No último Carnaval, Luiz Edgar Brito Franca, 4, saiu para passear de carro. Como seu pai não tinha uma cadeirinha, ele ficou no banco traseiro, preso apenas ao cinto. A uma quadra de casa, uma moto fechou o veículo, que bateu em um poste. O impacto provocou um efeito chicote no corpo de Luiz, que teve lesão na medula. Ficou dois meses no hospital. Hoje só move do tórax para cima. O caso mostra que a cadeirinha ainda não é unânime entre os motoristas, apesar de o índice ter crescido após a obrigatoriedade, que completou dois anos em setembro.
É o que revela pesquisa nacional Datafolha, a pedido da ONG Criança Segura em parceria com a Associação Brasileira de Produtos Infantis. Segundo a pesquisa, 57% dos motoristas que transportam crianças de até dez anos usam a cadeirinha. Antes da lei, levantamento em cinco capitais apontou taxa de 32%. "O patamar de uso nos países desenvolvidos é de 80%", diz Alessandra Françoia, coordenadora nacional da ONG.
A pesquisa também revela que a falta do equipamento é maior na classe C, apesar de só 6% dos entrevistados reclamarem de preços altos.
O preço do bebê-conforto varia de R$ 160 a mais de R$ 1.000. Já a cadeirinha vai de R$ 150 a R$ 2.500. Os boosters saem por R$ 35 a R$ 300.
O Datafolha fez 3.915 entrevistas em 165 cidades de 16 a 25 de agosto. A margem de erro é de 4 pontos percentuais.
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