terça-feira, 20 de abril de 2010

GLOBO E SERRA TUDO A VÊ

Antes de completar 24 horas no ar, a campanha institucional em comemoração aos 45 anos da TV Globo foi retirada da programação por decisão da emissora. Motivo: declarações na web de pessoas ligadas à campanha da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, acusando o jingle de embutir, de forma disfarçada, propaganda a favor do pré-candidato do PSDB, José Serra.
A polêmica começou depois de blogueiros traçarem um paralelo entre trechos do jingle da Globo e o slogan da pré-campanha de Serra, “o Brasil pode mais”. No comercial, atores e jornalistas da emissora repetem frases como “todos queremos mais”, “emoção? Mais!”, “educação, saúde, e, claro, amor e paz. Brasil? muito mais”.
O assunto repercutiu no Twitter. O coordenador da campanha online de Dilma, Marcelo Branco, foi um dos que repassaram um dos textos sobre a campanha. Mais tarde, ele procurou contornar: “Sobre o Jingle da Globo: meu RT e comentários foram de caráter pessoal. Eu não falo em nome da Dilma e nem da coordenação”, escreveu em seu microblog. Na linguagem do Twitter, RT significa repassar uma informação de um outro internauta.
Em nota, a emissora argumenta que a campanha foi criada “comprovadamente em novembro do ano passado, quando não existiam nem candidaturas, muito menos slogans eleitorais”.
Alguns comentaristas da web procuraram também apontar uma relação entre a comemoração pelos 45 anos da emissora e o número do PSDB na cédula eleitoral, o 45. “A imagem final parece um cartaz do PSDB, com o fundo azul exatamente naquele tom e o 45. Se tirar o símbolo da Globo e colocar um tucano, fica igual”, escreveu um comentarista do blog RS Urgente, um dos primeiros sites a apontar as semelhanças.
A Globo levou quase uma mês gravando os filmes da campanha de aniversário, que envolvem a participação de cerca de 100 artistas de seu cast declamando o mesmo texto, em uma edição clipada, palavra por palavra. A campanha estreou ontem, no espaço mais nobre da casa, o intervalo do Fantástico, e não deve voltar ao ar em nova versão para evitar novas polêmicas.
WILL NUNES COMENTA: isso mostra a força da internet. Antes o fato aconteceria desapercebido pela população, como o ocorreu no clássico debate de 1989 então os candidatos a presidência Collor e Lula, quando a Globo editou o material deixando transparecer a vitória de Fernando Collor. O mundo mudou, o Brasil mudou, o povo tá mudando. Viva a liberdade de expressão!!!!

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