Além de Romero Jucá, o ex-presidente da Transpetro, Sérgio
Machado, também gravou conversas com o presidente do Senado, Renan
Calheiros, e o ex-presidente da República José Sarney; segundo o
colunista Lauro Jardim, do Globo, os registros foram feitos em conversas
privadas que Machado teve com cada um dos dois, separadamente; "Quem
teve acesso aos áudios diz que o que foi revelado hoje em relação a Jucá
'não é nada' comparado ao que Renan e Sarney disseram", diz Jardim; em
acordo de delação premiada fechado com a PGR, Sérgio Machado teria
comprometido outros dois senadores, Jáder Barbalho e Edison Lobão.
“Pessoas inteligentes falam sobre idéias; pessoas comuns falam sobre coisas; pessoas mesquinhas falam sobre pessoas”
terça-feira, 24 de maio de 2016
JORNAL BRITÂNICO FALA DE TRAMA MAQUIAVÉLICA CONTRA DILMA
O jornal britânico The Guardian afirmou que a queda do
ministro Romero Jucá e a revelação de uma “trama maquiavélica” para
derrubar o governo Dilma Rousseff abalaram a credibilidade do governo de
Michel Temer.
“A credibilidade do governo interino foi abalada na segunda-feira
quando um ministro foi forçado a se afastar em meio a revelações sobre a
trama maquiávelica para levar ao impeachment da presidente Dilma
Rousseff”.
O ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), se afastou na segunda-feira após a Folha de S.Paulo divulgar áudios em que ele diz que a mudança de governo poderia “estancar a sangria” da Lava Jato.
O Guardian diz que “as motivações dúbias e natureza
maquiavélica da trama para retirar Dilma Rousseff do poder ficam
aparentes na transcrição da conversa”.
Afirma ainda que este não deve ser o “último golpe” contra Michel
Temer, já que seu gabinete inclui “sete ministros implicados na Lava
Jato.”
A publicação afirma ainda que o governo interino, até o momento,
mostrou “poucos sinais de reduzir a tensão e restaurar a credibilidade”
no país.
O PRÓXIMO PODE SER HENRIQUE ALVES
Na avaliação de aliados de Michel Temer, o ministro do
Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) é o próximo alvo de uma
exposição que pode terminar com sua demissão do governo; no início de
maio deste ano, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a
inclusão do nome de Henrique Alves no maior inquérito da Lava Jato por
evidências em trocas de mensagens com executivas da OAS; a força-tarefa
investiga indícios de atuação casada com o presidente afastado da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na arrecadação de recursos para
campanhas eleitorais.
AS REFORMAS DO TEMER
Um dia depois de perder seu ministro do Planejamento, que revelou a
conspiração por trás do afastamento da presidente Dilma Rousseff, o
presidente interino Michel Temer anunciou uma série de medidas para
conter os gastos públicos e tentar equilibrar as contas do governo;
entre elas estão a extinção do Fundo Soberano, criado há oito anos e com
caixa de R$ 2 bilhões; "É uma coisa paralisada [recursos do fundo
soberano]. Vamos trazer esses R$ 2 bilhões para cobrir o endividamento
do país", disse Temer; ao anunciar seu apoio à abertura do pré-sal, ele
afirmou que sofrerá críticas e disse estar pronto para ser presidente,
porque já foi secretário de Segurança Pública de São Paulo, onde soube
"lidar com bandidos.
TIRO NO PRÓPRIO PÉ
Fico pensando como tem gente insistindo em atirar no próprio pé quando o assunto é crise. Tem dono de loja, supermercado, padaria, que abre as portas para a imprensa falar da crise. Sem falar em pessoas da própria mídia que insiste em criar o clima negativo. Pior não perceber que este discurso também podem tirá-los do emprego?
MONTES CLAROS: PRÉ-CANDIDATOS A PREFEITO
Jairo Athayde (DEM), Humberto Souto (PPS) e Osmani Barbosa Neto (PMDB). São nomes que circulam nos bastidores diante da situação que vive o Ruy Muniz. Outros nomes também estão sendo inseridos no contexto. Resta saber quem sobreviverá politicamente até lá.
SECRETARIA DA SEDINOR É UMA INCÓGNITA
Gustavo Xavier foi nomeado para o cargo de secretário de Estado Adjunto de Desenvolvimento e Integração do Norte de Minas e Nordeste de Minas (Sedinor). A secretaria ainda é uma incógnita depois do afastamento do deputado Paulo Guedes (PT).
STF E O IMPEACHMENT DO TEMER
Há duas semanas, quando o então ministro José Eduardo Cardozo
pediu que o Supremo Tribunal Federal anulasse o impeachment, alegando
que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) agiu com desvio de finalidade, o ministro
Teori Zavascki negou a liminar, alegando que seria impossível provar as
intenções do então presidente da Câmara; agora, no entanto, a questão é
objetiva – e não mais subjetiva; Romero Jucá confessou que a motivação
do impeachment era trocar o governo para deter a Lava Jato e salvar uma
elite política corrupta, num acordo que envolveria integrantes do
próprio STF; depois da bomba atômica desta segunda-feira, que provocou a
demissão do próprio Jucá, só há uma saída: anular um impeachment com
desvio de finalidade comprovado.
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