quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

MÉDICOS CONDENADOS POR TRÁFICO DE ÓRGÃOS

Quatro médicos que integravam uma entidade clandestina de transplante no Sul de Minas Gerais foram condenados por comércio ilegal de órgãos. Os acusados começaram a ser investigados em 2001 quando, segundo investigações, causaram a morte de um paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) em Poços de Caldas e venderam os seus órgãos. As apurações realizadas pelo Ministério Público deram origem, em 2002, a uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A decisão ainda cabe recurso.

Segundo a denúncia, na época do crime foram constatadas irregularidades na Irmandade da Santa Casa de Poços de Caldas. A unidade de saúde tinha ligação com a central clandestina MG-Sul Transplantes. A organização operava uma lista própria de receptores de órgãos e manipulava a Associação aos Renais Crônicos, denominada PRO-RIM. Os receptores pagavam pelos tecidos humanos, ainda que o SUS também tivesse custeado os transplantes.

Os médicos C.R.C.F., C.R.F.S. J.A.G.B. foram condenados a 8 anos de prisão e A.C.Z a 11 anos de reclusão. Todos em regime fechado. Os nomes dos acusados não foram divulgados pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Outros dois denunciados tiveram declarada a extinção da punibilidade, pelo fato de terem completado mais de 70 anos de idade. Porém, o juiz da 1ª Vara Criminal de Poços de Caldas, Narciso Alvarenga Monteiro de Castro, determinou a cassação de seus registros médicos.

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