Instituição de Roberto Setúbal apresenta lucro de R$ 15,695 bilhões em 2013; recorde nacional em todos os tempos; ações sobem na bolsa; dias antes, ao mundo, no Fórum Econômico de Davos, economista-chefe e sócio Ilan Goldfajn afirmara que Brasil "não é" uma economia sustentável e estável; avaliação ganhou peso no Financial Times para ajudar a afugentar investidores; face rósea das propagandas com Luciano Huck sofreu uma autuação de R$ 18 bilhões da Receita Federal por não pagamento de impostos; instituição diz que não deve um centavo sequer; lucro, crítica e política fiscal do Itaú Unibanco servem mesmo ao Brasil?
247 – O Itaú Unibanco acaba conseguir uma proeza inédita. Superando todas as expectativas do mercado, que já eram elevadas, divulgou R$ 15,695 bilhões de lucro no exercício de 2013, nada menos que o maior lucro de uma instituição financeira já registrado no Brasil.
Com ganhos de R$ 4,68 bilhões apenas no quatro trimestre do ano passado, os técnicos do banco justificaram o resultado como fruto da queda da inadimplência entre seus clientes, ampliação da tomada de crédito por eles e redução no provisionamento para perdas.
Não deu outra. As ações do Itaú Unibanco dispararam na Bolsa de Valores, com alta de 4,95% às 13h11 desta terça-feira 4.
Há motivos, diante de tantos números azuis, para o Itaú Unibanco estar feliz da vida da economia brasileira, certo?
Errado.
Em meio ao esforço do governo para mostrar ao mundo que o Brasil está, sim, numa posição diferenciada, para melhor, frente aos demais emergentes e, também, diante de muitas economias de países ricos, o Itaú Unibanco joga na mão contrária. A do pessimismo.
No encontro de investidores mais importante do mundo, o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, o economista-chefe e sócio do Itaú Unibanco Ilan Goldfajn foi pródigo em divulgar que o Brasil está na bola da vez da crise.
- Os investidores estão olhando para os países com uma economia sustentável e estável, ensinou Goldfajn. "E o Brasil não é".
A derrubada do ex-diretor do BC durante o governo FHC correu o mundo. A frase foi citada até mesmo numa reportagem do jornal Financial Times, que avaliou que o Brasil fora o grande perdedor do fórum de Davos.
Agora, porém, o Itaú Unibanco sai a público, como determinam as regras bancárias para brasileiras, para mostrar que obteve o maior lucro da história
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