terça-feira, 8 de outubro de 2013

O CENÁRIO COM DILMA, EDUARDO CAMPOS E AÉCIO

Os articuladores políticos da presidente Dilma avaliam que houve uma mudança grande no cenário eleitoral com a aliança do governador Eduardo Campos (PSB) com a ex-ministra Marina Silva (Rede). Reconhecem que Eduardo Campos ficou forte, com o ingresso de Marina no seu partido. Um deles chega a dizer, diante das críticas de Marina ao governo e ao PT, os responsabilizando por não ter obtido o registro da Rede, que ela "transformou Eduardo Campos no chefe da oposição".
Um ministro próximo da presidente avalia que o tucano José Serra passará a ter campo fértil para "pressionar e questionar a viabilidade da candidatura do presidente do PSDB, Aécio Neves". Na sua visão, Eduardo vai sair do atual patamar de 5% de intenções de voto! mas não chegará aos cerca de 25% de Marina. Mesmo assim, ele ficará no mesmo nível ou até superará Aécio. Segundo este ministro, "Eduardo fica um candidato mais forte, que terá a simpatia de parte da mídia e um maior apoio no empresariado". Mas ainda assim, complementa, Eduardo ainda precisa resolver o problema do tempo de TV, para o qual em primeiro lugar terá de superar o ressentimento do PPS.
Sem deixar de reconhecer que Eduardo e Marina criaram uma "novidade" e que fizeram "uma jogada boa", outro integrante do governo ressalta o improviso de Uma aliança feita da noite para o dia e, presume, "tenha muita ponta solta para amarrar". Destaca que nos próximos dias se saberá a resposta para alguns dilemas: "como será a montagem dos palanques estaduais entre Rede e PSB"; e,"como será a convivência da Rede com os novos socialistas, como Paulo Bornhausen (ex-DEM)". Ele ainda pergunta, com ironia: "como o povo da floresta vai conviver com o povo do agronegócio?" .
Um tucano, muito próximo de Aécio Neves, reconhece que o candidato ficará sob pressão, mas isso já acontece agora com Marina candidata e Serra no seu encalço. Mas este tucano destaca que o mais importante é que Marina, com seu discurso, recheado com o "combate ao chavismo", "acabar com a Velha República" e "derrotar o PT", se somou à oposição. O tucano concorda, com a avaliação do governo, sobre o forte impacto na opinião pública e o pouco tempo de TV. Mas acrescenta no item dificuldades a superar a falta de "densidade organizativa". 
No governo também se considera que Marina aderiu à oposição. "Ela não se posicionou para viabilizar a Rede nem para ser candidata, mas para derrotar o governo Dilma e o PT", afirma um velho companheiro da presidente Dilma. Mas como consolo se diz no PT que o quadro de candidaturas fechou com três candidaturas (Dilma, Eduardo e Aécio) e não com cinco (mais Marina e Serra). Este correligionário da presidente prevê dificuldades para o próprio Eduardo. "Com a Marina na casa dos 20% nas pesquisas e o Eduardo com 5%,será mesmo que ele será o candidato?" , pergunta o petista.

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