Em resposta ao lançamento do futuro candidato a governador do PSDB, Pimenta da Veiga, com apoio de 15 partidos, a bancada do PMDB na Assembleia Legislativa pediu ontem ao candidato do PT a governador, Fernando Pimentel, para ajudá-la a agilizar a aliança entre os dois partidos. Para isso, os deputados estaduais do PMDB defendem o breve retorno de Antônio Andrade, atual ministro da Agricultura, ao comando partidário.
Andrade é presidente estadual licenciado do PMDB e, em seu lugar, está o interino Saraiva Felipe, que, ao lado do pré-candidato a governador, Clésio Andrade, e do deputado federal Leonardo Quintão formam o tripé contrário a essa aliança e a favor de uma candidatura própria.
O apelo da bancada peemedebista foi feito durante reunião do bloco oposicionista na Assembleia, que, além do PMDB, reúne o PCdoB, o PRB e o PT, com Pimentel. Há certa ansiedade no grupo em função da formação da coligação do PSDB mineiro, que busca, a todo vapor, isolar a oposição, especialmente no interior do Estado, onde é forte a máquina governista.
A ideia dos peemedebistas é que Pimentel, ex-ministro e próximo à presidente Dilma Rousseff (PT), possa convencê-la a liberar Andrade antes do dia 4 de abril (desincompatibilização). A dificuldade, nesse ponto, pode esbarrar na reforma ministerial, travada pelos desentendimentos entre Dilma e o PMDB da Câmara dos Deputados.
Com a executiva sob o comando de Andrade, a estratégia seria criar um fato político em favor da aliança. “Não podemos esperar, e não vamos esperar o mês de junho (convenção) para fazer a aliança. Nós temos que começar a trabalhar juntos já”, observou um dos aliados durante a reunião.
No encontro, ficou claro também que o retorno de Andrade não é o único meio para garantir a aliança entre eles (citado como forte candidato a vice-governador com Pimentel). De acordo com o que foi dito, as centenas de diretórios formados por Saraiva e Clésio ainda não foram homologados pela direção nacional. Segundo eles, a direção nacional quer o PMDB mineiro na aliança e que, se houver obstáculos, ela não efetivará os novos diretórios.
No mês passado, o presidente licenciado do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, e o presidente nacional em exercício, senador Valdir Raup, deram a Pimentel a garantia da coligação.
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