terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

ISTO É, O BRASIL!!

Newton Ishii foi preso durante uma das grandes operações policiais do governo Lula


Jornal GGN - O nome dele é Newton Ishii, mas ficou mais conhecido como o "japonês da federal", porque tem aparecido em praticamente todas as fotos ao lado de empresários e políticos investigados na Operação Lava Jato. Segundo informações levantadas pelo jornalista Marcelo Auler, em seu blog, Ishii foi preso, em março de 2003, na primeira entre as grandes operações policiais do governo Lula, chamada Sucuri.

O japonês e outros 22 agentes da PF, sete auditores da Receita Federal e três Policiais Rodoviários, junto com contrabandistas e intermediários, foram acusados de participar de um esquema, em Foz do Iguaçu, na fronteira do Paraná com o Paraguai, que permitia a entrada de veículos no país com valores altos em dólares sem o pagamento de impostos.


Por Marcelo Auler


Endeusado e paparicado pela mídia e até por parlamentares na visita que fez quarta-feira (17/02) à Câmara dos Deputados, o agente de Polícia Federal Newton Hidenori Ishii, 60 anos, popularmente conhecido como o “japonês da federal”, é um exemplo claro da impunidade gerada pela demora processual.

Nem  tudo, porém, é chicana da defesa. Preso em 2003, processado, foi condenado na primeira instância em 30 de abril de 2009. Viu seu recurso de apelação ser parcialmente acatado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (Sul) – TRF-4 em fevereiro de 2013. Mas, decorridos 13 anos desde a prisão, continua aguardando uma decisão no Recurso Especial (REsp) que impetrou no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os autos dormitam em alguma prateleira do gabinete do ministro Félix Fischer, desde abril de 2015 à espera do julgamento. A impunidade não o atinge sozinho. Com ele, aguardam o julgamento do Recurso outros acusado, julgados nas dez ações penais em que se desdobrou a ação inicial da Operação Sucuri.

Além da questão criminal, o agente e mais 42 réus respondem na 1ª Vara Federal de Foz do Iguaçu uma Ação de Improbidade Administrativa desde junho de 2008. O grande número de réus – no criminal, como afirmamos acima, houve desmembramento – faz o processo andar a passo de tartaruga. Nele é fácil constatar que as defesas usam de todo os expedientes protelatórios que as leis lhes garantem. Com isso, ainda não foi possível vencer as audiências de instrução em que são ouvidas as testemunhas, algumas da quais faleceram, outras se aposentaram e muitas mudaram de endereço e não são encontradas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário, dúvida ou sugestão.