quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

MINAS GERAIS: TUCANOS ASSUSTADOS!

De acordo com o último Datafolha, 71% dos entrevistados não têm preferência partidária ou não dão valor às legendas. Na Assembleia Legislativa, existem 22 partidos, mas foram reduzidos a três blocos: governista, quase governista e a oposição. O PSDB que, por 12 anos mandou em tudo, foi reduzido a uma presidência de comissão inexpressiva, a de Cooperativismo, apesar de ser a terceira força partidária (nove deputados).

Para ter alguma influência, os tucanos terão que recorrer ao bloco de oposição do qual fazem parte, o menor dos três, com apenas 22 parlamentares. Com alguma experiência e o regimento na mão, poderão fazer alguma pressão, até porque para votar quaisquer projetos é exigido quórum mínimo de 36 deputados. Para votações mais qualificadas (emenda constitucional), o quórum é maior, de 48. Se a tarefa da oposição será tirar deputado do plenário, a dos governistas é o contrário.

NORTE DE MINAS: PREFEITO PODE SER CASSADO

De Buritizeiro, no Norte de Minas, pode sair o primeiro prefeito cassado de Minas em 2015. A Câmara Municipal da cidade se reúne nesta quinta-feira (12), às 19h30, em caráter extraordinário, para julgar relatório de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que opinou pela perda do mandato do prefeito Luiz Carneiro (PTC).
Carneiro é acusado de ter contratado, sem concorrência pública, um escritório de advocacia no qual seu filho trabalha como advogado.

Com sede em Uberlândia e filiais em Brasília, Goiás e Belo Horizonte, o escritório Ribeiro e Silva Advogados Associados tem como fundador o deputado estadual recém-empossado Arnaldo Silva (PR). O parlamentar, segundo seu ex-sócio, Rodrigo Ribeiro, afastou-se dos negócios no ano passado.

Em entrevista, o prefeito Carneiro lembrou que o escritório foi contratado por sua coligação partidária – “Buritizeiro por Buritizeiro – na última eleição municipal. Em outra frente de investigação, o Tribunal de Justiça manteve decisão de primeira instância e determinou a suspensão imediata do contrato e o bloqueio dos bens do prefeito no valor de R$ 125 mil. A decisão tem como base uma ação civil pública movida pelo Ministério Público da comarca de Pirapora.

Celebrado por inexigibilidade de licitação, modalidade onde o Poder Público escolhe o contratado diretamente alegando notório saber, o contrato durou de janeiro de 2013 a novembro de 2014. De acordo com o prefeito, seu filho, o advogado Danilo Carneiro, só entrou para os quadros do escritório após a contratação.

Por isso, segundo o gestor, não há conflito de interesse. Ele refuta também qualquer tipo de compensação com o mesmo escritório que havia prestado serviço na campanha passada. 

“Posso ser vítima de um julgamento político”, alegou Carneiro. O escritório afirmou que vai recorrer para manter o contrato. O deputado alegou que não é mais sócio da firma.