Na tentativa de garantir que o PMDB caminhe com o PT nas eleições de 2014, o partido já começa a “aparar as arestas” internamente para evitar possíveis rebeliões, e o primeiro atingido poderá ser o deputado federal Leonardo Quintão. Ontem, a executiva estadual questionou a legalidade do diretório municipal de Belo Horizonte, presidido pelo parlamentar.
Foi feito um pedido de “desanotação” – uma espécie de dissolução – do diretório pelo descumprimento dos trâmites regimentais. A convenção que elegeu o colegiado, no fim do ano passado, não teria sido registrada no partido e, consequentemente, não foi aberto prazo de pedidos de impugnação.
Agora, haverá a publicação do edital de impugnação, e, se houver algum questionamento e se for dado provimento a ele, o deputado poderá perder o posto e, assim, espaço dentro do PMDB. O prazo é de cinco dias.
Apesar de lideranças peemedebistas negarem motivação política para a manobra, os rumores de que Quintão já estaria de saída do partido para ingressar no PSB não agradaram os caciques.
O deputado estaria insatisfeito com sua legenda por não ter conseguido a nomeação para o ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que foi oferecido ao então presidente do PMDB de Minas, Antônio Andrade, no início do ano. Desde então, os boatos de que ele deixará a sigla só têm aumentado.
O deputado estadual e segundo vice-presidente do diretório municipal, Cabo Júlio (PMDB), admite que o clima dentro da legenda ficou ruim para Quintão depois das especulações. “Em tese, não faz sentido algum alguém que está de saída presidir o diretório, mas sou contra essa intervenção, pois fica parecendo uma ditadura”, avaliou.
“Queremos apenas trazer o partido para a legalidade”, amenizou um peemedebista, em condição de anonimato, quando questionado sobre a real intenção do pedido de “desanotação”. “A convenção não foi registrada, e isso é fundamental para haver o prazo de impugnação”, completou.
fonte:otempo
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