“Pessoas inteligentes falam sobre idéias; pessoas comuns falam sobre coisas; pessoas mesquinhas falam sobre pessoas”
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
HAJA CALOR E CONSUMO DE ENERGIA
VITTORIO MEDIOLI: O VOTO SERÁ MAIS CRÍTICO
Com a bruxa solta e o clima de fim de festa
no meio político, a pergunta que surge natural neste momento: como será
daqui pra frente e como imaginar as próximas eleições municipais, em
2016?
Falta exatamente um ano, e as coordenadas, que em outras épocas eram previsíveis, estão agora muito incertas. Os nomes de candidatos favoritos inexistem. Pretendentes sobram, mas viabilidade, credibilidade e autoridade para dar consistência à pretensão carecem.
O conceito de partidos – rótulo que engarrafa um conteúdo por demais conhecido e parecido – sofreu uma corrosão até então desconhecida. O que faz a diferença não são os programas, mas são os nomes referenciais. Contudo, até nisso, não existe segurança para prever as condições em que chegarão à data de outubro do ano vindouro, e se chegarão lá.
Embora a incerteza seja a única certeza, o prognóstico favorece quem encarar a “novidade”, a “ética”, a “não submissão aos acertos tradicionais”, a “independência” para poder exercer cargos em favor do bem comum, e não de quem, como o petróleo escancarou, se locupleta com a coisa pública e seus anexos.
Chegar ao nível de conseguir viabilizar uma candidatura, partindo do nada e sendo obrigado a atravessar pedágios, gargalos e complicações das normas eleitorais, representa um desafio terrível para quem não é do meio.
As regras favorecem a manutenção do poder, foram criadas por quem chegou lá e lá quer ficar, cria barreiras intransponíveis para quem não tem faro e faróis para transitar nessa dantesca, no sentido de infernal, “foresta oscura”.
Pode-se imaginar, faltando 12 meses, que o eleitorado exigirá do candidato um perfil despojado, de conversa simples e de propostas moralizadoras e austeras, com passado de respeitabilidade. A tradicional demagogia que prevaleceu em outras eleições não deverá dar resultados compensadores. As redes sociais, no auge que alcançaram, serão a grande novidade apesar do mau uso a que estão expostas.
A crise econômica, com os tormentos que trouxe ao eleitor, deve aumentar a importância dos aspectos éticos dos candidatos, da honestidade. O “rouba, mas faz” já está em crise e mais ainda estará, e quem “faz o que a honestidade permite” deverá ter vantagem.
A mesma onda moralizadora que se levantou em países da Europa, com aspectos desatrelados do clichê político tradicional, vem se formando aqui também, em lugares distantes do que vige nos parlamentos atuais. E, como surpreendeu lá fora, tem tudo para surpreender aqui.
A clareza do discurso, sua simplicidade, a capacidade de convencer que uma administração municipal pode ser acessível a qualquer um. O desmonte da burocracia cartorial e sua substituição por métodos ágeis, econômicos, previsíveis. Acesso aos serviços públicos e sua previsibilidade precisarão ser explicados.
No Brasil as eternas e insolúveis demandas, como educação, saúde pública e segurança, pautarão obviamente as discussões, mas, se anteriormente eram acenadas e prometidas como prioridade, desta vez se exigirá explicação técnica e consistente, mostrando os caminhos para realizá-las.
As dificuldades enfrentadas pelo cidadão e a decepção com administradores que não conseguiram atender os compromissos e as juras anteriores imporão aos candidatos a necessidade de comprovar preparo e capacidade. Os candidatos serão questionados e cobrados como nunca.
O eleitor cansou-se de desperdiçar seu voto.
Falta exatamente um ano, e as coordenadas, que em outras épocas eram previsíveis, estão agora muito incertas. Os nomes de candidatos favoritos inexistem. Pretendentes sobram, mas viabilidade, credibilidade e autoridade para dar consistência à pretensão carecem.
O conceito de partidos – rótulo que engarrafa um conteúdo por demais conhecido e parecido – sofreu uma corrosão até então desconhecida. O que faz a diferença não são os programas, mas são os nomes referenciais. Contudo, até nisso, não existe segurança para prever as condições em que chegarão à data de outubro do ano vindouro, e se chegarão lá.
Embora a incerteza seja a única certeza, o prognóstico favorece quem encarar a “novidade”, a “ética”, a “não submissão aos acertos tradicionais”, a “independência” para poder exercer cargos em favor do bem comum, e não de quem, como o petróleo escancarou, se locupleta com a coisa pública e seus anexos.
Chegar ao nível de conseguir viabilizar uma candidatura, partindo do nada e sendo obrigado a atravessar pedágios, gargalos e complicações das normas eleitorais, representa um desafio terrível para quem não é do meio.
As regras favorecem a manutenção do poder, foram criadas por quem chegou lá e lá quer ficar, cria barreiras intransponíveis para quem não tem faro e faróis para transitar nessa dantesca, no sentido de infernal, “foresta oscura”.
Pode-se imaginar, faltando 12 meses, que o eleitorado exigirá do candidato um perfil despojado, de conversa simples e de propostas moralizadoras e austeras, com passado de respeitabilidade. A tradicional demagogia que prevaleceu em outras eleições não deverá dar resultados compensadores. As redes sociais, no auge que alcançaram, serão a grande novidade apesar do mau uso a que estão expostas.
A crise econômica, com os tormentos que trouxe ao eleitor, deve aumentar a importância dos aspectos éticos dos candidatos, da honestidade. O “rouba, mas faz” já está em crise e mais ainda estará, e quem “faz o que a honestidade permite” deverá ter vantagem.
A mesma onda moralizadora que se levantou em países da Europa, com aspectos desatrelados do clichê político tradicional, vem se formando aqui também, em lugares distantes do que vige nos parlamentos atuais. E, como surpreendeu lá fora, tem tudo para surpreender aqui.
A clareza do discurso, sua simplicidade, a capacidade de convencer que uma administração municipal pode ser acessível a qualquer um. O desmonte da burocracia cartorial e sua substituição por métodos ágeis, econômicos, previsíveis. Acesso aos serviços públicos e sua previsibilidade precisarão ser explicados.
No Brasil as eternas e insolúveis demandas, como educação, saúde pública e segurança, pautarão obviamente as discussões, mas, se anteriormente eram acenadas e prometidas como prioridade, desta vez se exigirá explicação técnica e consistente, mostrando os caminhos para realizá-las.
As dificuldades enfrentadas pelo cidadão e a decepção com administradores que não conseguiram atender os compromissos e as juras anteriores imporão aos candidatos a necessidade de comprovar preparo e capacidade. Os candidatos serão questionados e cobrados como nunca.
O eleitor cansou-se de desperdiçar seu voto.
SAÚDE: A JOÍA DISPUTADA ENTRE PMDB E PT
Saúde, uma pasta milionária
A joia disputada por PMDB e PT*
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
R$ 2,48 bilhões
Hospital Nossa Senhora da Conceição
R$ 1,06 bilhão
Fundação Nacional de Saúde
R$ 2,7 bilhões
Agência Nacional de Vigilância
Sanitária - R$ 847 milhões
Agência Nacional de Saúde Suplementar R$ 307 milhões
Fundação Nacional de Saúde
R$ 102,07 bilhões
*Previsão orçamentária para
2016, segundo levantamento
feito pelo site Contas Aberta
A joia disputada por PMDB e PT*
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
R$ 2,48 bilhões
Hospital Nossa Senhora da Conceição
R$ 1,06 bilhão
Fundação Nacional de Saúde
R$ 2,7 bilhões
Agência Nacional de Vigilância
Sanitária - R$ 847 milhões
Agência Nacional de Saúde Suplementar R$ 307 milhões
Fundação Nacional de Saúde
R$ 102,07 bilhões
*Previsão orçamentária para
2016, segundo levantamento
feito pelo site Contas Aberta
NOVO MINISTRO DA SAÚDE
Escolhido para ocupar a pasta pela bancada do PMDB na Câmara, o deputado
federal Marcelo Castro (PMDB-PI) está em seu quinto mandato
consecutivo. Formado em Medicina pela Universidade Federal do Piauí
(UFPI), em 1974, ele é doutor em psiquiatria pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ). O novo ministro da Saúde já encabeça o
movimento a favor da recriação da CPMF para o financiamento do setor. O
peemedebista já defendeu inclusive que o chamado imposto do cheque seja
permanente e propôs uma fórmula excêntrica na qual a taxa seria cobrada
"tanto no crédito quanto no débito". As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
A ELEIÇÃO NAS GRANDES CIDADES DE MINAS
O adiamento para abril do prazo máximo de mudança de partido para quem
pretende disputar as eleições deu fôlego aos partidos para a montagem de
chapas para a disputa do ano que vem, quando serão escolhidos prefeitos
e vereadores. Mas as conversas envolvendo os maiores colégios
eleitorais do estado continuam a todo vapor. Minas Gerais poderá ter
segundo turno em oito cidades, já que Governador Valadares superou ano
passado a casa dos 200 mil eleitores e, pela primeira vez, deve ter uma
disputa em dois turnos.
Além de Valadares e de Belo Horizonte, o pleito
também pode acontecer em duas etapas nos municípios de Uberlândia,
Contagem, Juiz de Fora, Betim, Montes Claros e Uberaba. Juntas, essas
cidades somam 4 milhões de eleitores, ou cerca de 26% do eleitorado
mineiro.
POSSE DOS NOVOS MINISTROS
AFP
Anúncio dos nomes foram feitos na sexta-feira (2) pela presidente Dilma Rousseff
Os dez ministros que assumem nesta segunda-feira são: Ricardo Berzoini (PT), na Secretaria de Governo; Miguel Rossetto (PT), no Ministério do Trabalho e Previdência Social; Nilma Lino Gomes, no Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos; Marcelo Castro (PMDB), no Ministério da Saúde; Aloizio Mercadante (PT), no Ministério da Educação; Jaques Wagner (PT), na Casa Civil; Aldo Rebelo (PCdoB), no Ministério da Defesa; Celso Pansera (PMDB), no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Helder Barbalho (PMDB), no Ministério dos Portos e André Figueiredo (PDT), no Ministério das Comunicações.
Ao anunciar as medidas, a presidenta disse que com essas iniciativas, que terão que ser reforçadas permanentemente, o objetivo é contribuir para que o Brasil saia mais rapidamente da crise, crescendo, gerando emprego e renda. "Essa reforma vai nos ajudar a efetivar as medidas já tomadas para o reequilíbrio fiscal e aquelas que estão em andamento", acrescentou.
PT DE OLHO NA PREFEITURA DE BH
Engana-se quem pensa que o PT está fora do páreo em Belo Horizonte. Temos muitas chances”, afirmou neste fim de semana o presidente do partido na capital, Miguel Correa. Secretário no governo Pimentel e com a máquina partidária na mão, ele é o principal pré-candidato petista à sucessão de Lacerda. E parece mais motivado do que nunca: sua aposta é que o capital político de Pimentel sustenta uma campanha forte e competitiva
700 MILHÕES DE PESSOAS NA MISÉRIA
“Esta é a melhor notícia no mundo de hoje – estas projeções mostram
que somos a primeira geração na história humana que pode acabar com a
pobreza extrema”, disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, que
realiza sua reunião anual de 9 a 11 deste mês, em Lima, juntamente com o
Fundo Monetário Internacional (FMI).
De acordo com projeções do Banco Mundial, cerca de 702 milhões de
pessoas, ou seja 9,6% da população mundial, vão viver abaixo da linha da
pobreza este ano, principalmente na África Subsaariana e na Ásia. Em
2012, o total era de 902 milhões, ou seja, cerca de 13% da população
mundial. Em 1999, o percentual era 29%.
POLÍTICOS NA MIRA DA PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA
METADE DA POPULAÇÃO QUER BANDIDO MORTO
Para a pergunta se bandido bom é bandido morto, 50% disseram
concordar, 45% discordaram e o restante não soube responder ou não
concorda nem discorda. Como a margem de erro é de três pontos
percentuais, para mais ou para menos, há empate técnico, e a pesquisa
indica a sociedade dividida.
Para o sociólogo Renato Sérgio de Lima, vice-presidente do Fórum
Brasileiro de Segurança Pública, essa divisão no país é um bom sinal.
“Como o copo está meio cheio e meio vazio, metade da população é contra
[à afirmação], e isso pode ser visto com uma janela para a construção de
políticas públicas. Há espaço para muda
PETROBRAS GASTA MILHÕES PARA REALIZAR INVESTIGAÇÕES
Segundo revelou a Folha de São Paulo, a Petrobras gastará R$
200 milhões com a contratação de escritórios de advocacia para a
realização de investigações internas sobre os crimes revelados pela
Operação Lava Jato. Os contratos foram assinados após a posse do atual
presidente da estatal, Aldemir Bendini, com dois escritórios de
advocacia e uma assessoria para apurar “natureza, extensão e impacto das
ações cometidas no contexto da Operação Lava Jato”.
Os contratos foram feitos com dispensa de licitação. A estatal
argumenta que são “serviços técnicos de natureza singular” e, nesses
casos, a legislação permite a contratação direta das empresas. A
Petrobras se recusou a fornecer cópias dos contratos, por conterem
“informações estratégicas”. Também não detalhou os serviços a serem
prestados nem explicou por que os contratos atingiram tais valores.
MONTES CLAROS: TEM GENTE DA OPOSIÇÃO DEIXANDO O BARCO
CARTÕES: CONCORRÊNCIA
As novas regras são marginalmente negativas para as líderes do
segmento de adquirência, Cielo e Rede, à medida que reforçam a sua
abertura, mas facilitam a vida de novos entrantes.
PAPA ABERTO PARA AS MUDANÇAS
O papa Francisco disse hoje (5) que a Igreja “não é um museu”, mas um
local para o progresso, dirigindo-se aos 360 participantes do Sínodo
dos Bispos, no início de três semanas de debates. Ele pediu espírito de
“solidariedade, coragem e humildade” no momento em que a Igreja Católica
vai abordar temas sensíveis,como a comunhão para divorciados que voltam
a se casar e a homossexualidade.
A Igreja “não é um museu para manter ou preservar. É um lugar onde o
povo santo de Deus avança”, declarou o papa. Na missa de abertura do
sínodo nesse domingo, o papa defendeu o casamento e os casais
heterossexuais, mas também insistiu em que a Igreja deve ter “as portas
abertas para receber todos os que a procuram”. A 14ª Assembleia
Ordinária do Sínodo dos Bispos, que ocorre até o dia 25 no Vaticano, tem
como temas centrais os desafios, a vocação e a missão das famílias
católicas no mundo atual, analisados ao longo de 147 artigos do
documento de trabalho, apresentado em junho à imprensa.
AGENTES DE SAÚDE: REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO
“O PL trata também do adicional de insalubridade, formação
profissional, necessidade de debater plano de cargos e carreiras, Bolsa
Moradia e mais um conjunto de direitos, sejam previdenciários ou
trabalhistas”, afirma.
MERCADANTE DE VOLTA A EDUCAÇÃO
Ao deixar de ser o braço-direito da presidente Dilma na Casa Civil, o
ministro Aloizio Mercadante tentava mostrar que saiu por cima ao migrar
para o Ministério da Educação. “Estou muito feliz com o meu retorno para
a pasta”, dizia aos que o cumprimentavam na cerimônia em que a
presidente anunciou as mudanças.
PSDB E A DIREITA
Embora façam um discurso de que não querem se confundir com a direita,
os tucanos estão cada vez mais nas mãos desses movimentos sociais para
mobilizar as ruas pelo impeachment da presidente Dilma. Os tucanos não
admitem isso oficialmente, mas se associaram a esses grupos por ausência
de força própria. Sobre o peso da opinião pública sobre a definição do
voto, um quadro da oposição diz que ela afeta candidatos a prefeituras,
governos e Senado. Explica que à exceção de estados, como São Paulo, e a
algumas regiões metropolitanas, os candidatos ao Legislativo estão mais
sujeitos às chuvas e trovoadas dos interesses locais dos eleitores.
A DERROTA DOS EMPRESÁRIOS
Os empresários já vinham perdendo sua força política. Mas agora, de
acordo com analistas, foram feridos de morte com a decisão do STF,
presidido pelo ministro Ricardo Lewandowski, proibindo o financiamento
eleitoral pelas empresas. O poder de barganha junto aos governos e ao
Parlamento vai se reduzir. Suas teses ficarão submetidas ao pragmatismo
dos políticos e à difusa sintonia com a opinião pública.
MONTES CLAROS: RUY E O XADREZ POLÍTICO
O prefeito de Montes Claros Ruy Muniz vai mexendo com inteligência o xadrez político na cidade. Astuto, conseguiu atrair numa jogada de mestre o PSB e ratificar o PSDB ao seu projeto político de pré-candidatura a reeleição, criando uma série de especulações sobre o seu futuro partidário, que virou manchete na imprensa local com suas manobras positivas.
Já a oposição parece ter sentido o golpe. Precisa agora recuperar o fôlego e a sua capacidade de reação. Claro que ainda vai passar muita água debaixo da ponte.
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