À exceção do PSDB e do PSD, a maioria dos partidos aliados está preocupada com a estagnação da pré-candidatura a governador do tucano Pimenta da Veiga, especialmente após seu indiciamento pela Polícia Federal. Eles avaliam que o próprio candidato e o partido reagiram mal ao fogo inimigo (segundo a oposição, é amigo), não deram respostas à altura e deixaram a boataria tomar conta. Os dirigentes partidários revelam que recebem telefonemas do interior querendo informações sobre boatos de troca de nome na chapa majoritária.
Nas redes sociais, a repercussão não poderia ser pior sobre a denúncia que ligou Pimenta a Marcos Valério. O tucano nega irregularidade no fato de ter recebido R$ 300 mil (2004) por serviços advocatícios prestados às empresas do pivô do mensalão tucano (1998) e petista (2005).
Além disso, outras quatro situações reforçam a instabilidade na base: a falta de uma coordenação na campanha; o adiamento da definição da chapa majoritária, embora os nomes sejam conhecidos; o distanciamento do presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, e o avanço do PT que acaba de acertar aliança com o PMDB. Contra a paralisia, defendem a urgente criação de fato novo positivo para reerguer a autoestima da campanha e sugerem o anúncio dos candidatos a vice-governador e a senador, respectivamente, Diniz Pinheiro (PP), presidente da Assembleia Legislativa, e Antonio Anastasia (PSDB), ex-governador.
Sem coragem de assumir ou cobrar, os dirigentes criticam a orientação de adiamento dada por Aécio, que, de acordo com eles, só pensa na própria campanha presidencial. Eles temem que, por conta de acordos nacionais, o tucano tente mudar a composição da chapa. Como a maioria dos deputados, o receio maior é a derrota eleitoral, o que comprometeria o futuro político de todos. Mais do que isso, ao ver o barco à deriva e a falta de crescimento nas pesquisas, a tendência é de buscar abrigo seguro e mais próximo.
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