Petistas estão sendo hostilizados em restaurantes cinco estrelas. Mas políticos da oposição dizem que “o mar não está para peixe”. Governistas e de oposição contam que muitos prefeitos, sobretudo no Sudeste, não os querem por lá devido à crise econômica e ao ambiente geral de crise ética. Prefeitos desmarcam agendas com deputados ou fazem o alerta de que essa não é uma boa hora para visitas. Um tucano explica que a maioria da população não diferencia os fatos. Mesmo que os petistas sejam os mais afetados, todos sofrerão algum tipo de prejuízo. “O eleitor não acredita em ninguém”, resume o senador tucano. Por isso, avalia que as eleições futuras serão desafiadoras.
“Pessoas inteligentes falam sobre idéias; pessoas comuns falam sobre coisas; pessoas mesquinhas falam sobre pessoas”
terça-feira, 27 de outubro de 2015
LEI DO TURISMO ESTIMULA A CULTURA
“O Brasil tem se consolidado como um importante palco para festivais e eventos culturais e, por isso, essa é uma grande conquista para o turismo brasileiro. Não é possível desassociar o turismo do mercado de eventos. É um mercado que aumenta consideravelmente o fluxo de visitantes e dinamiza a economia”, afirma o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves.
CRESCE A DENGUE NO PAÍS
O número, de acordo com o ministério, é quase o triplo do registrado no mesmo período do ano passado, quando 524.441 pessoas ficaram doentes. De acordo com o boletim, a alta de registros foi puxada pelo Sudeste, que concentra 64% dos casos. Os quatro Estados da região somaram 937.599 pessoas infectadas.
PREFEITOS TAMBÉM QUEREM A CPMF
Criada no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) com o objetivo de financiar a saúde, a Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) foi extinta pelo Congresso Nacional em 2007. À época, também tributava as operações financeiras em 0,38%.
O AVANÇO DO WHATSAPP
Entre os brasileiros que possuem um aparelho celular, nada menos que 60,6% já instalaram o aplicativo Whatsapp, muito usado para fazer ligações telefônicas; recentemente, o presidente da Telefônica Brasil, Amos Genish, comparou o aplicativo da rede social a um serviço "pirata"; no entanto, o avanço da tecnologia parece inevitável
O CONTRA FOGO DO PT CONTRA A CAMPANHA DE AÉCIO
O PT decidiu reagir à ofensiva tucana contra o mandato da presidente Dilma Rousseff e ingressou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral, em que contesta a prestação de contas do candidato derrotado Aécio Neves (PSDB-MG); segundo o Coordenador Jurídico, Flávio Caetano, "dentre as irregularidades identificadas na prestação de contas de Aécio, estão problemas em 2.397 recibos eleitorais, o que representa 78% do total de recibos apresentados pelo candidato do PSDB a presidente"; entre as inconsistências, o PT aponta um depósito em dinheiro de R$ 1,2 milhão, um outro no mesmo valor feito pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), a utilização de servidores públicos lotados no gabinete do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) e a contratação de uma cooperativa ligada ao governo de São Paulo; na opinião de Caetano, "os fatos são de extrema gravidade, e podem ensejar a desaprovação de contas pelo TSE, além de rigorosa apuração pela Procuradoria da República, de eventual prática de crime eleitoral e atos de improbidade administrativa"
PEQUISA MOSTRA DESENCANTO COM DILMA
Da Agência Brasil
A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff subiu de 7,7%, em julho, para 8,8%, em outubro, indica pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) ao instituto de pesquisa MDA, divulgada hoje (27). De acordo com a pesquisa, 70% dos entrevistados reprovam o governo. Na pesquisa anterior, divulgada em julho, o percentual era de 70,9%.
Em outubro, a pesquisa aponta que 1,3% consideram o governo ótimo; 7,5%, bom; 20,4%, regular; 18,1%, ruim; 51,9%, péssimo; não sabem ou não responderam (0,8%). No levantamento anterior (julho), 1,5% consideravam o governo Dilma ótimo; 6,2%, bom; 20,5%, regular; 18,5%, ruim; e 52,4%, péssimo.
Desempenho pessoal
Sobre o desempenho pessoal da presidenta Dilma, 15,9% aprovam e 80,7% desaprovam. Na pesquisa anterior, os percentuais eram 15,3% e 79,9% respectivamente. O percentual de entrevistados que não sabe ou não respondeu foi de 3,4%, ante os 4,8% da coleta anterior.
O Instituto MDA ouviu 2.002 pessoas, em 24 unidades da Federação, entre os dias 20 e 24 de outubro. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
WILL NUNES:
Sinceramente é duro observar que o governo insista em não tomar medidas importantes para o país sair desse marasmo. Sabemos que não existe soluções milagrosas, mas decisões eficientes. É isso que o povo brasileiro espera da Dilma. Acorda presidenta!
LUIS NASSIF: DILMA PARALISADA DIANTE DA CRISE
A cara da mulher que atacou o senador Eduardo Suplicy na Livraria Cultura espalhou-se pelas redes sociais e é o espelho da sociedade brasileira atual. A primeira reação a ela é de ódio profundo. Mas basta uma pequena reflexão para saber que não é ela, uma pobre coitada. Aquela figura horrenda, berrando como uma harpia da mitologia chocou menos pelo que ela é, mais pelo que passou a simbolizar: o quadro político atual, o fracasso da elite brasileira, em todos seus ângulos – político, empresarial, intelectual, jornalístico – ter permitido que a decadência da política abrisse espaço para o protagonismo do imbecil coletivo.
Nas redes sociais de esquerda ouviam-se brados de vingança contra a figura, usando o mesmo tom vociferante da direita contra arroubos de esquerdistas.
Tempos atrás a Lava Jato mandou à prisão uma cunhada de tesoureiro do PT meramente porque sacou dinheiro em um caixa eletrônico. A reação contrária foi exigir que a mesma PF prendesse a esposa de Eduardo Cunha.
Nesse ódio sem quartel, direitos individuais, abusos de autoridades, golpismo escancarado, tudo é relevado com receio de encarar a grande besta: o imbecil coletivo.
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Esse ódio exacerbado reflete algo mais profundo: a falta de um projeto de país ou, no mínimo, de sinais de que o país pode começar a andar. Só que o primeiro passo é da presidente da República que, até agora, não manifestou o menor gesto em direção à normalização econômica.
Ontem, na cerimônia de premiação das Empresas Mais Admiradas, da Carta Capital, o novo Ministro-Chefe da Casa Civil Jacques Wagner fez um apelo para que o país supere a Lava Jato e comece a andar.
Na semana passada, o Ministério da Fazenda estimou em dois pontos o efeito da Lava Jato e da redução de investimentos da Petrobras sobre o PIB (Produto Interno Bruto), devido à paralisação virtual de toda a cadeia do petróleo.
Durante o ano, Dilma Rousseff recebeu diversas sugestões para resolver a questão da Lava Jato sem paralisar a economia. Todas elas em uma direção absolutamente legítima: penalizar os controladores preservando as empresas.
Ou seja, acordos que contemplassem multas e indenizações pesadas para os controladores das companhias. Para pagar, eles teriam que vender parte ou a totalidade do seu capital. O dinheiro recebido serviria para quitar as pendências decorrentes do acordo, sem afetar o caixa da empresa.
O próximo passo da crise do petróleo será nos portfolios dos bancos, às voltas com inadimplências gigantescas. E a presidente não mostra nenhuma estratégia em relação a um ponto crucial.
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No evento da Carta Capital, dois economistas com visões distintas cobravam o mesmo: decisões que mostrassem ao país que a presidente voltou ao jogo econômico. Delfim Netto pedia desvinculações orçamentárias e medidas na área da Previdência; Luiz Gonzaga Belluzzo pedia uma política monetária mais flexível, posto que a atual é suicida. E ambos concordavam que, sem acenar para perspectivas de crescimento, a presidente não conseguiria sair do lugar.
Delfim criticou pesadamente as interpretações dadas às pedaladas. Sustentou que todos os governantes recorrem a tal prática e que não há o menor sentido em criminalizá-la.
Não haverá impeachment porque o país amadureceu e não permitirá golpes. A democracia exige que Dilma Rousseff seja suportada até o último dia. Caberá à presidente definir a maneira como isso ocorrerá: se com um mínimo de cenário positivo pela frente ou com o profundo desânimo que caracteriza a perspectiva futura de seu governo.
FERNANDO HENRIQUE CRÍTICA LULA, MAS ESCONDE FATOS NEGATIVOS DO SEU GOVERNO
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, 84 anos, reafirmou na noite de segunda-feira considerar a presidente Dilma Rousseff uma pessoa “honrada”, mas não fez a mesma observação em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Não vejo a Dilma pessoalmente envolvida (em corrupção). Quanto ao Lula tenho que esperar pra ver, tem muita coisa pra ser passada a limpo”, disse no programa Roda Viva, da TV Cultura.
“Acho até que elas tentou se livrar de muitas dessas coisas e não conseguiu”, disse FHC sobre a dificuldade, a seu ver, de Dilma em enfrentar estruturas de corrupção já instaladas na máquina estatal. “Ela é pessoalmente honrada, mas politicamente ela também é responsável”, ressalvou ao avaliar que não é possível um presidente não saber que há algo de errado quando existe um esquema de corrupção do tamanho que existia na Petrobras.
FHC disse brevemente que considera aceitável um ex-presidente dar palestras pagas por empresas, mas que vê com receio a atitude de “abrir portas”, em especial quando essa ponte é feita para alguma empreiteira específica.
WILL NUNES:
As críticas de Fernando Henrique a Lula, esconde fatos negativos do seu governo que foi marcado por muitos escândalos hoje omitidos pela a grande mídia, mas que também fazem parte da era FHC. Acompanhe alguns:
As críticas de Fernando Henrique a Lula, esconde fatos negativos do seu governo que foi marcado por muitos escândalos hoje omitidos pela a grande mídia, mas que também fazem parte da era FHC. Acompanhe alguns:
Fatos ocorridos durante o governo de Frnando Henrique: média de crescimento da economia brasileira, ao longo da década tucana, foi a pior da história, em torno de 2,4%.
Um dos primeiros gestos de FHC ao assumir a Presidência, em 1995, foi extinguir, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e composta por representantes da sociedade civil, que tinha como objetivo
combater a corrupção.
combater a corrupção.
O inesquecível PROER: Em 1995 o ex-presidente Cardoso deu uma amostra pública do seu compromisso com o capital financeiro e, na calada de uma madrugada de um sábado em novembro de 1995, assinou uma medida provisória instituindo o PROER, um programa de salvação dos bancos que injetou 1% do PIB no sistema financeiro
As campanhas de FHC em 1994 e em 1998 teriam se beneficiado de um esquema de caixa-dois. Em 1994, pelo menos R$ 5 milhões não apareceram na prestação de contas entregue ao TSE. Em 1998, teriam passado pela contabilidade paralela R$ 10,1 milhões.
A privatização do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de FHC e do senador José Serra e ex-diretor da Área Internacional do Banco do Brasil, é acusado de pedir propina de R$ 15 milhões para obter apoio dos fundos de pensão ao consórcio do empresário Benjamin Steinbruch, que levou a Vale, e de ter cobrado R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar.
O instituto da reeleição foi obtido por FHC a preços altos. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Os deputados foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara.
Conversas gravadas de forma ilegal foram alguns capítulo à parte no governo FHC. Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende. Até FHC entrou na história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.
FHC se reelegeu em 1998 com um discurso que pregava "ou eu ou o caos". Segurou a quase paridade entre o real e o dólar até passar o pleito. Vencida a eleição, teve de desvalorizar a moeda. Há indícios de vazamento de informações do Banco Central. O deputado Aloizio Mercadante, do PT, divulgou lista com o nome dos 24 bancos que lucraram muito com a mudança cambial.
Foram apurados desvios de R$ 1,4 bilhão em 653 projetos daSuperintendência de Desenvolvimento do Nordeste, a Sudene.
LULA COMEMORA HOJE 70 ANOS
A Origem
O sertanejo é antes de tudo um forte. Cunhada pelo escritor Euclides da Cunha, a frase parece se ajustar à personalidade de Lula desde seu nascimento. Nordestino, pobre, sétimo filho de um casal de lavradores analfabetos, Luiz Inácio Lula da Silva nasceu em 1945 numa casa de dois cômodos e chão de terra batida no Semiárido pernambucano. Sem luz, água encanada, banheiro ou sapatos, o menino tinha 7 anos quando montou num pau-de-arara e, cumprindo a sina de milhares de outros brasileiros, "despencou" para o sul-maravilha com a mãe e os irmãos, a fim de reencontrar o pai, que havia retirado semanas antes de Lula nascer, em busca de uma vida melhor longe da seca e da miséria. Instalado no litoral paulista, Lula começa a trabalhar ainda criança, no cais de Santos, para ajudar nas despesas de casa. Ambulante aos 8 anos e engraxate aos 9, vira ajudante de tinturaria no início da adolescência, quando muda-se para São Paulo com a mãe, agora separada do pai, e os irmãos solteiros. Conclui o ginásio e, empregado numa metalúrgica aos 14 anos, é admitido no curso técnico de torneiro mecânico do Senai.
O Brasil avança com a lufada desenvolvimentista promovida pelo presidente Juscelino Kubitschek. A região do ABC, na Grande São Paulo, torna-se a mais industrializada do país, atraindo algumas das principais metalúrgicas do mundo, como as motadoras Scania e Volkswagen. Sertanejo e forte, Lula é um dos muitos migrantes nordestinos a se instalar no chão da fábrica e fazer da metalurgia a sua profissão. Ele tem 17 anos quando perde o dedo mínimo da mão esquerda num acidente de trabalho, em 1963, e 18 por ocasião do golpe militar, em 1964. O fim das liberdades democráticas, a disseminação da censura e a instalação do aparato repressivo coincidem com um longo período de retração da economia, acompanhada de desemprego, abusos trabalhistas e inflação.
Ainda fascinado com o tamanho e as possibilidades da cidade grande, uma realidade muito melhor do que a da seca de Pernambuco, Lula é convencido por um irmão, militante do então clandestino Partido Comunista Brasileiro, a frequentar reuniões no sindicato. Pela primeira vez, trava contato com as agruras da classe trabalhadora e aprende expressões como arrocho salarial, caristia e fundo de greve. Negociador habilidoso, é convidado a ocupar uma vaga de suplente na diretoria do sindicato que viria a ser eleita no início de1969, inaugurando assim sua trajetória de líder sindical.
A Atividade Sindical
A vida continua a impor desafios a Lula e cobra um preço alto. "Vai melhorar", ele ouve constantemente de sua mãe, Dona Lindu. Torneiro mecânico e suplente da diretoria do sindicato, Lula se casa aos 23 anos. Dois anos depois, perde a mulher, grávida de oito meses, vítima de uma hepatite agravada por uma anemia e pela negligência dos profissionais de saúde que a atenderam. O filho, um menino, também não resiste. Para driblar a depressão, mergulha no trabalho e, habilidoso, é convocado a assumir um cargo na diretoria do sindicato, trocando pela primeira vez o turno na fábrica por uma sala na sede da entidade. Elaborado o luto pela morte de Lourdes, volta a frequentar bares e festas e engata um namoro atrás do outro. Com Miriam Cordeiro, uma das namoradas, tem a primeira filha, Lurian. Casa-se pela segunda vez, com a também viúva Marisa Letícia, com quem teria três filhos (Lula também registraria o enteado Marcos, filho de Marisa que não chegou a conhecer o pai biológico). Em 1975, antes de completar 30 anos, é Lula quem assume a presidência do sindicato.
A segunda metade dos anos 1970 é caracterizada pela radicalização dos movimentos reivindicatórios da classe trabalhadora. Uma vez reprimida violentamente toda forma de oposição à ditadura, do movimento estudantil às organizações armadas, passando pela cassação de parlamentares e proibição de partidos, a atividade sindical vira uma espécie de ponta de lança da contestação, atraindo o entusiasmo e a solidariedade de militantes de esquerda que já não encontravam espaço para atuar em suas áreas de origem, da Igreja à Universidade. Entre 1978 e 1980, Lula comanda greves gerais que assumem proporções impensáveis, firmando-se como o maior nome da oposição no cenário político do país. Em 19 de abril de 1980, é preso e passa 31 dias na cadeia. (https://www.youtube.com/watch?v=_lDcpLOlKu8) Libertado, retoma a atividade sindical e política. Fundar um partido para conquistar espaço nas esferas decisórias, tanto no Executivo quanto na formulação de leis mais justas para os trabalhadores, torna-se uma meta, uma missão inevitável.
A Trajetória Política
Surge o maior e mais importante partido político da redemocratização. Concebido no cotidiano de lutas do movimento sindical, o PT é prontamente apoiado e influenciado por intelectuais, religiosos, artistas, estudantes e militantes egressos da luta armada. Lula é seu primeiro presidente. Em pouco mais de duas décadas, sua presença incisiva e quase onipresente como porta voz dos trabalhadores, e principal líder da oposição, deixaria marcas importantes no modelo de democracia instalado no país. Nesse período, foi provavelmente o principal articulador e incentivador da Central Única dos Trabalhadores, cuja diretoria não pôde integrar em razão da atividade política partidária; organizou um comitê supra-partidário em prol das eleições diretas e promoveu o primeiro grande comício das Diretas Já, ainda em 1983; foi o deputado federal mais votado do Brasil em 1986; atuou na formulação da Constituinte, garantindo a inclusão de direitos civis e sociais como o direito à greve, a licença-maternidade de 120 dias e a redução da jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais; epor muito pouco não foi eleito o primeiro presidente da República após 29 anos sem eleições diretas.
Nos anos 1990, esteve à frente do Instituto Cidadania, no qual foram formuladas algumas das mais significativas políticas públicas implementadas na década seguinte, como o Fome Zero, e presidiu o PT na campanha pelo Impeachment de Collor e por ocasião da implementação de algumas das mais importante CPIs do período, como a que denunciou a violação do painel do Senado, em 1991, e o escândalo dos anões do Orçamento, em 1993. Ao longo dos oito anos de administração de Fernando Henrique Cardoso, fez oposição à política econômica recessiva, à manipulação do câmbio de modo a manter a moeda artificialmente forte, à compra de votos em troca da aprovação do projeto de lei que garantiu o direito à reeleição, em 1997, e à mal gestão do dinheiro público em programas como o Proer, de recuperação de instituições financeiras, e em privatizações de empresas como a Vale, leiloada por um preço bem abaixo do que de fato valia. Após três campanhas eleitorais frustradas, Lula foi finalmente eleito presidente da República em 27 de novembro de 2002.
A Presidência da República
Lula é o primeiro operário a instalar-se como inquilino no Palácio do Alvorada. Seus dois governos são marcados principalmente pela implementação bem sucedida de programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família, e de acesso dos mais pobres a linhas de crédito, salários mais altos, geração de empregos e melhor qualidade de vida em educação (Prouni, 14 universidades criadas...), moradia (Minha casa, minha vida), infra-estrutura e saneamento (Luz para Todos, Programa de Aceleração do Crescimento) e outros. A relação do governo com a população ganha uma outra qualidade, com a realização de mais de 70 conferências nacionais e a abertura sistemática do Palácio do Planalto a diferentes grupos da sociedade civil organizada. Reeleito para um segundo mandato, Lula realiza o feito inédito de eleger sua sucessora, Dilma Rousseff, e chega ao final do governo com recorde de popularidade: sua administração é aprovada por 87% da população em dezembro de 2010, diz o Ibope. As estatísticas de desemprego e de famílias abaixo da linha de pobreza são as menores desde o início dessas medições.
Pós- Presidência
De volta ao Instituto Cidadania, agora convertido em Instituto Lula, mas ainda instalado no mesmo endereço em que estava antes do governo, no bairro paulistano do Ipiranga, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assume uma agenda internacional de chefe de estado, realizando palestras e promovendo seminários em diversos países. A integração da América Latina e o combate à fome na África estão entre as novas prioridades do Instituto, bem como a elaboração de estratégias capazes de promover o crescimento econômico sem sacrificar a justiça social, a distribuição de renda, o desenvolvimento e o consumo. Em 2012, Lula supera um câncer na laringe que fora diagnosticado no ano anterior. E, desde junho de 2013, publica um artigo mensal, distribuído a dezenas de países pela agência de notícias do diário americano New York Times.
MONTES CLAROS: A POLÊMICA SOBRE A FILIAÇÃO DO PREFEITO TEM NOVO CAPÍTULO
A novela envolvendo a filiação do prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz tem mais um capitulo. Na edição de Hoje (27) do jornal hojeemdia na coluna de Orion Teixeira, saiu a seguinte nota:
Ruy Muniz disputará pelo PSB
Ao contrário do que foi informado aqui, o prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz, será candidato à reeleição pelo PSB. A direção partidária investiga a origem da divulgação feita, em nome da legenda, de que Muniz teria sido vetado por unanimidade.
QUEM NÃO PAGAR O IPVA TERÁ O NOME NO SPC
Em meio à crise econômica e a baixa arrecadação, o Estado mira no motorista inadimplente na busca por um reforço de R$ 145 milhões no caixa. Nada menos que 69.902 mineiros em débito com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) foram inscritos na dívida ativa e estão sujeitos a ter o nome sujo no mercado.
Um decreto publicado em 2012 permite à Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) protestar em cartório os valores em favor do governo referentes ao IPVA. Porém, a lei só começou a ser cumprida neste ano e os devedores foram, automaticamente, incluídos no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).
Em 2015, apenas 29% dos contribuintes protestados em Minas quitaram as dívidas. Ao todo, R$ 55 milhões foram pagos por 29.807 proprietários de automóveis. Segundo a SEF, os débitos vêm desde 2011. Antes da inscrição na dívida ativa, o pagamento do imposto pode ser feito em bancos credenciados. Após o cadastro negativo, é preciso retirar o documento de arrecadação junto às administrações fazendárias do Estado.
Um decreto publicado em 2012 permite à Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) protestar em cartório os valores em favor do governo referentes ao IPVA. Porém, a lei só começou a ser cumprida neste ano e os devedores foram, automaticamente, incluídos no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).
Em 2015, apenas 29% dos contribuintes protestados em Minas quitaram as dívidas. Ao todo, R$ 55 milhões foram pagos por 29.807 proprietários de automóveis. Segundo a SEF, os débitos vêm desde 2011. Antes da inscrição na dívida ativa, o pagamento do imposto pode ser feito em bancos credenciados. Após o cadastro negativo, é preciso retirar o documento de arrecadação junto às administrações fazendárias do Estado.
JÂNIO DE FREITAS: AÇÃO CONTRA O FILHO DE LULA PODE CRESCER O EX-PRESIDENTE
"Caso não se mostre justificado o capítulo que a Polícia Federal iniciou com a operação na empresa de Luis Cláudio, a consequência mais provável é que Lula se lance à reconquista do poder. Com a determinação de quem vê uma só reparação à altura, vital mesmo", diz o jornalista Janio de Freitas; "A realidade brasileira já está semeada para uma tal disposição"
27 DE OUTUBRO DE 2015 ÀS 05:30
247 – Na coluna Filho da política, o jornalista Janio de Freitas argumenta que o ex-presidente Lula, que se sente agredido com a ação policial realizada ontem na empresa de Luis Claudio Lula da Silva, um de seus filhos, pode se lançar à reconquista do poder.
"Qualquer que seja a resposta futura, uma certeza ficou estabelecida desde a chegada da PF, às 6 horas da manhã, à LFT Marketing Esportivo: a par do seu formalismo apenas policial/judicial, é um fato político. Importante. Além dos reflexos imediatos que possa gerar, tem propensão a projetar efeitos sobre o futuro da política brasileira", diz Janio de Freitas.
"Caso não se mostre justificado o capítulo que a Polícia Federal iniciou com a operação na empresa de Luis Cláudio, a consequência mais provável é que Lula se lance à reconquista do poder. Com a determinação de quem vê uma só reparação à altura, vital mesmo. A realidade brasileira já está semeada para uma tal disposição."
O jornalista argumenta, ainda, que não houve ânsia de vazamentos, na Zelotes, quando os alvos eram os grandes sonegadores de impostos – o que inclui meios de comunicação poderosos, como o grupo RBS. "As investigações no Carf, chamadas de Operação Zelotes, tanto têm se ocupado de condutas de má-fé, como de questões polêmicas em que o apontado devedor ou não o é, ou é sem intenção. Há grandes meios de comunicação nas três situações. No seu caso, procedem todos para evitar noticiário escandaloso, comprometedor e talvez injusto. Poderiam fazer disso tanto um mea culpa, como um aprendizado, tardio embora."
PRISÃO DE LOBISTA PODE ABALAR A REPÚBLICA
Com a nova fase deflagrada ontem, a Zelotes se agigantou e deve vir a superar a Lava Jato em matéria de escândalo, tanto pelo volume de grana na parada como pelos potenciais alvos políticos e empresariais. A operação de combate ao esquema de sonegação fiscal no Carf chegou a personagens que guardariam segredos podres da República: o lobista Alexandre Paes dos Santos e o jornalista Fernando Mesquita. Agora, a Zelotes é nitroglicerina pura. Não por acaso, essa operação custou a deslanchar, enfrentando até troca de juiz entre muitos obstáculos.
TERMINA EM MINAS A GREVE DOS BANCÁRIOS
Após 20 dias, os bancários que atuam na Caixa Econômica Federal, no Banco do Brasil e em agências bancárias privadas de Minas Gerais decidiram nesta segunda-feira (26) por encerrar a paralisação. Com a decisão, as atividades nas agências do Estado serão normalizadas nesta terça-feira (27).
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