sábado, 22 de junho de 2013

COPA DO MUNDO: NÚMEROS POSITIVOS, PARA A TRISTEZA DOS PESSIMISTAS

O evento esportivo terá efeito multiplicador capaz de quintuplicar os investimentos diretos realizados no país para a viabilização da Copa do MUndo, injetando no total R$ 142,39 bilhões até 2014.

A informação é do estudo "Brasil Sustentável - Impactos Socioeconômicos da Copa do Mundo 2014", desenvolvido pela Ernst & Young em parceria com Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Além do investimento direto de R$ 22,46 bilhões para garantir infraestrutura e organização, a realização da competição deve acarretar em R$ 112,79 bilhões adicionais, considerando os impactos provocados em inúmeros setores interligados, em um efeito dominó com uma série de desdobramentos econômico-sociais.

Segundo o estudo, serão gerados 3,63 milhões de empregos por ano e R$ 63,48 bilhões de renda para a população, impulsionando o consumo interno.

A arrecadação também vai ser beneficiada, com um adicional de R$ 18,13 bilhões para reforçar cofres públicos.

O impacto direto sobre o PIB no período 2010-2014 é de R$ 64,5 bilhões - valor que corresponde a 2,17% do valor estimado do PIB para 2010, de R$ 2,9 trilhões.

Setores

Os setores mais beneficiados pela Copa do Mundo no Brasil serão os de construção civil, alimentos e bebidas, serviços prestados às empresas, serviços de utilidade pública (eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana) e serviços de informação.

No total, essas áreas deverão observar um incremento da produção de R$ 50,18 bilhões.


Do total de R$ 29,6 bilhões que correspondem aos gastos estimados relacionados à Copa (incluindo despesas de visitantes), R$ 12,5 bilhões terão como origem o setor público (42%) e R$ 17,16% bilhões serão provenientes do setor privado (58%).
O investimento para equacionar os principais gargalos estruturais, como a limitação dos aeroportos, deve favorecer também o fluxo turístico.

A perspectiva é de que o número de visitantes internacionais para o Brasil pode crescer 79% até a Copa, podendo ter impacto superior nos anos seguintes.

O estudo aponta que, no período 2010-2014, o número de turistas internacionais deve crescer em 2,98 milhões de pessoas.

"O incremento do turismo traz consigo uma entrada significativa de recursos, que acabam se distribuindo entre os setores de hotelaria, transporte, comunicações, cultura, lazer e varejo", explica José Carlos Pinto, sócio de assessoria da Ernst & Young.

A estimativa é de que só o fluxo induzido pela Copa do Mundo seria responsável por receitas adicionais de até R$ 5,94 bilhões.

As 12 cidades-sede receberão investimentos de infraestrutura da ordem de R$ 14,54 bilhões, que vão muito além da construção ou modernização dos estádios, com significativa influência sobre os PIBs municipais.

Só na reurbanização e embelezamento das cidades, os gastos estão estimados em R$ 2,84 bilhões.
Há ainda investimentos representativos na base de tecnologia de informação em cada cidade, em mídia e publicidade, segurança pública, na expansão e adequação de complexos hoteleiros, soluções de mobilidade urbana e instalação de "fan parks", isto é, grandes parques transformados em espaços de lazer para quem não vai acompanhar os jogos no estádio.

O estudo mostra também que o evento vai beneficiar milhares de micro, pequenas, médias e grandes empresas dos setores industrial, comercial e serviços.

São pelo menos 11 setores listados em que há um contingente expressivo de micro e pequenas empresas, assim como médias e grandes, que serão diretamente atingidas pela Copa - o total estimado é de quase R$ 3 bilhões.

Metodologia

A pesquisa buscou contabilizar todos os efeitos multiplicadores da Copa do Mundo.

O modelo utilizado representa a economia brasileira por meio de 55 atividades econômicas, 110 categorias de produtos e 10 perfis de renda/consumo da população, o que permite estimar os benefícios totais (diretos, indiretos e induzidos) das atividades relacionadas à Copa sobre a produção nacional, emprego, renda, consumo e arrecadação tributária.



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