sexta-feira, 2 de agosto de 2013

IBOPE: CRISE GENERALIZADA DE CREDIBILIDADE

Um levantamento realizado pelo Ibope revela que as principais instituições do País perderam boa parte de sua credibilidade com a população depois das manifestações populares que tiveram início em junho. De acordo com o Índice de Confiança Social, divulgado anualmente pelo instituto desde 2009, as pessoas confiam menos nos três poderes – Judiciário, Legislativo e Executivo –, assim como na própria presidente da República, Dilma Rousseff.

Das 18 instituições pesquisadas, todas, passando por Corpo de Bombeiros, partidos políticos, igrejas, empresas, sindicatos e até Organizações Não Governamentais (ONGs), se tornaram menos confiáveis aos olhos da população brasileira. Os meios de comunicação da imprensa, o governo federal, as prefeituras, o Congresso Nacional e o Judiciário também tiveram sua imagem prejudicada.
Apesar de ter sido a instituição que mais perdeu pontos (queda de 21), a presidente da República continua tendo mais credibilidade que os outros poderes, como o Congresso e a Justiça do País. Durante o governo Lula, a presidência da República ocupava o terceiro lugar no ranking, atrás apenas dos Bombeiros e das igrejas. De 2012 para cá, caiu da quarta para a 11ª posição. No primeiro ano do governo Dilma, o índice caiu de 69 para 60, recuperou-se para 63 no ano seguinte e despencou agora para 42.

O resultado é pior para o lado dos políticos – representados pelo Congresso e pelos partidos. Eles já eram os piores no ranking das instituições, mas caíram ainda mais: de 36 para 29 pontos, e de 29 para 25, respectivamente. Desde 2009, as duas instituições nunca deixaram a lanterna da lista. A saúde, um dos principais alvos das manifestações de junho, sofreu a terceira maior queda: de 42 para 32 pontos. Enquanto o Judiciário caiu de 52 para 46 pontos.

Na opinião de Marcia Cavallari, CEO do Ibope Inteligência, trata-se de "uma crise generalizada de credibilidade", que "está refletindo o momento do País, os protestos de rua". "Já havia uma queda leve nos anos anteriores, mas agora a perda de confiança se acentuou", explica. Em relação à presidência, ela avalia que "cai mais por conta da personificação dos protestos". A edição 2013 da pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira 1º.

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