Diversas lideranças da região participaram do encontro.
Um encontro promovido pelo Ministério Público Federal na tarde dessa terça-feira (17) pôs frente a frente lideranças da região e representantes da Azul Linhas Aéreas. O órgão tenta retomar os voos diretos entre Patos de Minas e Belo Horizonte que foram interrompidos há alguns meses e que tem trazido grandes prejuízos para os moradores da região.
O aeroporto de Patos de Minas atende a uma população de aproximadamente 600 mil habitantes. O Ministério Público Federal realizou um estudo e apontou o prejuízo causado pela interrupção do voo. Agora para chegar à capital mineira, os moradores da região precisam fazer conexão com Campinas em uma viagem que dura cerca de 5 horas e que custa quase R$ 2 mil.
O procurador da república, Marcelo Lage explicou que abriu inquérito civil público com base nos depoimentos de um médico que deixou de atender em Patos de Minas por causa da interrupção do voo. O procurador destacou que uma empresa que detém concessão pública não pode interromper os serviços de uma hora para outra. Desde então ele vem tentando uma solução para o caso.
Na reunião dessa terça-feira (17), representantes da companhia aérea explicaram que a interrupção do voo não foi por falta de passageiros, mas sim por causa de ajustes em sua malha aérea. “A alteração é feita com base no conceito de liberdade tarifária, o qual é amplo e engloba também a liberdade do concessionário de serviço público de transporte aéreo de determinar aonde e quando voar, conforme questões de segurança e de estratégia de mercado”, explicou a assessoria da companhia.
O motivo, no entanto, vai além. Segundo os representantes da companhia, a Azul está deixando de operar com os aviões ATR 42 e passando a usar os aviões ATR 72, com capacidade para 68 passageiros, que são mais econômicos e levam muito mais passageiros. Ocorre que o Aeroporto de Patos de Minas não está homologado junto à ANAC para receber aeronaves deste porte.
O prefeito Pedro Lucas participou da reunião e prometeu solucionar o problema. Ele disse que o aeroporto vem passando por adequações e que falta muito pouco para que o problema seja resolvido. “Falta apenas a homologação da brigada de incêndio junto a ANAC e a aquisição de aparelhos de Raio X”, explicou. Ele pediu prazo de 60 a 90 dias para resolver o problema.
Durante a reunião, as lideranças destacaram a importância do voo direto entre Patos de Minas e Belo Horizonte. Os representes da companhia se comprometeram em ata a retomar os estudos do voo entre Patos de Minas e a capital mineira, assim que o Aeroporto estiver em condições de receber as aeronaves.
O procurador da república, Marcelo Lage comemorou o resultado da reunião e destacou que a intenção é retomar o voo entre Patos de Minas e Belo Horizonte sem perder a linha já existente entre Patos e Campinas, que permite conexões com diferentes partes do país e do exterior.
Autor:Maurício Rocha
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