer que não tem mais recurso. Mas qualquer política distributiva mexe com interesses poderosos.

A sra. poderia explicar melhor?
Isso é histórico. A elite brasileira acha que o Estado é para ela, que não pode ter esse negócio de dar dinheiro para pobre. Além de o Bolsa Família entrar na Constituição, é preciso ter outras políticas complementares, políticas culturais específicas. É preciso ter uma escola pensada para aquela população. É preciso ter outra televisão, pois essa é a pior possível, não ajuda a desfazer preconceitos. É preciso organizar um conjunto de políticas articuladas para formar cidadãos.

A sra. quer dizer que a ascensão é só de consumidores?
As pessoas quando saem desse nível de pobreza não se transformam só em consumidores. A gente se engana. Uma pesquisadora sobre o programa Luz para Todos, no Vale do Jequitinhonha, perguntou para um senhor o que mais o tinha impactado com a chegada da luz. A pesquisadora, com seu preconceito de classe média, já estava pronta para escrever: fui comprar uma televisão. Mas o senhor disse: 'A coisa que mais me impactou foi ver pela primeira vez o rosto dos meus filhos dormindo; eu nunca tinha visto'. Essa delicadeza... a gente se surpreende muito.

O que a surpreendeu na sua pesquisa?
Quando vi a alegria que sentiam de poder partilhar uma comida que era deles, que não tinha sido pedida. Não tinham passado pela humilhação de pedi-la; foram lá e compraram. Crianças que comeram macarrão com salsicha pela primeira vez. É muito preconceituoso dizer que só querem consumir. A distância entre nós é tão grande que a gente não pode imaginar. A carência lá é tão absurda. Aprendi que pode ser uma grande experiência tomar água gelada.

Li que a sra. teria apurado que o Bolsa Família, ao tornar as mulheres mais independentes, estava provocando separações, uma revolução feminina. Mas não encontrei isso no livro. O que é fato?
É só conhecer um pouco o país para saber que não poderia haver entre essas mulheres uma revolução feminista. É difícil para elas mudar as relações conjugais. Elas são mais autônomas com a Bolsa? São. Elas nunca tiveram dinheiro e passaram a ter, são titulares do cartão, têm a senha. Elas têm uma moralidade muito forte: compram primeiro a comida para as crianças. Depois, se sobrar, compram colchão, televisão. É ainda muito difícil falar da vida pessoal. Uma ou outra me disse que tinha vontade de se separar. Há o problema de alcoolismo. Esses processos no Brasil são muito longos. Em São Paulo é comum a separação; no sertão é incomum. A família em muitos lugares é ampliada, com sogra, mãe, cunhado vivendo muito próximos. Essa realidade não se desfaz.

Mas há indícios de mudança?
Indícios, sim. Certamente elas estão falando mais nesse assunto. Em 2006, não queriam falar de sentimentos privados. Em 2011, num povoado no sertão de Alagoas, me disseram que tinha havido cinco casos de separação. Perguntei as razões. Uma me disse: 'Aquela se apaixonou pelo marido da vizinha'. Perguntei para outra. Ela disse: 'Pensando bem, acho que a bolsa nos dá mais coragem'. Disso daí deduzir que há um movimento feminista, meu deus do céu, é quase cruel. Não sei se dá para fazer essa relação tão automática do Bolsa com a transformação delas em mulheres mais independentes. Certamente são mais independentes, como qualquer pessoa que não tinha nada e passa a ter uma renda. Um homem também. Mas há censuras internas, tem a religião. As coisas são muito mais espessas do que a gente imagina.

O machismo é muito forte?
Sim. E também dentro delas. Se o machismo é muito percebido em São Paulo, imagina quando no chamado Brasil profundo. Lá, os padrões familiares são muito rígidos. É comum se ouvir que a mulher saiu da escola porque o pai disse que ela não precisava aprender. Elas se casam muito cedo. Agora, como prevê a sociologia do dinheiro, elas estão muito contentes pela regularidade, pela estabilidade, pelo fato de poderem planejar minimamente a vida. Mas eu não avançaria numa hipótese de revolução sexual.

O Bolsa Família mexeu com o coronelismo?
Sim, enfraqueceu o coronelismo. O dinheiro vem no nome dela, com uma senha dela e é ela que vai ao banco; não tem que pedir para ninguém. É muito diferente se o governo entregasse o dinheiro ao prefeito. Num programa que envolve 54 milhões de pessoas, alguma coisa de vez em quando [acontece]. Mas a fraude é quase zero. O cadastro único é muito bem feito. Foi uma ação de Estado que enfraqueceu o coronelismo. Elas aprenderam a usar o 0800 e vão para o telefone público ligar para reclamar. Essa ideia de que é uma massa passiva de imbecis que não reagem é preconceito puro.

E a questão eleitoral?
O coronel perdeu peso porque ela adquiriu uma liberdade que não tinha. Não precisa ir ao prefeito. Pode pedir uma rua melhor, mas não comida, que era por ai que o coronelismo funcionava. Há resíduos culturais. Ela pode votar no prefeito da família tal, mas para presidente da República, não.

Esses votos são do Lula?
São. Até 2011, quando terminei a pesquisa, eram. Quando me perguntam por que Lula tem essa força, respondo: nunca paramos para estudar o peso da fala testemunhal. Todos sabem que ele passou fome, que é um homem do povo e que sabe o que é pobreza. A figura dele é muito forte. O lado ruim é que seja muito personalizado. Mas, também, existe uma identidade partidária, uma capilaridade do PT.