Pode-se afirmar que o empresário Marcio Lacerda (PSB) só existe, como prefeito, graças ao apoio do seu padrinho político, o senador Aécio Neves (PSDB) -- um pouco também ao ministro Fernando Pimentel, mas eles estão rachados depois das últimas eleições municipais. Lacerda foi secretário de Aécio e deve, em boa parte, suas duas eleições para a prefeitura de BH ao apoio do senador mineiro.
A eleição para a presidência da Câmara Municipal, contudo, coloca as duas lideranças mineiras em campos opostos. O PSDB está cobrado de Lacerda o que teria sido acordado no início deste ano, numa reunião no aparamento de Lacerda: os tucanos continuariam no comando do Legislativo municipal (hoje, o presidente é o também tucano Léo Burguês). Em troca, o prefeito ganharia o importante apoio de Aécio e dos tucanos em sua reeleição. O senador mineiro quer emplacar o nome do vereador Pablito.
Segundo texto publicado hoje no jornal Estado de Minas, as duas partes teriam se sentado para chegar a um denominador comum. Mas não foi possível. Lacerda quer o vereador Bruno Miranda (PDT) na presidência. O prefeito nem fala publicamente sobre o assunto, mas um presidente pedetista tiraria dos tucanos um pouco do peso que têm sobre o trabalho de Lacerda.
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