sábado, 1 de março de 2014

ELEIÇÃO: MINAS NÃO FAZ PARTE DOS CINCO ESTADOS QUE MAIS PREOCUPAM A PRESIDENTE DILMA

 
 
 DILMA/JOVEM CIENTISTA
Articulações. Michel Temer e Dilma Rousseff têm mantido conversas sobre as alianças regionais, mas Minas não é preocupação
         
 
 
Minas Gerais não faz parte dos cinco Estados que mais preocupam a presidente Dilma Rousseff quando o assunto é o apoio do PMDB nas eleições estaduais. Diferentemente do que ocorre no Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará, Paraná e Rio Grande do Sul, o PT acredita que a união entre os dois partidos vai ocorrer em solo mineiro.
 
 
Na última quinta-feira, Dilma se reuniu com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) para discutir a parceria entre os dois partidos em composições de chapas majoritárias. Os cinco Estados preocupam porque é forte a tendência de que o PMDB lance candidatura própria ou mesmo decida apoiar os presidenciáveis da oposição – o senador Aécio Neves (PSDB) ou o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
 
Local. Em Minas, porém, a situação pode não ser tão favorável à parceria entre os dois partidos. O próprio ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade (PMDB), reconhece que o apoio de sua sigla aos petistas ainda não é certo. “Vou trabalhar para a união entre PT e PMDB em Minas, mas é uma questão que ainda precisa ser discutida. É o voto da maioria que vai prevalecer”, enfatizou nessa sexta o ministro.
 
Uma ala peemedebista, liderada pelo senador Clésio Andrade (PMDB), quer a candidatura própria e não aceita ocupar apenas a vaga de vice na chapa liderada pelo PT com o ex-ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel. Além do posto de candidato a vice-governador, a contrapartida pelo apoio seria a vaga para a disputa ao Senado. Antônio Andrade defendeu nessa sexta que Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José Alencar, seja o indicado do PMDB para a disputa. O nome de Gomes também foi cotado para vice na chapa que concorre ao governo do Estado.
 
Mesmo admitindo que o tema pode ser levado para a convenção estadual do partido, os peemedebistas avaliam que o retorno de Andrade ao comando da legenda poderá dar novos contornos à discussão. Atualmente, o deputado federal Saraiva Felipe é o presidente, mas já afirmou que a decisão final sobre o apoio ou não aos petistas será definida quando o ministro retomar o posto.
Os peemedebistas estão divididos. Prefeitos e lideranças do interior apoiam a candidatura própria, já os deputados desejam a união com o PT. (Com agências)
 
Palanques
 
Dado. O flerte do PMDB com PSB e PSDB no Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará, Paraná e Rio Grande do Sul preocupa a presidente pela possibilidade de dar palanque à oposição.
 
O mapa das coligações
 
Polarização. Dos cinco Estados, o único que está bem-definido é São Paulo, onde tanto o peemedebista Paulo Skaf (presidente da Federação das Indústrias de São Paulo – Fiesp) quanto o petista Alexandre Padilha (ex-ministro da Saúde) já deixaram claro que farão campanha para a presidente e não para candidatos da oposição.
Ataque. No Rio de Janeiro, em resposta à candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) ao governo, o PMDB vai levar para a convenção estadual a rejeição ao apoio à reeleição de Dilma Rousseff e o apoio ao senador tucano Aécio Neves.
Trocado. No Paraná o imbróglio também é grande. O PMDB ameaça não se unir ao PT e apoiar os pré-candidatos da oposição. O mesmo ocorre no Ceará e Rio Grande do Sul.
Avanço. Apesar de não constar na lista dos cinco, no Mato Grosso do Sul, o PT também enfrenta situação semelhante. O PMDB quer ter como candidato o ex-prefeito de Campo Grande Nelson Trad. Para convencer Trad a abrir mão da candidatura, o governador Delcídio Amaral (PT) poderá oferecer ao PMDB a vaga de vice.

Petistas estão animados com a parceria

No que depender dos deputados estaduais do PT, a união com os peemedebistas já é certa. “Nós temos feito reuniões cotidianas com a bancada do PMDB na Assembleia e a expectativa é a de um consenso no primeiro turno”, declarou o deputado Paulo Lamac (PT).

O mesmo afirmou o deputado Adelmo Carneiro (PT). “A conversa que eu tenho tido com os colegas é muito positiva no sentido de andarmos juntos”. As duas siglas formam na Assembleia o bloco Minas sem Censura.

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