Brasília. A entrada em campo da dupla do PSB Eduardo Campos e Marina Silva levou a pré-campanha da presidente Dilma Rousseff a uma abrupta correção de rumos. Orientada pelo marqueteiro João Santana, Dilma polarizou o debate com Marina e deixou, ao menos por ora, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos de lado.
Antes, a ideia era polarizar apenas com Aécio e atrair Campos para a coalizão. No novo desenho, Dilma opta por investir na cizânia dos adversários a partir da apresentação de um cenário em que as candidaturas de Aécio e de Campos não seriam as oficiais, uma vez que permeadas de dúvidas pela incômoda presença de sombras do peso de José Serra no PSDB e da própria Marina.
Ontem, em discurso durante o lançamento do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – Brasil Agronegócio, a presidente disse que o país pode crescer com melhor distribuição de renda e protegendo o meio ambiente, discurso historicamente defendido por Marina.
“É possível que o Brasil cresça e proteja o meio ambiente”, disse a presidente, num momento em que a ex-senadora e a oposição se preparam para atacar a política para o meio ambiente do atual governo.
No discurso, Dilma disse que o país tem dado passos significativos na construção de um padrão de desenvolvimento sustentável. Segundo ela, cresce a importância e a consciência sobre agroecologia e a agricultura orgânica.
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