domingo, 31 de janeiro de 2010

PT INSISTE EM CANDIDATURA PRÓPRIA EM MINAS GERAIS

Ao tomar posse, neste sábado (30), o diretório estadual do PT aprovou uma resolução reafirmando que o partido não abre mão da candidatura própria ao Governo de Minas, o que pode dificultar as conversas com outros partidos da base aliada.

“O PT hoje tem 110% de chance de ter candidato a governador. Quero ver se existe alguém dentro do partido com coragem para ir contra isso e apresentar outra tese que não essa. Nem o Patrus Ananias (ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome), nem o (ex-prefeito de BH) Fernando Pimentel têm condição de defender essa tese dentro do PT”, disparou o presidente regional da legenda, deputado federal Reginaldo Lopes.

ALENCAR DISPUTANDO O GOVERNO DE MINAS?

Com a ressalva de que os políticos mineiros são os mais dissimulados que conheço - e que por isso não me arrisco a garantir nada a respeito deles, fica o registro: é forte a possibilidade do vice-presidente da República José Alencar sair candidato ao governo estadual. A prefeita de Contagem, Marilia Campos, ambiciona a vaga de vice.

MAIRELLES VICE DE DILMA?

Manobra que pode levar Henrique Meirelles à vice-presidência na chapa de Dilma Rousseff é pesada, mas pode prevalecer.


O presidente do Banco Central tem a simpatia de Lula e é defendido pelo ex-ministro Antonio Palocci. Meirelles serviria de contrapeso às inquietações que Dilma e o comissariado petista disseminaram no empresariado e no andar de cima. Nas últimas semanas o mercado financeiro tomou-se de súbita paixão por José Serra.

Lula, Palocci e Dilma não têm votos na convenção que escolherá a chapa, mas podem recorrer a um poderoso eleitor. Costurando por dentro, o governador Sérgio Cabral viabilizaria Meirelles. Ele tem quatro vezes mais convencionais que a bancada paulista do partido.

Henrique Meirelles é não é um quadro do PMDB, característica que o credencia para o exercício do cargo. Se Cabral emergir como seu grande eleitor, estará habilitado para se tornar uma ponte dourada entre os pleitos do partido e o Planalto num terceiro mandato petista.