O número de pessoas mortas em acidentes de trânsito no Brasil cresceu 48,7% entre 2001 e 2012. Foram 453.779 vítimas no período, revela a pesquisa do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV). Para especialistas, o aumento da frota de veículos nos país, somado a deficiências na formação dos condutores e na execução de políticas públicas regionais são os principais fatores para esse cenário.
“As estratégias nacionais são colocadas uniformes no Brasil inteiro. E a realidade não é essa. Cada região tem fatores de riscos diferentes”, afirma Paulo Guimarães, coordenador do ONSV. Em uma área, o problema pode ser, por exemplo, o uso do cinto de segurança, enquanto na outra, o hábito de motociclistas não usarem capacete.
O levantamento foi elaborado a partir de bases de dados públicos de oito entidades, como o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e o Datasus — Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. A estimativa é de que o número de vítimas seja ainda maior, uma vez que há deficiências na coleta primária de informações, como casos que são registrados como queda de moto ou morte natural. No período analisado, o número de veículos saltou de 31,91 milhões em 2001 para 76,14 milhões em 2012, um crescimento de 139
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