segunda-feira, 4 de novembro de 2013

PARCERIAS ENTRE GOVERNO FEDERAL E MUNICÍPIOS PREOCUPAM PREFEITOS

Seja nas áreas da saúde, da assistência social ou da educação, para cada real investido pela União nos programas federais implementados nos municípios, as prefeituras precisam entrar com uma contrapartida que pode chegar a duas vezes o valor repassado pelo governo somente para manter o serviço funcionando.

Ao todo, por meio dos ministérios, a União oferece uma cartilha com mais de cem programas e parcerias em diversas áreas que podem ser implementados pelos municípios. O problema está no que os prefeitos e municipalistas têm classificado como “subfinanciamento”.
 
Para se ter uma ideia, no Programa Saúde da Família (PSF), o Ministério da Saúde repassa R$ 10.695 para cada equipe que atua em cidades com até 30 mil habitantes, comunidades quilombolas ou assentamentos. Para cidades maiores, o valor é de R$ 7.130 por equipe do PSF. Os recursos, no entanto, só correspondem a 32,6% do total de gastos com os profissionais e com a manutenção do programa nas cidades. Os 4.400 municípios participantes arcam com o restante.
 
Na implantação dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) – que oferecem serviços de proteção social básica para famílias em situação de extrema pobreza –, o montante investido pelos municípios para que o programa funcione chega a 63%. São mais de 8.000 unidades do Cras em todo o país.
 
Outro exemplo é o do transporte escolar rural. São dois os programas do Ministério da Educação responsáveis por levar crianças que vivem em áreas rurais às escolas: o Caminho da Escola e o Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar. Segundo cálculos da Associação Mineira dos Municípios (AMM), os recursos repassados pela pasta – que variam entre R$ 120,73 e R$ 172,24, dependendo do município – representam apenas 30% do que o serviço exige.
 

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