sábado, 23 de abril de 2011

GOVERNADOR VAI RASPAR A BARBA POR R$ 500 MIL

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), anunciou [ontem] que vai raspar a barba em troca de R$ 500 mil a serem doados ao Instituto Ayrton Senna para investir em obras assistenciais.

Wagner mantém a barba há 34 anos. O dinheiro será pago pela Procter & Gamble, dona da Gillette, marca do barbeador que será usado pelo governador.

- Vou vender minha barba para a Gillette, mas esse dinheiro tem que ser investido aqui na Bahia - disse Wagner, ao participar da abertura do 10º Fórum Empresarial e do 4º Fórum dos Governadores, promovido pelo Fórum de Líderes Empresariais (Lide), em Comandatuba (BA).

A mesma empresa pagou ao cantor Bell Marques, da banda Chiclete com Banana, para raspar a barba, no carnaval. O Instituto Ayrton Senna já obteve R$ 2,2 milhões em doações dos empresários que participam do encontro em Comandatuba.


CASSAÇÃO DE GOVERNADORES

Passados menos de quatro meses do início do atual mandato, mais de um terço dos governadores eleitos em outubro já têm os mandatos questionados na Justiça.

Levantamento feito nos Tribunais Superior Eleitoral (TSE) e Regionais Eleitorais (TREs) mostra que 11 dos 27 chefes dos Executivos estaduais são acusados de condutas como abuso de poder político e econômico, uso indevido de meios de comunicação e captação ilícita de sufrágio, termo jurídico pelo qual é conhecida a prática de compra de votos.

Se forem considerados culpados pela Justiça Eleitoral, esses governadores terão de deixar os cargos e ainda correm o risco de ficarem inelegíveis, por causa da Lei da Ficha Limpa.

Embora o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha decidido que essa norma não poderia barrar nenhuma candidatura na eleição passada, a lei está em vigor e crimes cometidos na campanha de 2010 podem transformar um político em ficha-suja.

Entre os governadores com mandato contestado estão os de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), do Acre, Tião Viana (PT), e do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB). O chefe do Executivo de Roraima, José de Anchieta Junior (PSDB), chegou a ter o diploma de governador cassado pelo TRE de seu Estado.

Em fevereiro, porém, o tucano conseguiu uma liminar no tribunal superior que garantiu a permanência no governo até o julgamento definitivo do recurso