Brasília (DF) - O Ministro da Agricultura, Antônio Andrade,
se reuniu na tarde desta quarta-feira (3) com a bancada do PMDB na
Câmara. O encontro organizado pelo líder do Partido na Casa, deputado Eduardo Cunha (RJ), é o primeiro realizado com o ministro desde sua posse, no começo de fevereiro deste ano.
No início
da reunião Eduardo Cunha, relembrou que Antônio Andrade é o terceiro
ministro do PMDB a comparecer à Câmara para conversar com os
parlamentares peemedebistas. Já foram realizados dois encontros com os
ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho.
A intenção do líder é tornar as reuniões frequentes para que os
deputados possam debater suas questões juntos aos ministérios vinculados
ao Partido. “O encontro de hoje é mais uma homenagem do ministro à sua
bancada e vice-versa. Não esperávamos que ele fosse falar dos planos
do Ministério de uma forma mais detalhada. O desafio do ministro é
enorme e seu desempenho será refletido em todo o PMDB”, afirmou Cunha.
Em seu
pronunciamento, o ministro destacou as mudanças estruturais que fez nas
primeiras semanas à frente da pasta e reiterou sua disposição em
atender aos pleitos feitos por parlamentares peemedebistas. “Tive a
alegria de estar nesse Parlamento por seis anos. Se hoje sou ministro é
porque sou do PMDB. Evidentemente quando assumi o ministério, é o
ministério de todos os partidos, do Brasil. Porém, trato com todo
carinho aquilo que é do nosso Partido. Ainda estamos naquela fase de
conhecer os caminhos da pasta. No entanto, quero que todos vejam neste
ministro um parceiro”, disse.
O deputado Silas Brasileiro (MG),
amigo do ministro há 25 anos, elogiou as qualidades e a capacidade de
trabalho de Antônio Andrade. “Estou certo de que teremos à frente do
Ministério da Agricultura um homem honesto, inteligente e de caráter. Um
ministro tem que conhecer sua pasta e Antônio Andrade foi a melhor
escolha. É imprescindível ter um homem do campo dirigindo um ministério
tão importante para o país”, declarou.
O deputado Alceu Moreira (RS),
eleito presidente da Subcomissão do Leite, relatou ao ministro a série
de conferências realizadas pelo colegiado no ano passado e alertou
sobre a necessidade de se consolidar uma política de Estado que
beneficie o produtor de leite. “Durante dois anos percorremos o país
discutindo os problemas que atingem a cadeia produtiva do leite.
Fizemos levantamento com todos os setores envolvidos e agora vamos
discutir o relatório na subcomissão nesta semana. É importante que
tenhamos condições de fazer um debate qualificado com a cadeia
produtiva”, destacou.
O deputado Lucio Vieria Lima (BA)
fez um apelo à bancada para que os parlamentares peemedebistas mostrem
sua força no Congresso e auxiliem o ministro Antônio Andrade no que
for necessário. “O que temos observado com constância são cortes nos
ministérios do PMDB. Assim aconteceu com o Ministério do Turismo e da
Agricultura. Estamos pedindo dinheiro para desenvolver uma política para
agropecuária brasileira”, falou.
Já o deputado Darcísio Perondi (RS)
relembrou a responsabilidade do ministro. “É uma alegria vê-lo no
Ministério. Tem uma missão importante, uma vez que é o setor
agropecuário que sustenta esse país. Essa pasta segura a balança
comercial e a conta-corrente brasileira”, ponderou.
Em sua intervenção o deputado Hugo Motta (PB),
pediu ao Ministro providências para a ampliação da quantidade do milho
subsidiado, via Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para o
Nordeste, que “sofre com a maior seca dos últimos 50 anos”. “Muitas
vezes a presidente anuncia uma ação e não vemos essas ações chegarem na
ponta. Precisamos garantir que essas medidas beneficiem de fato a
população”, lamentou.
Em
resposta, o Ministro declarou que a presidente anunciou ontem as ações
de distribuição do milho. “Está sendo organizado um leilão de 100 mil
toneladas que serão transportadas por caminhão. Todos os milhos serão
doados sem nenhum ônus para os estados. Milho subsidiado, que servirá
para alimentação da população e do rebanho também. Estamos atendendo um
pouco mais de 100% do que havia sido solicitado pelos estados. Assim
que as chuvas retomarem, a presidente Dilma quer repovoar os animais
mortos em função da seca. São 11 estados envolvidos que vão nos ajudar a
operacionalizar a distribuição desse milho”, assegurou.
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