segunda-feira, 29 de julho de 2013

PARTIDOS NO VERMELHO

A preocupação com a imagem não é a única dor de cabeça dos partidos políticos: eles não conseguem sair do vermelho. A regra para fechar qualquer contabilidade é clara: precisa entrar, no mínimo, o mesmo que sai. Mas, na prática, as siglas vivem um ciclo vicioso fiscal.
 
Juntas, as 30 legendas em atividade no país acumulam dívidas próximas de R$ 435 milhões. O número é 47% superior aos R$ 294 milhões do bolo do fundo partidário que será dividido neste ano.
Mas o déficit certamente é maior, já que o levantamento da reportagem considera apenas as dívidas dos partidos com o governo federal e as pendências das últimas campanhas municipais no Sudeste.
Só no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Vitória e em Belo Horizonte, restaram R$ 70 milhões em débitos de 2012. Outros R$ 365,8 milhões se referem a uma coleção de multas eleitorais aplicadas às siglas e aos candidatos. As penalidades foram para a dívida ativa da União. Segundo relatório da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) feito a pedido do jornal O TEMPO, hoje, existem 11.711 pendências.
Por trás das cifras negativas, está a evolução milionária das campanhas, cada vez mais caras, e o alto custo da máquina partidária. O PT tem, pelo menos, R$ 32,2 milhões em aberto da disputa de 2012. A contabilidade dos tucanos tenta equacionar o déficit de R$ 27 milhões. Já o PMDB, ficou com uma conta em aberto de R$ 10 milhões. 

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