terça-feira, 28 de janeiro de 2014

WILL NUNES: A INSÔNIA E A LEMBRANÇA DE UM GRANDE AMIGO

A insônia as vezes faz bem, pois trás belas lembranças. Hoje, um desses dias,  acessei a internet no Youtube e fui ouvir e matar saudades de uma rádio no Rio de Janeiro que se chamava "Mundial 860 Am" numa época que as vozes dos locutores faziam a grande diferença; as entonações, intepretações, as emoções em cada palavra, colocavam alma e  imaginação na mente dos ouvintes, que  viajavam  num mundo de fantasias e imaginações.
 
Se você realmente gosta de rádio pesquise no Youtube esta emissora.Você vai ficar fascinado pela a qualidade marcante dos profissionais que faziam a grande diferença na comunicação.
 
Quem me conhece sabe que eu sou um amante do rádio, apaixonado por esse veículo de comunicação (desde de menino), infelizmente por razões profissionais tive que deixar essa paixão de lado.

Mas sou do tempo, que rádio era feito com amor, carinho, alma e coração. Sou aluno de um dos maiores locutores de Rádio do Rio Grande do Norte, saudoso amigo de ótimas memórias, Felix Santos.
 
Esse era cobra criada, sabia como ninguém usar o microfone, envolver os ouvintes e fazer um programa diferenciado. Foi com ele que aprendi a força do Rádio e da comunicação.
 
Passados mais de duas décadas os locutores parecem que perderam o interesse em fazer uma programação interessante, envolvente e inteligente. Tem locutor hoje que tem preguiça até de dizer a hora; pesquisar um assunto, abordar os temas com sabedoria.
 
O Rádio parece que ficou mais pobre, não tem mais produção, principalmente nas emissoras do interior, são locutores que só sabem dizer a hora, ler comercial e mandar alô. Não sabem contar histórias, interpretar texto, colocar na voz a emoção de cada palavra. 
 
Como sinto falta do saudoso amigo, Felix Santos, locutor raríssimo, qualidade singular, padrão de qualidade ímpar. Meu grande professor do rádio.
 
Quem fez Rádio com Felix Santos, me perdoe alguns radialistas, toda a regra tem exceção, e escuta alguns profissionais de hoje parece que nunca ouviram Haroldo de Andrade, Luiz de França, Brizola Neto e tantos outros monstros da comunicação.
 
Sou de uma época que não existia internet e  fazer Rádio. Era ser operador da mesa de som (antigo isso), ser locutor tinha que fazer matéria policial, narrar futebol, comentarista esportivo , redator, noticiarista, analisar política, fazer campanha eleitoral; apresentar todo o tipo de programa com o mesmo entusiasmo de um aprendiz e responsabilidade de um veterano.
 
Saudades amigo Felix Santos, de uma época que fazer rádio era ser artista da voz, reconhecido na rua e convidado para os grandes eventos.
 
Lá se vão os anos de um passado que não volta, mas de um presente de alegria de ter vivido e conhecido meu grande amigo Felix Santos. Passado de muitas saudades e alegrias que o tempo jamais apagará.
 
Como é bom as vezes ter insônia e matar saudades de um grande amigo. Já dizia alguém. Irmão  a gente não escolhe, mais um grande amigo é para guardar do lado esquerdo do peito; no fundo do coração....
 
 





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