Longe de consenso entre lideranças partidárias e recebendo ameaças de
obstrução, a reforma política entra hoje na pauta de votação da Câmara
dos Deputados. O relatório, que tem propostas que há 15 anos tramitam no
Parlamento, será apresentado ao plenário mesmo sob risco de ser
derrubado integralmente. O relator do tema, deputado Henrique Fontana
(PT-RS), admitiu que ainda não existe acordo nem mesmo dentro dos
partidos, mas que isso não impedirá a leitura das propostas para
votação.
WILL NUNES: entre os tópicos que serão analisados está o fim das coligações para
eleições proporcionais – permitindo que os partidos façam federações que
devem durar pelo menos quatro anos –; financiamento público exclusivo
de campanha; unificação de datas para as eleições municipais, estaduais e
federais; ampliação da participação da sociedade na apresentação de
projetos de iniciativa popular; e a opção de uma lista flexível, em que o
eleitor vota no deputado ou no partido, mas somente o voto na legenda
reforçaria a lista apresentada pelo partido. O petista, que se reúne na
manhã de hoje com lideranças da Casa para discutir como será feita a
votação, espera forte obstrução de parlamentares contrários às propostas
e prevê que muitas emendas serão apresentadas ao seu texto.
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