por Luiz Carlos Azenha
O senador Aécio Neves, possível candidato do PSDB ao Planalto, tem dito que é preciso ouvir o clamor das ruas. Mas, segundo a presidente do SindUTE, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, os tucanos mineiros não praticam o que pregam no discurso: o governo de Antonio Anastasia primeiro tentou proibir na Justiça as manifestações em todo o Estado. Quando a liminar caiu no Supremo Tribunal Federal, reagiu com força desproporcional à presença de manifestantes nas ruas, segundo a avaliação de Beatriz. Além disso, Anastasia não abriu diálogo com os manifestantes, ainda.
Os protestos em Belo Horizonte deixaram de ser marcados pelo espontaneismo. Contam com a participação de várias categorias organizadas. Beatriz, no entanto, desconfia da atuação de policiais infiltrados e relata informações de que integralistas e fascistas de outros estados teriam se deslocado até Minas para atuar nas manifestações. Ainda assim, defende os protestos e acredita que são essenciais para que as demandas populares sejam ouvidas.
Lembrei que o governo federal tem argumentado que a Copa de 2014 representará um investimento de cerca de 24 bilhões de reais e um retorno de R$ 140 bilhões, segundo uma consultoria. Ela responde que a população está frustrada por notar uma grande mobilização e rapidez no investimento público voltado para um campeonato de futebol, mas a mesma urgência não é demonstrada pelos governantes em questões realmente essenciais para a população.
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