terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

ORION TEIXEIRA: PT E PSDB GUERRA INÉDITA EM MINAS

Sem Lulécio ou Dilmasia, o PSDB e o PT mineiro se enfrentarão, pela primeira vez, no embate direto, pelo controle do Governo mineiro, com efeito imediato sobre a sucessão presidencial. Rivais no plano nacional, há 20 anos, os dois partidos nunca tiveram uma disputa tão equilibrada e aguerrida como a que terão neste 2014. Nas últimas três eleições presidenciais e estaduais, sempre arranjaram um meio de disputar sem o confronto em prejuízo dos petistas locais e dos tucanos nacionais.

Em 2002 e 2006, “deixaram” o eleitor mineiro compor sua própria chapa ao escolher Lula para presidente e Aécio para governador no fenômeno chamado “Lulécio”. Depois, em 2010, o fenômeno se repetiu com o nome de “Dilmasia” (Dilma para presidente e Anastasia para governador). No meio do caminho, em 2008, Pimentel e Aécio se uniram para eleger o empresário Márcio Lacerda (PSB), depois, reeleito, sem o apoio do primeiro. O petista chegou a dizer “vamos unir o melhor do PSDB com o melhor do PT”, acreditando numa dobradinha que o levaria ao Governo do Estado.

O tempo passou, Pimentel foi derrotado duas vezes por Aécio, em 2010 e 2012. Virou ministro do governo Dilma e assimilou, hoje, outra postura. Apesar da amizade remanescente com o tucano, Pimentel está diante da vocação do PT, “brigar até a morte” com o PSDB para governar Minas.

A exemplo do que acontece em São Paulo, há duas décadas, PT e PSDB, em Minas, serão inimigos daqui pra frente. Minas, aliás, será o palco principal da sucessão presidencial em função da pré-candidatura de Aécio Neves. Dilma é mineira, mas, ao contrário dele, a base política dela não é centrada no estado. Os petistas sabem, como os próprios tucanos, que Minas é o único estado onde Aécio não pode perder, por razões óbvias, o Governo do Estado nem a disputa presidencial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário, dúvida ou sugestão.