O reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Clélio
Campolina, pode ser escolhido pela presidente Dilma Rousseff (PT) para
comandar o Ministério da Ciência e Tecnologia. Sem filiação partidária,
de perfil técnico e ligado à educação, seria o nome que mais agrada a
presidente para ocupar uma pasta na Esplanada dos Ministérios. Foi o que
confirmaram várias fontes envolvidas nas negociações.
Campolina enfrenta, porém, um concorrente ministerial. O atual
presidente estadual do PSD, Paulo Safady, corre por fora na disputa. A
presidente teria optado por aumentar de um para dois o número de pastas
comandadas por mineiros.
Bancada
Por enquanto, apenas o ministro do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), representa o Estado. A
bancada de parlamentares reivindica a extensão da influência mineira.
Três partidos iniciaram a disputa: PT, PMDB e PSD. Pelos petistas, o
nome levantado foi o do ex-ministro Patrus Ananias.
Os peemedebistas levaram um nome de perfil técnico e o PSD indicou Paulo Safady.
Quadros
No entanto, Dilma teria alertado que o espaço petista ministerial já
está de bom tamanho. Bem como o do PMDB, que ainda tenta emplacar
quadros de outros estados em algumas pastas.
Pelo apoio do PSD de Gilberto Kassab, a presidente avalia a hipótese de
integrar na equipe o presidente estadual do PSD. A petista nutre
simpatia por Safady, oriundo do setor empresarial.
Mas teria lhe agradado mais a possibilidade de escolher um nome sem
filiação partidária e ligado à educação. Campolina é amigo de Patrus
Ananias e de petistas históricos, como Heloísa Starling – o que
acalmaria, a princípio, o PT.
O Ministério de Ciência e Tecnologia ainda seria uma estratégia para
afastar a pasta do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP).
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