quinta-feira, 24 de abril de 2014

INDECISOS

O cientista político Ricardo Guedes (Sensus) prefere tratar os indecisos (das pesquisas) como oscilantes. Segundo ele, estes eleitores não têm uma posição fechada sobre quem votar mas não podem ser tratados como apolíticos ou alienados.

AÉCIO JÁ TEM UM VICE

O anúncio oficial deve ocorrer na convenção nacional do PSDB, dia 14 de junho em São Paulo. Mas o candidato tucano ao Planalto, Aécio Neves, já tem seu vice: o senador Aloysio Nunes Ferreira. Os tucanos concluíram que ele é quem melhor simboliza a aliança política entre São Paulo e Minas. Em 2010, ele fez 11 milhões de votos (30%) para o Senado.

COMISSÃO APROVA AUMENTO NO FPM

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta em 2% o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados.

ELEIÇÃO EM MINAS: O ENCONTRO QUE SACRAMENTOU OS NOMES DE ANTÔNIO ANDRADE COMO PRÉ-CANDIDATO A VICE-GOVERNADOR E JOSUÉ COMO PRÉ-CANDIDATO AO SENADO

pmdb
CÚPULA - dirigentes, em reunião com Josué Gomes, chegam a um consenso


O PMDB de Minas pode finalmente ter chegado na última terça-feira (22) a uma definição eleitoral. A posição do presidente do partido em Minas, deputado federal Antonio Andrade, prevaleceu e o PMDB vai caminhar com o PT nas eleições estaduais deste ano. O nome de Andrade foi confirmado para vice de Fernando Pimentel e o de Josué Gomes, filho de José Alencar, para concorrer ao Senado.

As bancadas estadual e federal se reuniram com Josué e Andrade para bater o martelo. Na próxima segunda-feira a executiva faz uma reunião para definir a participação dos pré-candidatos nas caravanas do PT pelo interior do estado.

“Todos os deputados estaduais e federais afirmaram que vão fazer uma composição com o PT. Vai ser uma composição de oposições. Com essa composição vamos ganhar as eleições. Vamos manter o que está em nível nacional”, declarou Andrade.

A coligação PT e PMDB agradou o ex-presidente Lula, segundo confirmou Josué. “Lula defende a aliança PT e PMDB e os dois partidos estão unidos. Recebi com honra essa incumbência (candidatura ao Senado)”, declarou Josué.

Andrade comparou a candidatura de Josué com a de seu pai, José Alencar, que tinha 2% das intenções de voto e foi eleito senador em 1999. “Só se fala em um candidato que dizem ter 60%. Então 40% rejeitam essa candidatura”, afirmou Andrade fazendo referência a pré-candidatura de Antonio Anastasia (PSDB) ao Senado.

Maioria

De acordo com Antonio Andrade, nove dos 13 membros da executiva estavam presentes no encontro. Apesar da maioria afirmar o apoio à coligação, ainda existe uma ala do PMDB que defende a candidatura própria, sob liderança do deputado Leonardo Quintão e do senador Clésio Andrade.

Andrade disse que a ala não vai prejudicar a aliança com o PT, pois seus aliados possuem a maioria dos delegados que votam na convenção. De 10 a 30 de junho os partidos realizam convenções para oficializar seus candidatos.

Ainda de acordo com ele, Quintão não faz parte da Executiva. “O partido estava todo presente (na reunião). Em um partido grande como o PMDB existem dissidências, mas isso não atrapalha os rumos do partido”, declarou Andrade.

PMDB BH

O presidente do PMDB aproveitou para negar uma denúncia feita por Quintão de que ele iria interferir nos diretórios em Minas. Quanto ao PMDB de Belo Horizonte, presidido por Quintão, Andrade disse que existe um pedido de intervenção. “Foi feito por filiados do PMDB de Belo Horizonte. A executiva vai acatar, nomear um relator e vai ser dada a oportunidade de defesa”, afirmou Andrade. O dirigente não quis comentar a declaração de Quintão de que vai acionar a Justiça. “Vamos falar de coisa séria. É direito dele entrar na Justiça”.

ELEIÇÃO EMI MINAS: OS BASTIDORES DA DESISTÊNCIA DE CLÉSIO ANDRADE E A LIDERANÇA DE ANTÔNIO ANDRADE

Ao perceber que o quadro mudou desfavoravelmente e que ficou sem apoio no PMDB, o senador Clésio Andrade jogou a toalha e decidiu não ser mais pré-candidato a governador. A constatação foi feita ontem, durante reunião com dois aliados, os deputados federais Saraiva Felipe e Leonardo Quintão, quando avaliaram os resultados do encontro da véspera, que reuniu, em Belo Horizonte, a maioria das bancadas federal e estadual e da executiva estadual do PMDB.
 
Clésio e os aliados ficaram surpresos com a mudança de posição de deputados federais, como Newton Cardoso e João Magalhães, e de estaduais, como Tadeu Leite, Vanderlei Miranda e Tony Carlos (acompanhado do prefeito de Uberaba, Paulo Piau). Juntos, federais e estaduais presentes formavam também a maioria da executiva (oito dos 13). Com a proposta de aliança com tucanos rejeitada e a tese da candidatura própria enfraquecida, a executiva do PMDB fica, agora, com o caminho livre para, a partir da próxima semana, reunir-se com o pré-candidato a governador pelo PT, Fernando Pimentel, e consumar o fato político que faltava na sucessão.
 
Como demorou a reavaliar sua posição, Clésio perdeu também a chance de ser candidato a vice ou à reeleição ao Senado, postos já ocupados, respectivamente, por Antônio Andrade, presidente estadual do PMDB, e pelo empresário Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente José Alencar. Nessa reunião, Saraiva, que, na véspera, teria dito que apoiaria a decisão das bancadas, foi incumbido de comunicar o resultado a Clésio. A próxima etapa será o convencimento a Leonardo Quintão, o mais resistente entre eles.
 
Quintão recebeu um recado mais duro. O presidente do partido o avisou que, se levasse a disputa à convenção, ele perderia a legenda para disputar a reeleição, o que, em outras palavras, significa perder o cargo de deputado. Conciliador, Antônio Andrade recuou em sua decisão de intervir no diretório da capital que Quintão dirige, mas poderá, a partir de segunda-feira, iniciar o processo de dissolução.
 
Com tamanha disposição, a tendência é o comando promover convenção apenas homologatória da decisão da executiva. A maioria dos deputados federais e estaduais resolveu aderir à coligação com o PT por conta da sobrevivência política. Aliados ao PT, as chances de reeleição deles e até de ampliação da bancada são boas; sem a dobradinha, ou com candidatura própria, o risco era grande. Além disso, há a perspectiva de integrar o futuro governo estadual, caso Pimentel vença. Na avaliação geral, a pré-candidatura própria, de Clésio, não decolou nem iria por falta de planejamento e de alianças partidárias.
 
Não passaram despercebidas ainda a clareza e desenvoltura do empresário Josué Gomes no trato político. No encontro, ele descartou sua candidatura a governador (“não estou preparado”) e exibiu determinação em disputar o Senado, mesmo sabendo que enfrentará o favorito Antonio Anastasia (ex-governador).
 
fonte:Orion Teixeira

ELEIÇÃO EM MINAS: CLÉSIO ANDADE DESISTE DA CANDIDATURA AO GOVERNO DE MINAS

O senador Clésio Andrade (PMDB) desistiu de seguir com sua pré-candidatura ao governo de Minas Gerais e aceitou a vontade da maioria da Executiva estadual do partido de apoiar o PT na eleição e também de lançar Josué Gomes ao Senado.

WILL NUNES:

A retirada de Clésio Andrade da disputa pelo governo, ontem, foi a ratificada de um projeto que já vinha se arrastando há mais de 15 dias, inviabilizado por outra candidatura mais forte no PMDB: a do ex-ministro, deputado federal, Antônio Andrade, presidente da sigla, a vice de Fernando Pimentel. Clésio sucumbiu ao rolo compressor de Andrade, que ameaçou intervir em diretórios e depois fechou um grande acordo com os deputados para apoio ao PT.