sábado, 1 de dezembro de 2012

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS QUANDO OS FATOS ENVOLVEM LULA E FHC

 O fato envolvendo a secretária de Lula mostra claramente como a mídia brasileira trata o ex-presidente, diante dos acontecimentos  recentes envolvendo Rosemary Névoa de Noronha. Como mostra esta reportagem do jornal 247.

Lula está na alça de mira e o caso da suposta amante é o instrumento que resta para eliminá-lo, depois do julgamento da Ação Penal 470. Os meios de comunicação, no entanto, adotam um comportamento totalmente distinto do dispensado ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que manteve um caso extraconjugal com uma jornalista da Globo, Miriam Dutra, e teve o apoio de todos os grandes veículos para ocultá-lo durante oito anos.

O único jornalista que se dispôs a romper o pacto de silêncio foi Palmério Doria, editor da revista Caros Amigos, que, em 2000, publicou a capa: “Por que a Imprensa esconde o filho de oito anos de FHC com a repórter da Globo?”. Para escrever sua reportagem, Doria resolveu procurar os diretores de redação de várias publicações. Otávio Frias Filho, da Folha, disse que o jornal “não publica assuntos de ordem afetiva enquanto pelo menos uma das partes não se manifestar”. A Editora Abril, por sua vez, se recusou a vender a foto que possuía de Miriam Dutra. Mario Sergio Conti, diretor de Veja, disse o seguinte, aos berros, ao jornalista: “Eu não sou da sua laia; leve a sua calhordice até o fim”. Augusto Nunes, então na Zero Hora, disse que todos os jornais tinham a história e que, se um desse, todos dariam. Aluizio Maranhão, do Estadão, afirmou que não havia provas e que, portanto, o jornal não tinha nenhuma matéria na gaveta. Hélio Campos Mello, da Istoé, utilizou o mesmo argumento.

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