sexta-feira, 15 de maio de 2015

UBERABA: EXPOZEBU - 46 MILHÕES MOVIMENTADOS EM LEILÕES DE ANIMAIS

Expozebu movimenta milhões em leilões e mostra tendências do agronegócio
NEGÓCIO FECHADO – Leilões da maior feira de zebuínos do país reuniram mais de 1.400 animais
Uberaba – Pelo menos R$ 46 milhões foram movimentados em leilões de animais durante a 81ª edição da ExpoZebu, que terminou no último domingo. Nos oito dias de evento, 1.481 animais foram disputados na maior feira de zebuínos do país, realizada anualmente em Uberaba, no Triângulo Mineiro.
O destaque deste ano foi a fêmea da raça nelore “Predileta da Santarém”, cuja metade da posse foi comercializada por R$ 1,1 milhão. As vendas nos quatro shoppings ainda estão em apuração.
O valor total fechado nos leilões é semelhante ao computado no ano passado. O valor médio por animal, no entanto, foi maior em 2015. Nos 34 certames, o valor médio foi de R$ 31.532,42, alta de 3% na comparação com 2014.
Cento e vinte empresas se instalaram na feira. As principais negociações envolveram compra de material genético e animais de diversas raças, além de produtos do setor.
Paralelamente à venda e apresentação de animais, foi realizada a Expozebu Dinâmica, uma feira de máquinas, implementos agrícolas, veículos e tecnologia do campo.

RESPOSTA AO SENADOR AÉCIO NEVES

Elvino Bohn Gass
Aceitamos o debate do articulista Aécio
por Elvino Bohn Gass
O  candidato do PSDB derrotado na última eleição presidencial, senador Aécio Neves (MG), ocupa seu generoso espaço semanal na Folha de S. Paulo para dizer que a dificuldade econômica do Brasil é culpa do “populismo” petista. Pois bem, senhor senador articulista, aceitamos o debate. Mas, por favor, responda-nos: foi para não ser chamado de populista que o governo tucano ignorou políticas públicas que melhorariam a vida do povo? Saiba que, garantir que o filho do pedreiro se torne um médico, por exemplo, para nós não tem nada a ver com populismo, trata-se de simples reconhecimento de um direito. Se, para o senhor, retirar 30 milhões da pobreza, construir 5 milhões de casas próprias e aumentar 400%  as verbas para a agricultura familiar é populismo, lamentamos informar, senhor senador, mas pouco nos importa o seu equívoco conceitual.
Os exemplos que o senhor usa para sustentar sua tese carecem de verossimilhança. Note, o senhor menciona a queda do salário real nos governos do PT. Mas como, senador, se no governo do seu partido o salário mínimo era de R$ 200 reais e no nosso é R$ 788? E o seu temor pelo fato de que o desemprego estaria “encostando” nos 8%, que coisa é essa? A mesma Folha em que o senhor escreve, em 31 de janeiro de 1999 manchetou: “Desemprego cresce 38% no governo FHC”. Mentiu a Folha ou o senhor, de novo, escolheu mal o argumento? Também foi nesta Folha que se leu, em 10 de maio de 2010: “Brasil gera 305 mil vagas formais em abril, recorde para o mês”. Esses recordes, senhor senador, se sucederam até os 4,9%, menor índice de desemprego de nossa história.  Isso, em plena crise financeira mundial!
O senhor se diz preocupado com a inflação, que estaria, conforme seu artigo, “superando 8%”. Pode imaginar, então, o enorme esforço que nosso governo fez para reduzir o índice de 12,5% que os senhores deixaram como herança maldita para Lula. Mas fique tranquilo, nos nossos governos a inflação esteve sempre sob controle e jamais voltou aos dois dígitos. Foi assim também com as reservas internacionais. Os senhores nos deixaram US$ 34 bilhões e hoje nós temos US$ 370 bilhões. Não, não estamos mais pobres como o senhor afirma.
Então, se são estes os “índices” que lhe fazem afirmar que o país está se “deteriorando”, imaginamos o que o senhor diria para definir o período em que seu partido governou o Brasil. “Com FHC, o país virou chorume” lhe parece uma boa sentença?
E o senhor viu falar de arrocho? Logo, um tucano cujo partido acaba de votar inteiro no projeto da terceirização? Se a tese sustentada pelo PSDB prosperar, os salários vão se reduzir, o poder de compra diminuirá, a demanda da indústria, do comércio e dos serviços será menor e a economia vai enfraquecer. Enfraquecer tanto que talvez, daqui há alguns anos, o senhor possa escrever o mesmo artigo. Só que então, lamentavelmente, ele fará sentido. Mas, no que depender de nós, isso nunca acontecerá.
Elvino Bohn Gass é deputado federal (PT-RS)

STF: DECISÃO SOBRE DESTINO DE 59 MIL SERVIDORES EM MINAS, FOI ADIADA NOVAMENTE

A decisão sobre o destino de 59 mil designados da educação mineira, efetivados sem concurso público pela Lei Complementar 100/07, foi mais uma vez adiada. Os embargos de declaração estavam na pauta de ontem do Supremo Tribunal Federal, mas os ministros usaram a sessão para julgar outros dois recursos e encerraram sem concluir a lista. Com isso, segundo a assessoria do órgão, o julgamento da ação mineira deve ficar para quarta ou quinta-feira da semana que vem.

O recurso do governo pede para adiar a demissão dos efetivados, que deveria ter ocorrido em 1º de abril, para 9 de dezembro. A alegação é que a saída imediata do grupo geraria um colapso na educação, pois não houve tempo suficiente para realizar os concursos que irão prover as vagas. A resposta do Judiciário deveria ter saído em 26 de março, mas o julgamento também foi adiado naquele dia por um pedido de vista da ministra Cármen Lúcia.

MINAS GERAIS: ACORDO HISTÓRICO ENTRE O GOVERNO DE MINAS E OS PROFESSORES

Fernando Pimentel assina acordo com professores mineiros
Fernando Pimentel assina acordo que prevê ajuste salarial aos professores mineiros
O Governo de Minas Gerais e os trabalhadores da Educação assinaram nesta sexta-feira (15) um acordo histórico que possibilita o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional para os professores, a extinção do regime de subsídio e o descongelamento das carreiras, com isonomia de tratamento para todas as carreiras da Educação e entre servidores ativos e aposentados. O acordo será encaminhado sob a forma de projeto de lei à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em regime de urgência.

"Queremos garantir que os professores tratados com dignidade, remunerados adequadamente, possam assegurar às nossas crianças ensino de qualidade, sem greves e paralisações", afirmou o governador Fernando Pimentel (PT), em entrevista coletiva no Palácio da Liberdade. "É uma conquista dos mineiros, ao contrário de outros Estados, onde assistimos espetáculos lamentáveis de agressão aos professores. Em Minas, praticamos o diálogo", emendou Pimentel, fazendo referência ao conflito entre a Polícia Militar e professores estaduais do Paraná, ocorrido em Curitiba no mês de abril.

Ficou acordado que será concedido reajuste de 31,78% na carreira do Professor de Educação Básica, a ser pago até agosto de 2017. Além de ser assegurado também o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional para uma carga horária de 24 horas semanais. "Vamos pagar o piso independente do déficit", garantiu o governador. "O déficit vamos equilibrar cortando custeio, eventuais discrepâncias e erros que existem na folha de pagamento", explicou.

Como o reajuste será incorporado?

O reajuste será implementado em três parcelas que serão incorporadas ao salário. A primeira delas, de R$ 190,00, corresponde a um aumento de 13,06% para o Professor de Educação Básica, e será paga mensalmente a partir de junho de 2015.

A segunda parcela, no valor de R$ 135,00, representa um aumento de 8,21% para o professor e será paga mensalmente a partir de agosto de 2016. As duas parcelas iniciais serão incorporadas à tabela de vencimento em junho de 2017.

A terceira parcela, no valor de R$ 137,48, corresponde a um aumento de 7,72% para o professor e será paga mensalmente a partir de agosto de 2017, com incorporação à tabela de vencimento em julho de 2018.

O acordo ainda garante a atualização do Piso Salarial Estadual nos mesmos índices de correção do Piso Salarial Profissional Nacional em janeiro de 2016, 2017 e 2018 para o Professor Especialista em Educação e Analista Educacional na função de Inspetor Escolar.

Outras carreiras

As demais carreiras do Grupo de Atividades de Educação Básica (Auxiliar de Serviços de Educação Básica, Assistente de Educação, Analista de Educação Básica, Assistente Técnico Educacional, Assistente Técnico de Educação Básica e Analista Educacional) também terão os mesmos reajustes concedidos ao professor, na mesma proporção percentual e nos mesmos períodos. Os aposentados nas carreiras da Educação Básica também terão os mesmos aumentos previstos para os servidores em atividade e nas mesmas datas.

As carreiras dos servidores da Educação serão descongeladas, com a antecipação para setembro desse ano das promoções previstas atualmente para 2016. Assim, as promoções subsequentes também serão adiantadas e serão concedidas a partir de janeiro do próximo ano.

Alimentação escolar

A garantia de acesso à alimentação escolar também está garantido no acordo e inclui todos os trabalhadores nas escolas, além do fim do passivo de aposentadoria ainda nesse governo, anistia dos períodos de greve de 2011 a 2014 e a realização de eleições para direção de escola até dezembro de 2015.

Com o objetivo de alterar radicalmente a situação atual, em que mais de 2/3 dos servidores da Educação são trabalhadores temporários, o Governo prometeu ainda a nomeação de 15 mil servidores por ano, até o fim da gestão.

Diretores

Os diretores de escola também são contemplados no acordo. Eles terão reajuste de 10,25% na tabela remuneratória, além de aumento de 30% para 50% da parcela da remuneração do cargo de Diretor de Escola que pode ser percebida cumulativamente com a remuneração do(s) cargo(s) efetivo(s).
* Com informações de Thiago Ricci