quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

AÉCIO NEVES APOSTA SUAS FICHAS NA CAPITAL


A partir desta quarta, pesquisas podem voltar a dar o ar da graça, de acordo com a nova lei eleitoral, para tentar antecipar o futuro das urnas de outubro próximo, apesar da indefinição do atual cenário. Diante disso e das novas regras do jogo, há forte tendência de concentração e polarização entre os dois principais campos políticos, um liderado pelo governador Fernando Pimentel (PT) e outro, pelo senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, na sucessão municipal de Belo Horizonte.

Ao contrário do primeiro, o tucano pretende jogar tudo na conquista da capital dos mineiros, com o 45 de sua legenda na cabeça de chapa, para dizer ao resto do país, especialmente a São Paulo, que teria recuperado a força em Minas, onde perdeu feio as eleições presidenciais e estaduais passadas. Já Pimentel planeja, no atual contexto negativo ao PT nacionalmente, não se expor para não sair derrotado. Como bom aliado, incentiva o PMDB para ser o cabeça de chapa. Não seria o derrotado, em caso de insucesso, no máximo, dividiria o desgaste.

Há quem defenda a fragmentação das candidaturas em ambos campos ante a falta de nomes “favoritos”, mas as mudanças da legislação dificultam estrutura e financiamento de campanhas, que não poderão mais recorrer ao setor privado. Em função disso, a concentração levaria a uma disputa de Aécio contra Pimentel. Os pretendentes no campo do tucano terão que, para se viabilizar, filiarem-se até o final de março ao PSDB e receberem o carimbo (45).

O senador Antonio Anastasia, em comunicado à coluna, já descartou “definitivamente” a possibilidade de ser o candidato. Outro ex-governador, como ele, Alberto Pinto Coelho, desponta como a alternativa capaz a agregar o grupo, que ainda conta com a liderança do prefeito de BH, Marcio Lacerda (PSB), que poderia indicar o vice na chapa.

No cenário de hoje, o grupo fixo de Pimentel conta quatro partidos, o PMDB, PRB e PCdoB, além do PT; o de Aécio, com cinco, PSB, PP, PTB, DEM, além do PSDB. Ambas forças tentarão atrair para si o apoio de partidos que estão no campo independente, como o PSD e o PR, que integram o bloco governista, e o PDT, que já definiu o pré-candidato Sargento Rodrigues, e integra o bloco de oposição ao PT.

Além da dificuldade de financiamento de campanha, outro fator que influenciará as decisões é o tempo de televisão. A partir de agora, somente o tempo das seis primeiras legendas entra na contagem.
Um terceiro grupamento vem se formando, sob a liderança do presidente da Câmara de Vereadores, Wellington Magalhães (PTC), que articula a pré-candidatura de Marcelo Álvaro Antônio (PMB) para a prefeitura, mas com menores chances.

Orion Teixeira

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