domingo, 15 de fevereiro de 2015

O DESASTRE TUCANO NO PARANÁ, QUE A MÍDIA INSISTE EM ESCONDER DO POVO


O governador Beto Richa (PSDB) conseguiu, literalmente, empurrar sua base na Assembleia Legislativa para o cadafalso na última quinta-feira, dia 12, no afã de ‘tratorar’ a discussão e impor o pacotaço que tomava de assalto R$ 8 bilhões da poupança previdenciária dos funcionários públicos do Paraná.
Nos bastidores da política, os melhores analistas acreditam que a Assembleia não será a mesma na volta do recesso de Carnaval pelos motivos descritos abaixo.

A exigência para que a Assembleia votasse, custasse o que custasse, as medidas contra os servidores em greve gerou a cena pitoresca com parlamentares da base governistas transportados dentro de um camburão da polícia. Impossível algo mais simbólico para a sociedade já descrente com a política. Richa e sua ‘bancada do camburão’ prestaram mais um desserviço à democracia.
Os funcionários públicos não só derrotaram Richa como continuam em greve, pois têm uma pauta econômica a cobrar do governo tucano que lhe aplicou calotes e descumpriu acordos. Educadores mantêm animado acampamento no Centro Cívico, em Curitiba, e planejam megamarcha dia 19, quinta-feira, entre a Praça Santos Andrade (UFPR) e o Palácio Iguaçu. Mais uma vez os grevistas prometem encurralar Beto Richa.

Durante este feriado de Carnaval, possivelmente os deputados governistas estejam “debaixo da cama” no interior do estado ou viajando para fora do país. Eles temem ser alvo de hostilização pública, como previu recentemente o senador Roberto Requião (PMDB) em sua TV 15. “Deputados vão apanhar nas ruas se votarem contra os funcionários públicos”, previu (clique aqui).
Pode ser que os deputados não apanhem fisicamente, mas, aparentemente, os eleitores paranaenses lhe reservarão uma histórica “surra nas urnas” nas eleições municipais de 2016. É quando esses parlamentares tentarão eleger aliados nas prefeituras para, em troca, em 2018, receber apoio à sua reeleição na Assembleia.

Beto Richa não concorrerá à reeleição. Deverá começar cuidar da própria vida e da sua campanha ao Senado, em 2018. Seu mandado praticamente “acabou” com o espancamento de professoras na Assembleia. Só não ocorreu uma tragédia nesta quinta graças ao bom-senso de policiais, que descumpriram ordens superiores ao se recusarem atirar na massa e reprimir com mais rigor as gentes que ali protestavam por seus direitos.

Diante do possível abandono, boa parte da ‘bancada do camburão’ tende buscar realinhamento em nome da sobrevivência política. Estima-se que a bancada oposicionista saltará de seis para até 20 deputados no pós-Carnaval. Por isso mesmo a Assembleia poderá muito voltar diferente, o que se configuraria num triste fim do governo Beto Richa.

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