quarta-feira, 26 de março de 2014

OPINIÃO: ORION TEIXEIRA - O PMDB E SUAS TRÊS CORRENTES EM MINAS

No embate entre as três correntes do PMDB mineiro prevaleceu o acordo de levar a decisão sobre o rumo do partido nas eleições para o vale-tudo da convenção. Três propostas serão levadas aos convencionais. A primeira delas é a tese da candidatura própria. Caso seja derrotada, irão discutir outra, de coligação com o PT ou com o PSDB. Se depender do novo comando, até o encontro estadual não haverá outra conversa com a direção tucana, que havia procurado o partido há 15 dias.

Na reunião da executiva de ontem, o senador Clésio Andrade reafirmou sua pré-candidatura ao Governo de Minas. Também não houve pedido de afastamento do presidente estadual, Antônio Andrade, que voltou a defender, como posição pessoal, coligação ao PT, nem seu grupo conseguiu aprovar a repetição integral do programa de televisão, veiculado no ano passado, com duros ataques ao governo tucano.

O programa irá ao ar no final desta semana com cada deputado tendo duas inserções para levar sua mensagem. Alguns irão doar o tempo, permitindo que o programa antitucano seja usado parcialmente. Outros doarão parte do tempo para que Clésio tenha espaço.

Antônio Andrade deixou claro que aliança com os tucanos estaria praticamente descartada, mas foi contestado pelo ex-ministro Hélio Costa e pelo deputado federal Leonardo Quintão. “Não haverá mais entrega do PMDB para o PT. Eles podem até ganhar, mas terão que levar no voto”, disse Quintão, de posse de parecer do PMDB nacional, garantindo que “não há mínima chance de intervenção no diretório estadual” caso esse não seja o resultado. Quintão defende candidatura própria e, em segundo lugar, apoio aos tucanos.

De acordo com o secretário-geral, deputado Sávio Souza Cruz, ninguém ali assume aliança com os tucanos e a candidatura própria é uma possibilidade. Antes disso, ele defende aliança com o PT para depois decidir a cabeça de chapa entre os dois partidos. Além de descartar as chances de aliança com os tucanos, Antônio Andrade advertiu para os riscos de candidatura própria para a reeleição das bancadas. Ele disse ter pesquisas que desaconselham a tese.

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