Hoje em Dia
Centrais sindicais definem apoios nas eleições para o governo
Articulação: Beatriz Cerqueira (CUT, Ademir Camilo (UGT) e Luiz Carlos Miranda (Força)





Principais centrais sindicais de Minas já definiram suas posições na sucessão estadual. Fernando Pimentel (PT) contará com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da União Geral dos Trabalhadores (UGT). Do outro lado, Pimenta da Veiga (PSDB) terá ao seu lado a Força Sindical.

A CUT possui 300 sindicatos associados, o que representa aproximadamente 3 milhões de trabalhadores. De acordo com a presidente da entidade, Beatriz Cerqueira, a central está alinhada com o PT. Ela lembra que o pré-candidato Fernando Pimentel já assinou a carta de compromissos da organização, com os pontos que consideram prioritários num programa de governo.

“Não é possível pensar num apoio da CUT ao governo do PSDB. Sabemos o que eles fizeram em Minas, com a criminalização dos movimentos sociais, não aprovaram o piso salarial regional, não reconhecem e não respeitam as organizações sindicais do estado, não investem o mínimo constitucional em saúde e educação. Seria uma incoerência enorme qualquer grupo social que defende os trabalhadores apoiar esse tipo de projeto”, diz Beatriz.

Representando cerca de 1 milhão de trabalhadores, por meio de 149 sindicatos, a UGT também está alinhada com o petista. Segundo o presidente da central em Minas, o deputado federal Ademir Camilo (PROS), Fernando Pimentel se comprometeu, em reunião com os dirigentes sindicais, a implantar o piso estadual diferenciado. “Ele afirmou que isso será implantado nos três primeiros meses de mandato, caso ele seja eleito”, conta Camilo.

A Força Sindical tem cerca de 3 milhões de trabalhadores, ligados a 285 sindicatos em Minas. O presidente da entidade, Luiz Carlos Miranda (PDT), confirma que conversou com Pimenta da Veiga e está muito próximo de definir um acordo com o tucano. “Estamos apresentando uma proposta que inclui salário mínimo regional, valorização dos profissionais da área da saúde e da educação e a implantação de programas de agricultura familiar”, conta. “Queremos continuidade do governo Anastasia”.

Na última eleição presidencial, a Força Sindical apoiou a presidente Dilma Rousseff (PT), mas ela não teria atendido as reivindicações acertadas com a entidade. “Não existe a possibilidade de apoiar o PT novamente. É impossível apoiar um governo com tanta corrupção”, diz Miranda