terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

OS HOMENS DE CONFIANÇA DE PIMENTEL

Um médico especialista em gestão, um engenheiro “tocador de obras”, um doutor em economia e um advogado com longa atuação na administração pública. Esse é o quarteto que ocupa as mais importantes secretarias de Fernando Pimentel, primeiro petista a comandar Minas Gerais, depois de 12 anos consecutivos de gestões tucanas. Desde os primeiros dias de governo, os secretários Helvécio Magalhães (Planejamento e Gestão), Murilo Valadares (Transporte e Obras Públicas), Marco Antônio Rezende (Casa Civil e Relações Institucionais) e José Afonso Bicalho (Fazenda) despontaram como principais assessores e conselheiros do governador.

Todos são militantes antigos do PT e trabalham juntos desde a chegada de Patrus Ananias à Prefeitura de Belo Horizonte (1993/1997), passando pelas gestões do próprio Pimentel, que assumiu a administração municipal em 2001, depois do afastamento do então prefeito Célio de Castro por motivo de saúde. Eles também permaneceram na prefeitura durante parte do governo Marcio Lacerda (PSB) e só deixaram os cargos depois do rompimento entre PT e PSB na disputa pela reeleição, em 2012, quando os petistas lançaram Patrus Ananias como candidato a prefeito e saíram derrotados do pleito.

NÚCLEO DURO DO PODER EM XEQUE


dilma-zangada-300x168Divergências sobre como enfrentar as turbulências na política e na economia marcaram, nos últimos dias, as reuniões da presidente Dilma Rousseff com o “núcleo duro” do Palácio do Planalto. Apelidado de “G6″, o grupo é composto por seis ministros do PT que tentam, ainda sem sucesso, encontrar uma estratégia para Dilma romper o cerco político, sair das cordas e driblar o pessimismo com o governo.
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, é o maior alvo de críticas e fogo amigo no G6, no PT e na base aliada. Em conversas reservadas, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atribui a Mercadante o fracasso da articulação política do Planalto e a rota de colisão do PT com o PMDB.
A eleição para o comando da Câmara foi um dos episódios da temporada de divisões do G6, que, além de Mercadante, abriga Miguel Rossetto (Secretária-geral da Presidência), Pepe Vargas (Relações Institucionais), Jaques Wagner (Defesa), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Ricardo Berzoini (Comunicações).

STF:PREOCUPAÇÃO COM A OPERAÇÃO LAVA JATO


20121210104636_cv_stf_gdeAs prisões duradouras da Operação Lava Jato começam a incomodar os ministros do STF. Em privado, o relator do caso, Teori Zavascki, e outros integrantes da Segunda Turma do Supremo questionam a necessidade de manter na cadeia suspeitos detidos há mais de três meses, desde novembro do ano passado. Receiam que as detenções, por longevas, já caracterizem uma antecipação de pena. Algo vedado pelo Código de Processo Penal.
Há uma semana, a Segunda Turma do STF, à qual pertence Zavascki, confirmou por unanimidade decisão liminar do relator que havia revogado em dezembro a ordem de prisão do juiz Sérgio Moro, do Paraná, contra o ex-diretor da Petrobras Renato Duque. Advogados dos outros presos voltarão à carga para reivindicar a soltura de seus clientes —por meio da interposição de novas petições ou da apreciação de recursos que ainda não foram julgados no mérito. Não são negligenciáveis as chances de êxito.

FALTA DE DINHEIRO PREOCUPA PARTIDOS


sem-dinheiroAté agora, 2015 tem sido um ano complicado para os tesoureiros de 24 dos 32 partidos do País. Além de enfrentarem uma “seca” de doações de empresas, reflexo da Operação Lava Jato e da retração da economia, eles receberam em janeiro deste ano repasses do Fundo Partidário menores do que os embolsados no mesmo mês de 2014.
Segundo o Estadão, as perdas para o PT, o PMDB e o PSDB foram, respectivamente, de 42%, 35% e 30%. O sufoco, para muitas legendas, deve ser temporário, já que o Congresso se prepara para turbinar o Fundo Partidário com uma injeção adicional de recursos públicos de pelo menos R$ 100 milhões ­ uma tradição em todas as votações do Orçamento ocorridas desde 2011.
Para os maiores partidos, porém, poderá haver perdas mesmo com a “ajuda” a ser votada pelo Congresso. Das dez principais legendas, oito ­ PT, PMDB, PSDB, PP, PR, PSB, PTB e DEM ­ tiveram menos votos para deputado federal em 2014, em termos proporcionais, em comparação com 2010. Com isso, essas siglas terão redução em suas cotas do fundo, já que elas são distribuídas de acordo com o desempenho nas urnas.

MINISTROS EM BUSCA DE ESPAÇOS

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Um mês e meio após tomar posse para o segundo mandato, o governo da presidente Dilma Rousseff ainda se arrasta do ponto de vista administrativo. Não são apenas os problemas enfrentados com os escândalos de corrupção da Petrobras ou o quadro econômico desgastado que provocou a recessão em 2014 — os dados oficiais do IBGE ainda não foram anunciados, mas o Banco Central mostrou uma retração de 0,15% no ano passado — que paralisam o governo. A ausência de nomeações no segundo e no terceiro escalão e a não aprovação do Orçamento de 2015 amarram os ministros empossados em primeiro de janeiro.
Dos 39 titulares da Esplanada, os que mais apareceram até o momento foram os integrantes da equipe econômica: Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central). “É natural que isso aconteça. Os números da economia, não são bons e o ajuste, com a correção de rumos na economia precisa ser feito. Por isso, eles tornaram-se os protagonistas neste período inicial”, explicou um dos ministros ao Correio Braziliense

MONTES CLAROS: CONCURSO PÚBLICO

Vem ai! Concurso Público na prefeitura de Montes Claros para as áreas de educação e saúde.

OH! MINAS GERAIS: AUDITORIAS ATRASAM NOMEAÇÕES

O argumento para justificar a lentidão nas nomeações e conter a pressão dos aliados tem sido as auditorias em curso no governo. Alega-se que é preciso conhecer a fundo a situação do Estado antes de preencher todas as vagas e contratar despesas. Além de outras utilidades óbvias, as auditorias estão servindo também para Pimentel ganhar tempo e avaliar ou negociar melhor a composição dos escalões intermediários.

VEM AI! NO CARNAVAL DO LAVA JATO NOMES GRAÚDOS

Nos bastidores de camarotes no Rio, rolaram rumores de que a relação de políticos da Lava Jato incluiria nomes de outros partidos além dos cinco já mencionados na mídia (PP, PMDB, PT, PSB e PSDB). E o mais instigante: haveria “gente graúda” da oposição metida no meio.