Detentor dos destinos daqueles que o acompanham na jornada rumo à
presidência de República, Aécio Neves não tem poupado seus companheiros
em detrimento de alianças para viabilizar suas pretensões eleitorais de
2014.
Diversos companheiros de partidos ou mesmo de outras legendas que vem
a mais de uma década participando da base aliada de Aécio Neves, foram
alijados do processo ou tiveram suas pretensões políticas sacrificadas,
para celebração de um acordo entre os tucanos de alta plumagem, para o
retorno político de Pimenta da Veiga.
Após este acordo em Minas Gerais, em volta de Aécio, formou-se um
exército de políticos zumbis, que embora já sem vida permaneçem
orbitando em torno do Poder, como a figura folclórica do “morto vivo”.
Evidente que esta sobrevida tem prazo de validade, que encerra nas
eleições de 2014.
A cada dia estes Zumbis políticos vêem diminuindo a possibilidade
do cumprimento das promessas futuras oferecidas em função de seus
sacrifícios, uma vez que, além da candidatura de Aécio a presidência da
República não decolar, o espaço em Minas Gerais vem diminuindo apontando
para uma estrondosa derrota eleitoral.
Na lista entre outros, Alberto Pinto Coelho, Narcio Rodrigues,
Diniz Pinheiro, Marcos Pestana, este último o único a perceber a
fragilidade do atual momento político, que da noite para o dia poderá
ganhar novos contornos, com a possível desistência de Aécio em
candidatar-se a presidência e conseqüente retirada de apoio a Pimenta da
Veiga, desmontando as atuais alianças entre deputados federais e
estaduais na divisão de suas bases.
Rompido publicamente com Aécio, desde a campanha de Serra a
presidência quando foi seu coordenador, Pimenta da Veiga encontra-se
refém da conflituosa e inconciliável relação entre Aécio e José Serra
desta forma igualmente sem qualquer força sobre seu destino político.
Para não fugir a tradição aproveitando-se da situação Danilo de
Castro vem praticando diversos acertos de contas pessoais, com Marcos
Pestana e Dinis Pinheiro, utilizando-se da influência de sua pasta que
“administra”, a verba de publicidade distribuída para a imprensa. Até
agora os participantes do teatro político montado no intuito de
viabilizar a candidatura de Aécio a presidência permanecem cumprindo
seus papéis.
A pergunta é até quando? Pois se no quadro atual onde se tem o que
prometer e dividir está difícil de administrar, levando a morte diversas
carreiras políticas, é inimaginável o que ocorrerá caso à candidatura
de Aécio Neves a presidência não se concretize e confirmem-se as
pesquisas até agora divulgadas com a eminente derrota de seu grupo
político ao governo de Minas.
Apenas para não desprezar uma hipótese, pois em política tudo é
possível, caso ocorra a vitória de Pimenta da Veiga, Aécio sabe da
expressiva superioridade, consistência e experiência política do mesmo e
caso não consiga ocupar o Palácio do Planalto e Pimenta ocupe o Governo
de Minas será o término de sua liderança e grupo político no Estado.
O histórico dos últimos 10 anos comprova que neste período Aécio
Neves não permitiu o crescimento de qualquer liderança que lhe fizesse
sombra. Agora é esperar para ver.
fonte:novojornal