segunda-feira, 22 de agosto de 2011

BELO HORIZONTE-MG: SUCESSÃO MUNICIPAL

De olho na disputa do próximo ano envolvendo a reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB), o PDT e o PCdoB, além do PT, também já estão se articulando.

O presidente estadual do PDT, ex-deputado Mario Heringer, chegou a mudar o domicílio eleitoral de Manhumirim para Belo Horizonte.


“Meu nome foi citado por alguns líderes do partido. Quero estar preparado”, afirmou Heringer. Enquanto negociam com o PSB e o PT, as legendas se preparam também para eventuais candidaturas solo. O objetivo é ganhar espaço durante as articulações e ainda ter alguma alternativa que fortaleça a chapa proporcional para os aspirantes a vereadores.

Apesar do discurso de que pode lançar nome próprio, o presidente estadual do PDT admitiu que mantém conversas com Marcio Lacerda para fechar uma possível aliança.
“Estamos conversando há um tempo. Nossa posição é a seguinte: se tivermos condição ou tivermos viabilidade para uma chapa para prefeito, podemos ter candidato. Não sendo assim, a tendência é nos aliarmos a um partido do nosso campo ideológico. PSB e PT são do nosso campo”, resumiu Heringer. Segundo ele, apesar do bom relacionamento com os tucanos em Minas Gerais, ainda não houve conversas para a sucessão municipal.

O PCdoB vive atualmente um cenário semelhante. Quer ter candidatura própria, com a deputada federal Jô Moraes, mas sofre pressões para se coligar ao PSB, uma vez que a eleição de Belo Horizonte estaria sendo vinculada ao apoio socialista à pré-candidatura da deputada federal Manuela D’Ávila, na disputa pela Prefeitura de Porto Alegre (RS). “O PCdoB lançaria candidatura aqui se tivesse chances de alianças. Uma candidatura isolada não representaria todos os setores”, pondera Jô Moraes.

PMDB decide partir para o ataque

Vendo seu principal aliado no plano nacional, o PT, se aliar ao principal adversário na esfera municipal, o prefeito Marcio Lacerda (PSB), o PMDB parte para o ataque. Ameaça não ficar ao lado do PT nas eleições de 2014, quando o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), deve tentar o Governo.

Segundo Quintão, o pleito de 2012 servirá para mostrar a fidelidade envolvendo as duas legendas. “A decisão do PT em 2012 irá influenciar nossa decisão em 2014”, disse, ameaçando levar a insatisfação com os petistas à direção nacional do PMDB. A ideia é pressionar para evitar que as duas siglas caminhem em lados opostos na disputa.

O presidente do PT estadual, deputado federal Reginaldo Lopes, confirmou que as conversas estão adiantadas com Lacerda para a composição em 2012. A despeito das ameaças de Quintão, o ex-presidente Lula prometeu pacificar a base aliada em Minas.
“O PT não conversou isso com o PMDB. Não fomos procurados”, reclamou Quintão, que deve se apresentar como adversário de Lacerda no pleito.

No plano estadual, petistas esperam apoio do aliado peemedebista para a candidatura de Pimentel. Seria uma retribuição à investida derrotada do ex-senador e ex-ministro Hélio Costa (PMDB) em 2010, quando disputou o Governo de Minas tendo o ex-ministro Patrus Ananias como vice.

Diante do provável acerto para o pleito municipal entre PT e PSB, Quintão disse que pode se aliar ao PSDB. “Iniciamos uma conversa para a possibilidade de uma coligação. Pode ser tanto no primeiro ou segundo turno”, afirmou.

Para Marcus Pestana, presidente do PSDB, em caso de candidatura própria os tucanos apostam principalmente nos nomes do secretário nacional da legenda, deputado federal Rodrigo de Castro, e de João Leite.


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