sábado, 6 de julho de 2013

RIO DE JANEIRO: E O VOO DAS BABÁS

O governador Sergio Cabral virou um símbolo. O elemento mais emblemático de uma classe política corroída em seus costumes, divorciada da realidade e zombeteira da população. Tantas ele fez que hoje tem as cercanias de seu apartamento transformadas em praça de guerra. Em seu prédio, ele é alvo de um abaixo-assinado para que se mude. No Palácio Guanabara, já despacha ao som de panelaços que se multiplicam pela região, cobrando as mais diversas promessas não cumpridas.

Na mídia, Cabral ganhou destaque perpétuo em meio à Confraria do Guardanapo, adereço que virou febre nas manifestações à sua porta. Elas transcorriam dentro dos marcos democráticos até serem alvo de violenta repressão policial. Agora, ele reaparece em mais um escândalo em torno da decadência dos costumes políticos. O supra sumo do abuso sobre a máquina do Estado.

É o Voo das Babás – ou "helicóptero da alegria", como classifica um dos seus pilotos. Trata-se do uso dado ao imponente aparelho Agusta AW109 Grand New, comprado por RS 15 milhões pelo Estado, por ordem de Cabral, em 2011.

E para o que tem servido esse helicóptero, idêntico ao de Eike Batista, no qual o governador passeou e teve a ideia de comprar um igual?

Tem servido para levar a família Cabral – chefe do clã, mulher, dois filhos, duas babás, no apoio, e o mascote Juquinha, o cachorrinho do governador – praticamente todos os finais de semana para a casa de praia da família em Mangaratiba.

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