sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

GOVERNO DE MINAS E O CHOQUE DE GESTÃO

ABRE-G0
Técnico. Em 320 páginas, livro é um relato dos processos instituídos pelo governo a partir de 2003

PUBLICADO EM 20/12/13 - 04h00


O governo de Minas comemora dez anos do chamado “choque de gestão”, mote do primeiro mandato do ex-governador Aécio Neves (PSDB) e propagandeado como modelo eficiente da administração pública em Minas. No entanto, as dívidas do Estado, sobretudo com a União, e o aumento no número de secretarias nos últimos anos contrariam algumas das metas lançadas em 2003.
Naquele ano, o objetivo era colocar as contas do Estado em ordem. No ano seguinte, o governo anunciou o “déficit zero” com fornecedores, mas a dívida com a União continuou crescendo. O montante saltou de R$ 14,8 bilhões para R$ 63,5 bilhões entre 1998 – ano da última renegociação com o governo federal – e 2012. O governador explica que “nunca foi pretensão quitar a dívida com a União”, mas que o Estado consegue pagar os encargos em dia. “O cenário hoje não é de folga, mas temos as contas em dia”, avalia. “Somente no ano passado, pagamos R$ 6 bilhões com os juros da dívida. É uma situação que afeta a todos os Estados, e estamos lutando para modificar o indexador”.
 
O enxugamento da máquina pública era outra promessa do “choque de gestão” de Aécio. No início, o número de secretarias caiu de 21 para 15, mas a quantidade de pastas foi aumentando conforme o modelo foi fazendo aniversário. Hoje, são 23 as secretarias – quatro delas chamadas de “extraordinárias” por terem caráter temporário.
 
“A administração pública se adequa conforme as necessidades. Aumentamos as pastas quando precisamos aumentar as ações de governo. Como a receita não sobe, temos o compromisso de reduzir os prejuízos sem comprometer as politicas públicas”, assegura Anastasia. No ano que vem, uma reforma administrativa deve reduzir a quantidade de pastas para 17.
 
O governo de Minas comemorou os dez anos do “choque de gestão” ontem durante o lançamento do livro “Do Choque de Gestão à Gestão para a Cidadania”, elaborado em parceria com o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).
Divulgação
 
Vitrine. Para a secretária de Planejamento, Renata Vilhena, o livro vai servir também como divulgação. Equipes de 40 cidades, Estados e países visitaram Minas este ano para conhecer o modelo.
 
Nome tucano deve sair até o fim de janeiro

O governador Antonio Anastasia (PSDB) defendeu que seu partido defina e oficialize o nome para a disputa pelo governo de Minas nas eleições de 2014 até o final de janeiro.

Questionado quando irá decidir se vai ou não deixar o governo para disputar o Senado, disse apenas que “isso vai ser definido coletivamente” e que tem até o dia 5 de abril para decidir. Esse é o prazo final para quem ocupa algum
cargo público – e tem a pretensão de se candidatar – deixar o mandato

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