quarta-feira, 4 de novembro de 2015

BELO HORIZONTE: SILÊNCIO QUANDO O ASSUNTO É SUCESSÃO MUNICIPAL

Ao contrário de São Paulo, onde também há diversos pré-candidatos, a capital mineira vive um silêncio sepulcral quando o assunto é eleição municipal. Ninguém fala nada, ninguém admite nada. Todos os pré-candidatos estão à espera das bênçãos dos caciques políticos. Quem duvida de que, à falta de uma terceira via e de novas lideranças, os candidatos mais competitivos sairão das definições dos líderes dos dois principais partidos e blocos políticos? De um lado, o governador Fernando Pimentel (PT); do outro, o senador tucano e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves.

Para onde cada um deles apontar, sairá de lá aquele que poderá ser o futuro prefeito de Belo Horizonte a suceder o atual, Marcio Lacerda (PSB). Enquanto não surgem as manifestações, os pretendentes tentam se viabilizar, movimentando-se nos bastidores para ficarem visíveis a esses senhores da eleição.
Nem sempre foi assim em Belo Horizonte. Já houve candidatos com vida própria, ainda que nem todos bem-sucedidos, como Patrus Ananias (PT), João Leite (PSB, depois PSDB), Célio de Castro (PSB, depois PT), Fernando Pimentel (PT) e Leonardo Quintão (PMDB). Marcio Lacerda (PSB) veio teleguiado por inédita união de dois caciques antagônicos, Pimentel (prefeito à época) e Aécio (governador), em 98, mas, no segundo turno e na reeleição, percebeu que a situação o asfixiava.

A capital paulista, por sua vez, vive um clima eleitoral antecipado e intenso. Ali não se discute quem seriam os candidatos a prefeito, mas os pretendentes a vices e as coligações mais estratégicas. Marqueteiros especulam para também serem lembrados e escalados; as pesquisas já são divulgadas para monitorar os rumos da campanha na maior cidade do país.

Lá como cá, pelo que se viu também é grande o desinteresse pelos partidos, como observamos aqui, no último domingo. Pesquisa Datafolha, realizada em São Paulo, registrou que, a um ano da eleição de 2016, 71% dos eleitores afirmaram não ter nenhuma preferência por alguma das 35 agremiações partidárias.
 
Orion Teixeira

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