Se tem uma coisa que eu tenho vontade é de falar. Eu tenho cócegas na
garganta para falar. E vocês ajudaram a quebrar um tabu, porque fazia
tempo que eu não falava durante tanto tempo. E nunca imaginei que
justamente pra vocês eu fosse dar a entrevista mais difícil. Estou
voltando, com muita vontade, com muita disposição – para felicidade de
alguns, para desgraça de outros. É o seguinte: eu estou no jogo.” Assim
Luiz Inácio Lula da Silva encerrou a entrevista concedida nesta
terça-feira (24) a um grupo de jornalistas da Rede Brasil Atual, site,
rádio e revista, da TVT e do jornal ABCD Maior.
O encontro ocorreu no Instituto Lula, durou 90 minutos e foi, segundo
o ex-presidente, a primeira longa entrevista concedida pelo
ex-presidente da República no exercício desta “função”. Lula abriu a
conversa dizendo não haver “pergunta proibida”, mas pediu que o
perdoassem se no excesso de cuidados de ex-presidente ao falar pareceria
“chapa branca”. “Ainda estou aprendendo a ser ex-presidente”, disse.
Ele comentou a importância das manifestações de junho, que considera o
acontecimento do ano ao colocar em xeque todos os governantes – das
prefeituras à Presidência da República – e por ter ajudado a criar uma
nova agenda política para o país – apesar do fato de “alguns” quererem
se apropriar das manifestações para desqualificar a política. “Se alguém
chega pra você dizendo ‘olha, eu não gosto de política, mas…’, pode
crer, essa pessoa está sendo política.”
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